O setor atacadista e distribuidor no Espírito Santo contribuiu com R$ 2,6 bilhões ao tesouro estadual referente ao ICMS no primeiro semestre de 2024, o que representa um crescimento real de 25,3%, considerando a inflação do período, em comparação aos R$ 2,1 bilhões arrecadados no mesmo intervalo de 2023.
Os dados são da Secretaria de Estado da Fazenda do Espírito Santo (Sefaz-ES) para a sexta edição do relatório Atacado em Perspectiva, do Sincades em parceria com o Observatório da Indústria.
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Os dados mostram, ainda, que o setor foi responsável pela maior parte do total de arrecadação de ICMS do governo estadual, que somou R$ 10,3 bilhões no primeiro semestre de 2024.
Além disso, durante o primeiro semestre de 2024, 251 empresas atacadistas se inscreveram no Programa de Desenvolvimento e Proteção à Economia do Estado do Espírito Santo (Compete-ES), elevando o total de contratos ativos no setor para 2.141.
Em relação à geração de empregos formais, o setor abriu 2.416 postos formais de trabalho, resultado da diferença entre 17.662 trabalhadores admitidos e 15.246 desligados.
O bom desempenho foi puxado pelo comércio atacadista de frutas, verduras, raízes, tubérculos, hortaliças e legumes frescos (+438), pelo comércio por atacado de peças e acessórios novos para veículos automotores (+410) e o comércio atacadista de mercadorias em geral, com predominância de produtos alimentícios (+381).
Investimentos e confiança no setor
O relatório apresenta, ainda, projetos que receberão investimentos nos próximos cinco anos, no Espírito Santo.
Segundo o levantamento do Observatório da Indústria/Findes, o valor estimado é de R$ 19,3 bilhões, distribuídos em 58 municípios capixabas.
Além disso, o documento traz o desdobramento do pedido do Sincades junto à Sefaz-ES de propor alterações na Lei n.º 10.568, de 26 de julho de 2016, que trata do Compete-ES.
Revela, também, o índice de confiança dos empresários do Espírito Santo, que atingiu 106,5 pontos, permanecendo acima dos 100 pontos.
Isso quer dizer que o comércio capixaba iniciou o 2º semestre otimista no que diz respeito às expectativas futuras em relação à economia e à intenção de investimento.
Os dados do relatório apontam ainda que, apesar de o cenário macroeconômico nacional ter se deteriorado desde o início do ano, o Espírito Santo tem apresentado um desempenho positivo em vários setores econômicos locais.