*Artigo escrito por Marcel Lima, Head de conteúdo do IBEF-ES
No patamar atual de juros, uma ferramenta para combater a inflação, a rentabilidade mensal da poupança é calculada pela soma da alíquota de 0,5% mais a Taxa Referencial (TR). Embora a essa taxa seja influenciada positivamente pela alta da Selic, sua variação não é tão expressiva.
Em outras palavras, o aumento da taxa básica de juros influencia no aumento da TR, mas favorece muito mais investimentos com rentabilidade atrelada à Selic (como o Tesouro Selic, disponível na Plataforma do Tesouro Direto).
Outros produtos também atrativos nesse cenário são os CDBs, LCIs ou LCAs pós-fixados. A rentabilidade dessas opções de investimentos é atrelada ao CDI, que por sua vez é comumente muito próximo à taxa Selic.
Por meio de bancos ou corretoras de investimentos, os clientes conseguem acessar esses produtos com taxas ainda melhores ao abrirem mão da chamada liquidez (disponibilidade do recurso). Ou seja, caso o investidor opte por adquirir um CDB de 1 ano, por exemplo, ele poderá rentabilizar melhor o seu capital com o compromisso de não resgatar antes desse prazo.
Com relação à economia como um todo, a taxa Selic tem o papel de impactar negativamente a demanda por bens e serviços como forma de controlar a alta dos preços. Trata-se de um “remédio” amargo necessário para combater uma “doença” chamada inflação.
Como “efeitos colaterais” temos: esfriamento da atividade econômica, dificuldade de acesso ao crédito, aumento da taxa de desemprego e muitos outros fatores negativos para a economia no curto ou médio prazo.
*Marcel Lima é Head de Conteúdo do IBEF-ES