Economia

Startups se apresentam em busca de financiamento em Vitória

Demoday do Ignição, programa de aceleração de startups operado pela Ventiur, acontece no hub Base27 na capital. Ao todo 17 empresas vão se apresentar

O hub Base27 serviu de base para as startups desenvolverem seus produtos. Crédito: Base27
O hub Base27 serviu de base para as startups desenvolverem seus produtos. Crédito: Base27

Soluções inovadoras, empresas que querem se firmar no mercado, muita tecnologia e, principalmente, vontade de alcançar o sucesso. Esta é a receita de quem decide empreender e está à frente de startups. São as empresas que começam de ideias, de gente que busca viabilidade para crescer e prosperar.

E nesse caminho, algumas dessas pequenas empresas vão poder mostrar cada potencial. Acontece no hub Base27 o Demoday do Ignição, um programa de aceleração de startups operado pela Ventiur. É uma aceleradora que reúne investidores e já fez aportes em mais de 100 startups no país.

O Demoday acontece no dia 27, às 14h e será o momento em que as startups apresentarão seus pitches para uma banca de especialistas. É uma forma de graduação das 17 negócios participantes. Entre elas estão empresas que oferecem soluções com inteligência artificial, sobre ensino de música, para concessão de crédito, na área de saúde e outras.

Startup de tráfego com IA

A Autocog, por exemplo, é uma empresa que pretende oferecer soluções para desafogar o tráfego de veículos nas cidades. E com o uso de inteligência artificial. O sócio-fundador Crhistian Emilio Ribeiro diz que a meta é escalar, ou seja, apresentar soluções que possam ser aplicadas em qualquer lugar.

“Desde o início, construímos nossa solução para ser acessível e escalável, o que nos levou a executar toda a nossa plataforma na nuvem. Outro ponto crucial é a velocidade: utilizando GPUs de última geração, conseguimos processar imagens e vídeos com inteligência artificial em tempo real para transmissões ao vivo”, disse.

Ele complementa. “Uma de nossas soluções utiliza IA para contar veículos e calcular o nível operacional da via, um parâmetro internacional que classifica a fluidez do tráfego de A a E (sendo A o melhor nível). Com essa informação, é possível, por exemplo, ajustar automaticamente a programação semafórica assim que um nível de serviço crítico for atingido. Esse processo ocorre de forma iterativa e em tempo real, garantindo que, dentro da infraestrutura disponível, o tráfego esteja sempre otimizado”.

Tinder de energia

Outra startup que vai participar do Demoday é a Pytã, uma plataforma de soluções na área de energia. O fundador Alexsander Saraiva vai direto ao ponto e diz que quer tornar a empresa no “Tinder” da energia.

“Oferecemos soluções integradas para a transição energética, incluindo assinatura de energia, mercado livre de energia, energia solar, carregadores para veículos elétricos, desenvolvimento de pesquisas a partir de resíduos e biomassas e consultoria de gestão energética e ESG. Nossa plataforma conecta clientes a parceiros estratégicos. Nesse sentido, entrega projetos personalizados, sustentáveis e financeiramente viáveis”, diz o empreendedor.

Ele acredita no Demoday como forma de impulsionar o negócio. “Nos dá visibilidade, atrai investidores, parceiros e clientes. Também nos proporciona feedbacks valiosos e oportunidades de networking, essenciais para acelerar o crescimento e aprimorar nossas soluções”.

Para Alexsander, estar no Base27 facilita conexões. “Temos acesso a tecnologias, mentoria e um ambiente inovador. Isso acelera o desenvolvimento dos nossos produtos e fortalece nossa presença no mercado”.

Hub para startups

Estar em um hub, local que concentra empreendedores, pode fazer a diferença para empresas que procuram um espaço no mercado. Segundo Pollyana Rosa, diretora do Base27, a proximidade com empresas capixabas pode contribuir para o desenvolvimento de startups em fase de validação e início das vendas.

“As startups tiveram a possibilidade de participar de momentos de conexão com as empresas para apresentarem seus produtos, além de terem acesso a agenda de eventos e outras ações do hub, o que gera mais conhecimento e amplia o networking dos empreendedores. Como somos um hub, nosso papel é conectar as partes e facilitar a jornada das empresas. Por isso, contratamos uma aceleradora, Ventiur, para aplicar sua metodologia de aceleração”, explicou.

Sobre o cenário de empreendedorismo no Estado, Pollyana acredita que é fértil e propício para o desenvolvimento de empresas. Principalmente por causa dos investimentos disponíveis por aqui. 

“O edital que pegamos para executar este ciclo de aceleração é prova desse investimento. Além do Base27, outros 9 ambientes também receberam o recurso, então são mais de 200 startups impactadas só por essa ação em todo o Estado. Além disso, temos o Fundo Soberano do Governo do Estado  que pode ser o próximo passo dessas startups aceleradas para conseguir investimento e ampliar sua atuação. O Estado tem uma meta de atingir 1000 startups capixabas até 2030 e diversas ações têm sido realizadas para cumprir este objetivo”.