O Valor Bruto da Produção Agropecuária (VBPA) alcançou R$ 24,2 bilhões, valor recorde na série histórica do Espírito Santo. A estimativa foi divulgada pelo Boletim de Conjuntura do Instituto Capixaba de Pesquisa, Assistência Técnica e Extensão Rural (Incaper).
Segundo informações divulgadas pelo Governo Espírito Santo, o valor foi alcançado com a combinação do aumento de produção e acréscimo dos preços médios recebidos pelos produtores.
O ano de 2022 foi marcado pelo aumento dos custos no setor agrícola. Entretanto, isso não foi limitação para os produtores rurais continuarem ampliando a produção, que cresceu 5,6% nas lavouras.
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O chamado de “Valor Bruto da Produção Agropecuária” é um índice de frequência anual, calculado com base na produção agrícola municipal e nos preços recebidos pelos produtores capixabas. Em 2021, esse indicador foi de R$ 17,2 bilhões, o que já havia sido recorde. Para 2022, a estimativa é ainda maior, chegando a R$ 24,2 bilhões, com um aumento de 41%.
Com o Valor Bruto estimado em 2022, a cafeicultura alcançou recorde histórico em termos de participação, representando 50,9% (R$ 12,3 bi), seguida pelos produtos de origem animal com 19,2% (R$ 4,7 bi), fruticultura com 11,1% (R$ 2,7 bi), olericultura com 9,1% (R$ 2,2 bi), pimenta-do-reino com 4% (R$ 976,9 mi) e silvicultura e extração vegetal com 2,2% (R$ 598,2 mi).
Produtos com variações positivas
As maiores variações positivas no valor bruto da produção na comparação de 2022 com 2021 foram para os produtos mais significativos da agricultura: café arábica (+103%), café conilon (+55%), mamão (+621%), banana (+41%), inhame (+139%) tomate (+56%), repolho (+32%) e milho em grão (42%).
Além disso, a pimenta-do-reino teve variação negativa em 19%, devido à queda dos preços praticados no mercado. Na produção de origem animal, o leite teve crescimento de +11%; ovos de galinha +16% e mel de abelha +24%.
Os resultados seguem as estimativas de safra. A cafeicultura teve boa significância em 2022 devido à bienalidade positiva do café arábica, associada à alta produção e à valorização do preço da saca do café conilon, que potencializaram o valor de comercialização dentro da porteira. O café conilon representou, sozinho, cerca de 35% do valor obtido entre todos os produtos agropecuários do Estado.
De acordo com o secretário de Estado da Agricultura, Enio Bergoli, é necessário continuar avançando no cultivo da cafeicultura, principal atividade no agronegócio estadual.
“Lançamos o Programa de Desenvolvimento Sustentável da Cafeicultura do Espírito Santo, que visa consolidar a nossa melhor expertise, que é o café. Também é necessário recuperar outros arranjos produtivos que passam por dificuldades no Estado, como a pecuária de leite, que não se recupera desde 2014. Nesse sentido, lançaremos ainda neste mês de agosto o Programa de Desenvolvimento Sustentável da Cadeia do Leite no Espírito Santo para apoiar e recuperar essa atividade”, finalizou.
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