Economia

Serra lidera ranking de crescimento de exportações entre os municípios do Brasil

Enquanto a Serra foi a cidade que mais teve aumento nas exportações, Anchieta teve a terceira maior queda dentre os municípios que compõem a lista das 30 que mais exportam

A Serra teve um aumento de quase 30% nas exportações em 2025, diz Mdic Foto: Divulgação

Dois municípios capixabas apareceram na lista do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior como as 30 cidades que mais venderam para o exterior nos últimos dois anos.

O ranking, que foi divulgado pelo Jornal Valor Econômico na semana passada, mostra, no entanto, que em 2015 a situação dos dois municípios em relação ao valor exportado foi bastante divergente: enquanto a Serra foi a cidade que mais teve aumento nas exportações – alta de 27,69% –, Anchieta teve a terceira maior queda dentre os municípios que compõem a lista, 40,39%.

De acordo com a declaração do prefeito de Serra, Audifax Barcelos, ao jornal, foram dois setores os responsáveis por elevar o número de exportações do município: o de rochas ornamentais e o de siderurgia. Segundo Audifax, os dois segmentos seguraram empregos, renda e recolhimento de impostos na cidade, que foi a sétima em perda de receita no país devido à crise.

“Enfrentamos os efeitos da crise todos os dias e amargamos a sétima colocação em queda de receita. Mas a Serra trabalha intensamente para amenizar esses efeitos, que traz resultados como o avanço nas exportações, devido principalmente aos setores de rochas ornamentais e o de siderurgia. Os dois segmentos nos ajudam a segurar empregos, renda,  recolher impostos na cidade e nos coloca na contramão da crise, contribuindo para o desenvolvimento do nosso Estado e do País. Outro resultado relevante foi estarmos entre as 35 cidades que mais investiu em 2015. Estamos todos trabalhando muito para obtermos esses avanços”, destacou Audifax Barcelos.

Na contramão da conterrânea, Anchieta só não perdeu mais em valores exportados do que Macaé (49,6%), no Rio de Janeiro, e Paraupebas (47,4%), no Pará. Somente em 2015, a cidade deixou de lucrar U$ 1,44 bilhão com exportações. A perda foi atribuída pela paralisação da Samarco, empresa que sustenta a economia local, após o desastre da barragem de Mariana, em Minas Gerais.