Economia

Rede de supermercados do ES vai abrir mais de mil vagas para inscritos no CadÚnico

Mesmo com carteira assinada, trabalhadores não saem da base de dados do governo federal

Foto: Divulgação

Até o primeiro semestre do ano que vem, o Grupo Coutinho, responsável pelas redes de supermercado Extrabom, Atacado Vem e Extraplus, vai selecionar mais de mil trabalhadores por meio do Cadastro Único (CadÚnico) do governo federal, para atuarem em suas lojas espalhadas em oito municípios do Estado.

A expectativa foi apresentada pelo presidente do Grupo Coutinho, Luis Coutinho, nesta sexta-feira (06), durante a assinatura de um protocolo de intenções visando à promoção da inclusão socioeconômica de pessoas inscritas no CadÚnico, por meio da oferta de ações de apoio à inserção no trabalho.

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O evento contou com a presença do ministro do Desenvolvimento e da Assistência Social, Wellington Dias.

“Vamos estar selecionando não apenas para as lojas existentes, mas também para ampliação do quadro durante o verão. A expectativa é que o ultrapassemos mais de mil contratações em seis meses”, disse.

O Grupo Coutinho foi um dos primeiros de seu segmento a realizar contratações por meio de seleções feitas a partir de consulta a dados de pessoas cadastradas no CadÚnico. 

A primeira leva de contratações usando este modelo de seleção ocorreu este ano e totalizou em 700 pessoas empregadas pelo Grupo.

“A gente viu nisso uma oportunidade de trazer essas pessoas para o mercado de trabalho. São pessoas inteligentes, com formação técnica e que só precisavam de uma oportunidade. Como estamos próximos das comunidades, isso facilitou a nossa busca”, contou Luis.

Ministro ressalta prática de rede supermercadista

Logo após o evento de assinatura do termo de intenções, o ministro do Desenvolvimento e Assistência Social conversou com a imprensa e ressaltou a iniciativa do Grupo Coutinho no que se refere à contratação de pessoas por meio seleção baseada no CadÚnico.

“Hoje, o Grupo Coutinho contabiliza a contratação de mais de 700 pessoas que são ou que foram do CadÚnico, proporcionando mais inclusão e oportunidades”, afirmou o chefe do Desenvolvimento.

Trabalhador não sai do CadÚnico mesmo com carteira assinada

Conforme Wellington Dias, muitos trabalhadores cadastrados no CadÚnico temem a entrada no mercado de trabalho por medo de serem excluídos dos programas sociais do governo federal, entre eles o Bolsa Família. 

O ministro no entanto, garante que mesmo com a carteira assinada, o trabalhador não deixa de constar da base de dados dos programas de assistência social do governo.

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Ele ressaltou que o governo faz uma análise para avaliar como fica situação das famílias cadastradas no CadÚnico após a entrada de um seus membros no mercado de trabalho.

Em seguida, com base na renda per capita, as famílias em questão são remanejadas para outro programa do governo federal, dessa vez de acordo com sua condição atual.

“Quando uma pessoa assina a carteira e começa a trabalhar em uma área, recebendo um salário mínimo, por exemplo, a renda é medida. Quando a renda per capita familiar fica abaixo de R$ 218,00, a pessoa recebe o salário da carteira e também o Bolsa Família. Quando a renda aumenta para R$ 300, R$ 400, R$ 600 por pessoa da família, a pessoa recebe o salário da carteira e também metade do valor do Bolsa Família. Somente quando ultrapassa meio salário mínimo por pessoa da família é que ela sai do Bolsa Família, mas permanece no Cadastro Único e continuamos acompanhando”, detalhou o ministro.

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