Economia

Recursos Federais para APA Setiba chegam a R$ 2 milhões

Localizada entre os municípios de Guarapari e Vila Velha, a Área de Proteção Ambiental é a maior do Estado e foi criada em 1994.

Foto: Lauro Narciso/Divulgação Iema
Criada em 1994, a APA Setiba é a maior área de preservação capixaba.

Contemplada pelo projeto “Áreas Marinhas e Costeiras Protegidas” (Gef Mar), do Governo Federal, a Área de Proteção Ambiental (APA) de Setiba recebeu, em 2018 R$ 1.000.050,00 e, para os anos de 2019 e 2020, estão garantidos mais R$ 1 milhão. A área capixaba, que fica entre Guarapari e Vila Velha, está entre as seis unidades selecionadas no Brasil e única contemplada da região Sudeste.

A maior parte desse montante (49%) será destinada ao ordenamento do uso público da parte marinha da APA, especialmente do Arquipélago das Três Ilhas, e fomento de atividades de ecoturismo associada ao Turismo de Base Comunitária, que envolve a população residente na APA e no entorno. “O objetivo do Iema é que, a partir do apoio do Projeto Gef Mar, essa unidade de conservação se torne referência estadual em ecoturismo marinho e também na geração de valor ambiental, econômico e social à sociedade, mostrando na prática a importância da conservação do mar e o papel das áreas protegidas marinhas. A conservação dos ecossistemas marinhos e costeiros beneficia diretamente as comunidades”, avalia Sandra Ribeiro, responsável pelo planejamento e execução do Projeto Gef Mar no Estado.

APA de Setiba

A APA abriga a segunda maior biodiversidade registrada em território nacional para peixes recifais (que dependem do fundo marinho para se alimentar e/ou se reproduzir ou buscar refúgio). Além disso, um local de grande relevância para conservação marinha em nível nacional por ser próxima à costa, apresentar águas abrigadas e ter um enorme potencial para atividades voltadas ao turismo sustentável, atrás apenas da Cadeia Vitória-Trindade, a maior do Brasil para organismos bentônicos (animais que vivem no fundo marinho), segundo estudo científico publicado em 2018.

Principais ações previstas:

Instalação de píer para embarque e desembarque na Ilha do Cambaião com montagem de placas e painéis interpretativos divulgando os atrativos, a biodiversidade e de orientação aos visitantes;

Mapeamento de todos os atrativos subaquáticos do Arquipélago das Três Ilhas;

Elaboração de roteiros de ecoturismo marinho a ser feito por meio de trilhas subaquáticas guiadas (snorkeling e mergulho autônomo) e trilhas aquáticas, com roteiro de visita às ilhas do Arquipélago, realizado por meio de caiaques transparentes;

Implantação de um sistema de poitas para evitar ancoragens no fundo marinho e destruição dos habitats;

Elaboração de guia da biodiversidade marinha da APA à prova d’água para ser utilizado durante a realização das trilhas;

Formação de Condutores de Ecoturismo;

Fortalecimento do turismo de Base Comunitária, a fim de gerar valor para as comunidades residentes da Unidade de Conservação e de seu entrono;

Implantação de um sistema de monitoramento da biodiversidade a fim de verificar se as populações de espécies ameaçadas estão se recuperando e se as medidas de gestão estão sendo eficazes;

Implantação de ações contínuas de educação ambiental nas escolas locais;

Fortalecimento do sistema de proteção para garantir a realização de fiscalizações rotineiras e o cumprimento das regras do zoneamento ambiental marinho vigente desde julho de 2016;

Elaboração de materiais de comunicação para divulgação da Unidade de Conservação.

* Com informações da Assessoria de Imprensa Iema