Economia

Recuperação da economia no Brasil foi interrompida, diz Banco Central

A falta de estímulo econômico observado no final de 2018 continuou no início de 2019, segundo o Copom

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O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC) afirma que o processo de recuperação gradual da atividade econômica no Brasil foi interrompido. Mesmo assim, há uma expectativa de retomada adiante. Na última quarta-feira (08), a taxa básica de juros, a Selic, foi mantida em 6,5% ao ano.

A falta de estímulo econômico observado no final de 2018 continuou no início de 2019, segundo o Copom. 

“Em particular, os indicadores disponíveis sugerem probabilidade relevante de que o Produto Interno Bruto (PIB) tenha recuado ligeiramente no primeiro trimestre do ano, na comparação com o trimestre anterior, após considerados os padrões sazonais”, diz a ata da última reunião do Copom.

Indicadores de janeiro a março induziram revisões substantivas nas projeções de instituições financeiras para o crescimento do PIB em 2019. 

“Essas revisões refletem um primeiro trimestre aquém do esperado, com implicações para o “carregamento estatístico” [herança do que ocorreu no ano anterior], mas também embutem alguma redução do ritmo de crescimento previsto para os próximos trimestres”, destacou.

Nesse cenário, o Copom avaliou que seria necessário manter a Selic em 6,5% ao ano.

“O comitê julga importante observar o comportamento da economia brasileira ao longo do tempo, livre dos efeitos remanescentes dos diversos choques a que foi submetida no ano passado e, em especial, com redução do grau de incerteza a que a economia brasileira continua exposta”, diz a ata. O Copom acrescentou que essa avaliação sobre o desempenho da economia demanda tempo e não deverá ser concluída a curto prazo. “O comitê ressalta que os próximos passos da política monetária [definição da taxa Selic] continuarão dependendo da evolução da atividade econômica, do balanço de riscos e das projeções e expectativas de inflação”, afirmou.