Com taxa de ocupação em pouco mais de 20% e mais de 3 mil funcionários demitidos, os hotéis do Espírito Santo querem prorrogação da suspensão de contratos para evitar novas demissões.
Antes da pandemia do novo coronavírus, a rede hoteleira que opera no estado empregava 13 mil pessoas. Com a chegada da crise, cerca de 25% do total de funcionários precisou ser dispensado. Além dos empregos indiretos que são gerados pela atividade econômica e também foram afetados.
Segundo a Associação Brasileira da Indústria de Hotéis (ABIH), a taxa de ocupação em março e abril deste ano não passou de 12,3%. Já em maio, percentual chegou aos 20,8%. Apesar do aumento, os números estão bem abaixo do que foi registrado no mesmo período do ano passado: 70%. “Uma taxa de ocupação abaixo de 35% não paga o custo de um hotel. Precisamos buscar um número maior, mas num momento como esse, o crescimento que tivemos mostra uma tendência de melhoria”, explica o presidente da ABIH/ES, Gustavo Guimarães.
Dos 1500 hotéis do Espírito Santo, aproximadamente metade deles ficou fechado em março e abril. Atualmente, 30% ainda não retornaram e não é possível projetar se todos conseguirão retomar as atividades.
Com o término do prazo para manter os trabalhadores em casa, a expectativa é de que mais hotéis possam reabrir. No entanto, a Câmara dos Deputados sugeriu ao Governo Federal a possibilidade de prorrogar a suspensão dos contratos por mais 180 dias. O projeto tramita no Senado Federal e depois segue para sanção ou veto do presidente Jair Bolsonaro.
Apesar do futuro incerto, alguns hotéis planejam voltar e se adaptar ao “novo normal”. Um manual com protocolo de comportamento e orientações de higiene foi elaborado pela associação do setor. “Desde a recepção do hóspede a preparação dos apartamentos, café da manhã e check-out ocorrerá um tratamento diferenciado para evitar a contaminação”, esclarece Guimarães.
Com informações do repórter Alex Pandini, da TV Vitória/Record TV.