O setor logístico é responsável por mais de 50 mil empregos diretos no Espírito Santo. A tendência é que este número aumente ainda nos próximos anos, com a chegada de novos investimentos imobiliários ao Estado.
Em quatro anos, o volume financeiro do setor de logística no Espírito Santo saltou de R$ 210 bilhões para R$ 768 bilhões, com mais de 1 milhão e 300 mil metros quadrados voltados para este princípio no território capixaba.
Os desafios, potencialidades e novos passos do setor foram debatidos nesta quinta-feira (29), no evento Data Business Real Estate, no Apex LOG, empreendimento logístico localizado no bairro Pitanga, na Serra, que contou com a presença de lideranças do segmento.
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De acordo com o vice-governador Ricardo Ferraço, que esteve no evento., o segmento é o responsável pelo maior recolhimento de Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) no Estado.
Além disso, os incentivos devem continuar nos próximos anos, o que deve aquecer ainda mais o setor.
“Este é um segmento que já gera mais de 50 mil empregos no Espírito Santo. Já é o segmento que mais recolhe ICMS, que é a principal fonte de financiamento das nossas políticas públicas, então os incentivos vão continuar sendo importantes, mas nós vamos continuar trabalhando num bom ambiente de negócios, com previsibilidade, com respeito a contratos”.
Esta boa arrecadação acontece também por conta do pequeno número de imóveis logísticos desocupados no Espírito Santo, que atualmente chega a apenas 8% de prédios vagos.
Veja fotos do Data Business Real Estate:
Além disso, estes imóveis funcionam como conexão entre fornecedores de produtos e clientes, o que mantém os galpões sempre em funcionamento. Na última sexta-feira (23), foi inaugurado um novo galpão com 36 mil metros de área bruta locável, o que demonstra um aquecimento ainda maior no setor.
Para Marcelo Murad, diretor de Real State da Apex, este potencial de expansão está totalmente correlacionado com a própria localização geográfica do Estado.
De acordo com ele, o Espírito Santo é também um Estado equilibrado fiscalmente há anos, o que facilita a competitividade no mercado imobiliário e logístico no Brasil.
“O potencial está correlacionado ao potencial do próprio Estado. O Espírito Santo é um Estado equilibrado fiscalmente há muitos anos, consequentemente, consegue ser muito competitivo do ponto de vista dos incentivos fiscais. É um Estado que vem evoluindo na sua infraestrutura. Portos, aeroportos, rodovias. Está localizado em uma posição geográfica em relação ao Brasil extremamente estratégica, então quando a gente olha este conjunto de coisas, percebe que tem muito espaço para a gente crescer nesse segmento”, disse.
Apesar disso, ele alerta que o setor ainda enfrenta desafios significativos no Espírito Santo, como a própria dificuldade de produção. Segundo ele, em breve, talvez seja hora de descentralizar as operações da Grande Vitória.
“O desafio, pelo menos que a gente tem enfrentado e visto, talvez seja o da produção. A gente geograficamente é pequeno, e está cercado entre montanha e mar, então talvez conseguir viabilizar empreendimentos em terrenos e solos que façam a conta fechar ainda seja o principal desafio. Acho que talvez para ultrapassar essa barreira a gente vai ter, inclusive, que pensar em outras localizações que não só a Grande Vitória”.
Para o diretor-geral da Rede Vitória, Felipe Caroni, que também esteve no evento, o tema do mercado imobiliário está diretamente ligado à construção civil, o que impacta a sociedade capixaba como um todo.
“Falar sobre o mercado imobiliário é falar sobre a construção civil. A cadeia da construção civil é muito extensa, impacta toda a sociedade capixaba, os empresários capixabas. Então, a gente ter esse conteúdo no evento, e poder transmitir isso à sociedade capixaba através da TV Vitória, Folha Vitória, Rádio Jovem Pan News, é um papel que precisamos cumprir como veículo de comunicação. Nosso intuito é difundir esse conhecimento, as temáticas, instituições e diálogos do evento”.
*Com informações do repórter Lucas Pisa, da TV Vitória/Record
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