Economia

Taxa de desocupação tem menor nível na pandemia, mas 238 mil ainda estão sem trabalho no ES

Índice foi de 11,4% no segundo trimestre deste ano, o menor desde o início de 2020. IBGE mostra também que 61 mil capixabas desistiram de buscar emprego

Foto: Márcia Folleto / Agência Brasil

A taxa de desocupação no Espírito Santo caiu para 11,4% no segundo trimestre deste ano, o menor patamar desde o início da pandemia do novo coronavírus. Ainda assim, 238 mil pessoas estão sem trabalhar no estado.

Os dados são da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD Contínua), do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), e foram divulgados nesta terça-feira (31).

Segundo o levantamento, a taxa de ocupação no estado teve uma redução de 1,5 ponto percentual em relação ao trimestre anterior, que foi de 12,9%. Além do Espírito Santo, apenas Minas Gerais, Rio de Janeiro e Amazonas tiveram queda nesse indicador entre abril e junho — a média nacional foi de 14,1%.

Essa foi a menor taxa de desocupação registrada no Espírito Santo desde o primeiro trimestre de 2020, quando ela foi de 11,1%. Na ocasião, a pandemia ainda não havia impactado significamente a economia do estado e de todo o país.

No semestre seguinte, quando as atividades econômicas já haviam sofrido uma série de restrições, para conter a disseminação da covid-19, a taxa foi de 12,3%.

No total, 31 mil pessoas conseguiram emprego no Espírito Santo entre o primeiro e o segundo trimestre de 2021. Segundo o IBGE, a população ocupada atingiu 1,848 milhão de pessoas entre abril e junho, um aumento de 5,1% (89 mil pessoas) em relação ao mesmo período de 2020.

Taxa de informalidade cresce no ES

Entretanto, a taxa de informalidade teve um leve crescimento no estado, entre um trimestre e outro. De acordo com a PNAD Contínua, esse índice passou de 40,6% para 41%. Isso significa que 757 mil trabalhadores ocupados no Espírito Santo não possuem carteira assinada.

Já o rendimento médio do trabalhador capixaba foi estimado em R$ 2.299 no segundo trimestre deste ano. O valor, segundo o IBGE, não apresentou variação estatisticamente significativa em relação ao trimestre anterior nem em relação ao mesmo trimestre de 2020.

61 mil pessoas desistiram de procurar emprego no ES

Outro dado trazido pela pesquisa do IBGE é com relação às pessoas que desistiram de procurar emprego, os chamados “desalentados”. De acordo com o levantamento, 61 mil pessoas estavam nessa situação no Espírito Santo entre abril e junho.

Segundo o instituto, nas comparações com o trimestre anterior e com o segundo trimestre de 2020, não houve variação significativa nesse indicador.

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