Os serviços, comércio (+6%) e a indústria foram os principais responsáveis pelo crescimento de 4,2% da economia do Espírito Santo no primeiro trimestre de 2023. Os dados foram divulgados nesta terça-feira (20), pela Federação das Indústrias do Espírito Santo (Findes). As análises foram realizadas comparadas ao 1º trimestre e 4º trimestre de 2022.
Os dados obtidos no Espírito Santo são superiores ao crescimento do PIB nacional, que subiu 4% na comparação do primeiro trimestre de 2023 com o primeiro trimestre de 2022.
“As indústrias capixabas permaneceram fortes e se uniram para enfrentar turbulências da melhor maneira possível e voltaram a ter bons resultados como o que estamos vendo agora em 2023”, destaca a presidente da Findes, Cris Samorini.
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O setor de serviços capixaba avançou 6,0% em comparação ao 1º trimestre de 2022. Com isso, ao ter a maior participação na estrutura econômica do Espírito Santo (58%), contribuiu com 3,7 pontos percentuais sobre o crescimento econômico do estado (4,2%).
Ele foi impulsionado pelo bom desempenho das atividade profissionais, científicas e técnicas, administrativas e serviços complementares, serviços financeiros, além do transporte rodoviário de cargas e de passageiros e o comércio.
Outro setor que apresentou resultado positivo na comparação interanual, o setor industrial registrou variação de +0,3% no trimestre e, ao corresponder a 22% da estrutura econômica capixaba, influenciou em 0,2 em pontos percentuais o desempenho de 4,2% da economia do estado.
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Com a exceção da indústria de transformação, que contraiu 12,0%, as demais atividades industriais cresceram no período. Além dela ter uma base de comparação mais elevada no 1º trimestre de 2022, período de recuperação de mercados internacionais, em 2023, o cenário externo se configurou menos aquecido, desestimulando as atividades.
Já a agropecuária estadual registrou contração de 6,6% e, ao representar 3% da estrutura econômica capixaba, exerceu um efeito negativo de -0,2 p.p. sobre resultado do indicador geral (4,2%).
Tanto a agricultura, quanto a pecuária assinalaram quedas no período, a primeira influenciada, principalmente, pelo período de dois em dois anos negativa do café, e a segunda pressionada pelos segmentos de leite e aves e ovos.
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Economia capixaba superou período pré-pandemia
Segundo a Federação das Indústrias do Espírito Santo, no primeiro trimestre deste ano, a economia capixaba cresceu 10,25 em relação ao período anterior à chegada do coronavírus, no último trimestre de 2019. Já a nacional avançou 6,4%.
A presidente da Findes relembra como foram os três últimos anos para a economia do Estado e como a indústria capixaba se empenhou para superar o período.
“Em 2020 vivenciamos a pandemia que, além da crise de saúde, afetou as cadeias globais de suprimento. Em 2021, passamos por uma forte instabilidade hidroenergética e, no seguinte, teve início o conflito na Ucrânia, que alterou as expectativas de um melhora no quadro econômico. Por sermos um Estado de economia aberta ao mercado internacional esses acontecimentos mundiais afetaram um grau de desempenho da nossa economia”, diz a presidente Cris Samorini.
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