Mesmo em meio aos desafios impostos pela pandemia do novo coronavírus, o setor atacadista e distribuidor do Espírito Santo trabalhou ininterruptamente desde março para garantir o abastecimento de produtos nas prateleiras dos estabelecimentos comerciais do Estado. Como um dos que menos demitiu, o segmento manteve os seus mais de 50 mil empregos diretos e indiretos gerados.
“Mantivemos contato constante com os governos estadual e federal para nos mantermos informados quanto aos regimes de contingência, aos cuidados sanitários e ao que poderíamos fazer para apoiar o setor, as empresas, os colaboradores e as famílias capixabas. Foi um trabalho bem-sucedido e que, agora, com a retomada gradual do que estamos chamando de novo normal, ganha um novo momento”, explica o presidente do Sindicato do Comércio Atacadista e Distribuidor do Espírito Santo (Sincades), Idalberto Moro.
No total, são 34 segmentos econômicos representados pelo setor atacadista e distribuidor, passando por alimentos, medicamentos, autopeças, material de construção, vestuário e armarinho, entre outros. Juntos, eles movimentam mais de R$ 40 bilhões por ano na economia capixaba.
“Funcionamos com um elo entre o que é produzido pela indústria e comercializado no varejo, inclusive no de vizinhança, que é formado por aqueles mercados e padarias menores, de bairro, e que ganharam uma enorme importância neste cenário. Cada produto que chega na prateleira para o consumidor final passou antes pelo setor atacadista e distribuidor”, comenta Idalberto.
O NOVO NORMAL
De acordo com dados apurados em pesquisa do Sincades, dentro do cenário do novo normal, 40% das empresas acreditam que serão necessários mais de seis meses para que retornem ao nível de atividade anterior à pandemia. Contudo, mesmo que o distanciamento social persista, 52% delas afirmam que não correm risco de encerrar as atividades.
“Esses números mostram que o setor atacadista distribuidor, apesar das dificuldades enfrentadas, continua sendo um dos principais na economia capixaba, mantendo seus níveis de geração de empregos, renda e arrecadação. Outros setores que também devem ganhar força nos próximos meses são os de alimentos e turismo. Estamos confiantes”, conta Idalberto.
Para permitir essa retomada com segurança e estabilidade, de acordo com o presidente do Sincades, mesmo com a diminuição no número de contaminados pela Covid-19 no Espírito Santo, as empresas do setor continuam tomando todos os cuidados recomendados pelas organizações de saúde, preservando seus colaboradores.
“Ao longo de toda a pandemia, o Sincades promoveu diversas ações em prol das empresas. Realizamos um extenso inquérito sorológico, criamos cartilhas de orientações trabalhistas e de combate ao coronavírus, fornecemos subsídios para compras de máscaras reutilizáveis, face shields, álcool em gel, entre toutras. Esses cuidados deverão permanecer pelos próximos anos e serão verdadeiros legados da pandemia para o setor atacadista. A gente acredita que, juntos, somos mais fortes, e toda essa situação veio para confirmar o quanto essa união faz a diferença”, conclui o presidente do Sincades.