Economia

Samarco aguarda documentação de Minas para retomar atividades no ES

Com a utilização temporária da cava de Alegria Sul, será possível o retorno das operações com 60% da capacidade produtiva, o que promoverá a volta ao trabalho de 727 pessoas no Estado

Unidade da Samarco em Anchieta Foto: Divulgação

A Samarco pretende retomar as atividades relacionadas à beneficiamento de minério no município de Anchieta, no Sul do Estado, até o início do segundo semestre deste ano. Para isso, a empresa formalizou um pedido de licenciamento a fim de implantar um novo sistema de disposição de rejeitos utilizando a cava de Alegria Sul, em Ouro Preto (MG).

O pedido foi feito à Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável de Minas Gerais (Semad) e é um dos passos do planejamento operacional da Samarco. 

Com a utilização temporária da cava de Alegria Sul, será possível o retorno das operações com 60% da capacidade produtiva da empresa, o que promoverá a volta ao trabalho de 727 empregados da empresa no Estado e a produção de 18 milhões de toneladas de pelotas por ano. 

Além de utilizar uma cavidade já existente no solo, a estrutura contará ainda com um dique de 10 metros de altura feito em solo compactado, resultando em uma capacidade total de armazenamento de 17 milhões de metros cúbicos de rejeito. Isso garantirá um horizonte de cerca de dois anos para as operações da Samarco.

O licenciamento da cava é uma das etapas do planejamento operacional da Samarco. No entanto, não é suficiente para a empresa voltar a operar. Ainda será necessário obter a Licença Operacional Corretiva (LOC), que irá integrar em uma única licença ambiental todas as estruturas existentes no Complexo de Germano. A LOC foi solicitada pela Semad para assegurar a viabilidade ambiental do empreendimento.

A empresa está com suas atividades paralisadas há mais de 14 meses, desde o rompimento da barragem. O atraso na retomada das atividades da Samarco implica uma perda de R$ 4,4 bilhões de faturamento direto e indireto na cadeia de produção da companhia em 2017 – valor correspondente a 5,6% do PIB do Estado.