Economia

STF adia para abril de 2020 julgamento de ações sobre royalties

Um dos pedidos de adiamento foi feito pelo governador do Estado do Rio de Janeiro, Wilson Witzel, que propôs à ministra Cármen Lúcia a realização de uma audiência de conciliação sobre o tema com a participação das 27 Unidades da Federação

Foto: Divulgação

O Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu adiar para abril do ano que vem o julgamento de ações que contestam mudanças nas regras de distribuição de royalties do petróleo. Com isso, cinco Ações Diretas de Inconstitucionalidade, que estão sob a relatoria da ministra Cármen Lúcia, saem da pauta do plenário da Corte do próximo dia 20 de novembro e vão para o dia 22 de abril de 2020.

“O adiamento ocorre em razão de pedidos formulados nos autos por governadores de Estados, com vistas à proposição de audiência de conciliação”, diz o STF. “Na decisão, que acatou parcialmente o pedido, a eminente ministra relatora determinou o sobrestamento dos processos pelo prazo máximo de 120 dias”, acrescenta.

Um dos pedidos de adiamento foi feito pelo governador do Estado do Rio de Janeiro, Wilson Witzel, que propôs à ministra Cármen Lúcia a realização de uma audiência de conciliação sobre o tema com a participação das 27 Unidades da Federação.

De acordo com Witzel, o impacto financeiro da ação, ajuizada pelo Rio, pode causar a quebra do Estado, caso o plenário do Supremo não fique do lado das autoridades fluminenses. O governador enfatizou no pedido ao Supremo que o Rio está em “recuperação fiscal” e que a legislação sobre royalties leva a uma perda de mais R$ 30 bilhões ao Estado, considerando o período de 2019 até 2023.