
O senador José Medeiros (PSD-MT) afirmou nesta terça-feira que irá entrar com representação contra os senadores que ocuparam as cadeiras da mesa do plenário do Senado, impedindo a votação da reforma trabalhista na Casa.
“A democracia pressupõe a defesa da lei, o respeito às leis. Mas o que fizeram hoje aqui foi a mesma coisa que se fossem ali no Palácio do Planalto e dissessem ao presidente: ‘dá licença’. E sentassem na cadeira dele”, comparou o senador, que faz parte da base aliada do governo de Michel Temer e é a favor da reforma. “Se isso não for quebra de decoro, não sei mais o que é.”
Ele disse que irá pedir ao Conselho de Ética que veja a punição que cabe aos senadores. Segundo ele, ainda não está definido quais parlamentares serão denunciados, pois ainda pretende analisar fotos e vídeos de quem ocupou as cadeiras.
Ele citou a senadora Gleisi Hoffmann (PT-PR), a primeira a ocupar a mesa, o líder do PT, Lindbergh Farias (RJ), e as senadoras Regina Souza (PT-PI) e Fátima Bezerra (PT-RN).
As parlamentares ocupam, desde antes das 12h, a mesa diretora do Senado em protesto contra a votação da reforma. A oposição já sabe que não terá votos para derrotar o projeto e tenta, com essa estratégia, adiar a votação.