O ministro da Fazenda, Joaquim Levy, esteve no Espírito Santo na manhã deste sábado (18) e sobrevoou as áreas dos projetos portuários da Portocel e Imetame, no município de Aracruz, com o governador Paulo Hartung e com o senador Ricardo Ferraço. Ele também visitou as instalações do Estaleiro Jurong Aracruz (EJA) para conhecer o primeiro navio-sonda a ser construído no Estado, o NS Arpoador.
Durante uma entrevista coletiva, Levy destacou alguns projetos que estão na agenda do governo para melhorias não só no Estado capixaba como no país. O maior destaque foi na questão da reforma do ICMS, que segundo ele é uma forma de abrir novas oportunidades econômicas.
“Há dois mecanismos que são inerentes a movimentação. Isso que estava sendo discutido e votado no senado. O primeiro são os dois fundos. Um deles tem o objetivo de auxiliar eventuais perdas de arrecadação. O Espírito Santo será um dos principais estados a usar esses fundos. O outro fundo é o de desenvolvimento de infra-estrutura. Ele vai permitir escolher projetos que vão dar o diferencial de competitividade e vão facilitar a transição da composição da economia”, disse.
Melhorias
E para criar oportunidade e incentivar a economia, uma das formas é a melhoria das estradas e dos aeroportos. Sobre essa questão o ministro afirmou que alguns pontos precisam ser priorizados.
“Se estamos desequilibrados, todos ficam receosos e ninguém quer investir. Todo momento político tem suas características”, disse o Joaquim Levy.
“A economia do Espírito Santo é uma economia que está sempre em transformação. Quando vemos a diversidade industrial do Espírito Santo, sabemos que tem a capacidade de criar e descobrir oportunidades. Fizemos um estudo de que o Espírito Santo vai ter uma proporção significativa nesse fundo, pois sabemos da importância da economia estar se reinventando. Uma das coisas importantes é agilizar e priorizar alguns projetos, como o Aeroporto de Vitória. O governo já assinou uma ordem de serviço, mas também podemos agilizar com o processo de concessão”, afirmou.
A melhoria da BR 262 para Minas Gerais também foi colocada na discussão. De acordo com Levy, a ideia é fazer um estudo para saber a melhor maneira de conduzir o projeto. “Temos alguns desafios de engenharia que temos que tratar. Eu acho que o principal é que essa agenda não é só de ajuste fiscal, estamos discutindo uma agenda de ajuste econômico. O Brasil vive uma situação diferente do que vivia há cinco anos e o mundo vive uma situação diferente. Temos que ajeitar a nossa economia. Se estamos desequilibrados, todos ficam receosos e ninguém quer investir. Todo momento político tem suas características”, explicou.
Agenda
O ministro informou também que a agenda caminha e que um bom número de medidas foram votadas no congresso. “Superamos grandes riscos desde o início do ano e estimulamos a exportação. A questão da Petrobras conseguimos evoluir, já a energia elétrica estamos vendo os preços começando a cair. Isso vai começar a ter efeitos na conta de luz. Como em toda agenda, tem coisa que vai mais rápido e tem coisa que demora um pouco”.
Visita
Para o governador do Estado, Paulo Hatung, a visita do ministro foi de muita importância. “Ele conduz um trabalho de reorganização das contas públicas nacionais e nós apoiamos esse trabalho, pois consideramos que isso vai possibilitar a reconquista da credibilidade do nosso país no mundo. Até internamente isso tem um impacto na economia. Ele conhece o trabalho que estamos fazendo aqui no Estado de reorganização das contas públicas. Estamos discutindo todas as reformas modernizadoras do país”, destacou.