O Porto Central, que será construído no município de Presidente Kennedy, no Sul do Estado, terá o Porto de Roterdã como sócio. Com a mudança na lei dos portos, o Porto de Roterdã, empresa submetida ao controle do governo holandês, e que atuaria como gestor do empreendimento, decidiu entrar diretamente no negócio, segundo informações divulgadas pelo jornal Valor Econômico, nesta quinta-feira (26).
De acordo com a publicação, o Porto de Roterdã terá 30% do projeto. Uma participação próxima de 70% ficará nas mãos da TPK Logística, empresa criada no Espírito Santo com o propósito exclusivo de tocar o empreendimento.
O Porto de Roterdã, empresa controlada pelo governo holandês e pela prefeitura de Roterdã, conhecida como uma das principais operadoras portuárias do mundo, decidiu entrar na sociedade daquele que pretende ser o maior porto privado do Brasil. O chamado Porto Central de Presidente Kennedy, que será erguido no litoral sul do Espírito Santo, vai receber investimentos de R$ 5 bilhões.
A previsão é que as obras sejam iniciadas em janeiro. Pelo projeto original, Roterdã atuaria apenas como gestor do empreendimento. Com a mudança na lei dos portos, que a empresa decidiu entrar diretamente no negócio.
De acordo com o presidente da PTK Logística, José Maria Novaes, a empresa responde por 60 de sua composição. Os 40% restantes estão nas mãos de empresários locais. Completa o grupo de acionistas o governo do Espírito Santo, que deverá ter uma pequena participação, de cerca de 1%, por ceder áreas complementares ao empreendimento.
O porto demandará investimentos da ordem de R$ 5 bilhões. Para finalizar a negociação da sociedade, os empresários de Roterdã aguardam a licença ambiental do projeto, que está em fase de conclusão pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama).
A Autoridade Portuária de Roterdã vem atuando no Brasil desde 2010, quando foi convidada pelo governo brasileiro prestar assessoria a estudos estratégicos para a reforma do setor portuário brasileiro. Como parte de seu propósito de desenvolver uma rede global de portos, Roterdã analisou a capacidade econômica e as oportunidades do mercado portuário brasileiro e decidiu se unir a TPK Logística S / A, através da acordo de joint-venture assinado em 29 de abril de 2014, para o desenvolvimento de um complexo portuário “Greenfield” no município de Presidente Kennedy, Estado do Espírito Santo.