Economia

Vendas do comércio capixaba mantêm resultados positivos em julho

Queda da inflação e dos juros e liberação dos recursos do FGTS junto ao esforço dos comerciantes em anunciar promoções e melhores condições para a compra contribuíram para o desempenho positivo, segundo análise da Fecomércio-ES

Vendas do comércio capixaba mantêm resultados positivos em julho

O comércio varejista do Espírito Santo registrou, em julho de 2017, um crescimento de 0,7% no volume de vendas em relação ao mês de junho, série com ajuste sazonal, como mostra a Pesquisa Mensal de Comércio (PMC), realizada pelo IBGE. O desempenho das vendas na comparação anual também apresentou avanço, na ordem de 2,5% em julho de 2017 frente a julho de 2016. 

Com esse resultado, nos primeiros sete meses do ano de 2017, o volume de vendas no comércio varejista acumulou uma variação negativa de 6,2% em comparação ao mesmo período do ano passado. Esse mesmo indicador em 2016, ou seja, o acumulado do ano até julho de 2016, mostrou uma queda de 11,1% em relação ao mesmo período de 2015. Já no indicador dos últimos doze meses o comércio mostrou uma queda de 7,8%, sendo o menor acumulado desde dezembro de 2015.

De acordo com Federação do comércio de Bens, Serviços e Turismo do Espírito Santo (Fecomércio-ES), apesar de tímido, o crescimento do mês de julho confirma a tendência positiva do ano. “A variação negativa acumulada em 12 meses é a menor registrada desde dezembro de 2015, o que significa dizer que números muito ruins estão ficando para trás”, informa o comunicado.  A entidade analisa que, no primeiro semestre do ano, fatores como a queda da inflação e dos juros e o efeito da liberação dos recursos de contas inativa do FGTS junto ao esforço dos comerciantes em anunciar promoções e melhores condições para a compra contribuíram para o desempenho positivo

Desempenho por atividades

Na comparação entre julho de 2017 e julho de 2016, cinco dos dez segmentos pesquisados apresentaram variação positiva, destacando-se Equipamentos e materiais para escritório, informática e de comunicação, 66,5%, Móveis e Eletrodomésticos 33,2%, com destaque para o segmento de Móveis que obteve variação positiva de 67,3% e Veículos, motocicletas, partes e peças com 25,0%. Observa-se que os segmentos que apresentaram os crescimentos mais significativos foram os que tiveram os maiores recuos no passado, o que reflete o atendimento a uma demanda reprimida por esses produtos. Já a maior queda ainda foi registrada pelo segmento de Material de Construção, que registrou uma queda de 20,6% em relação a julho do ano passado. Os segmentos de veículos, motocicletas, partes e peças e materiais de construção incorporam o comércio varejista ampliado que, em julho de 2017, apresentou crescimento conjunto de 8,4% contra o mesmo mês do ano anterior, puxado pelo crescimento das vendas de veículos.

Brasil

No Brasil, o comércio varejista restrito ficou estável na comparação de julho com junho. Mas em relação ao mesmo mês do ano passado cresceu 3,1%. No acumulado do ano obteve uma pequena variação positiva de 0,3% quando comparado ao mesmo período do ano passado. Já no varejo ampliado também ficou praticamente estável em relação ao mês anterior (+0,3%), mas mostrou avanço de 5,7% frente ao mesmo mês do ano passado.

Desempenho dos Estados brasileiros

No mês de julho de 2017, 16 dos 27 estados brasileiros mostraram crescimento no volume de vendas do varejo quando comparados ao mês anterior. As maiores taxas foram registradas no Amazonas, em primeiro lugar no ranking dos estados, com crescimento de 3,0%. Santa Catarina em segundo (2,4%) e Roraima em terceiro (2,2%). Já o maior recuo na passagem de junho para julho foi no estado do Tocantins (-5,3%), último colocado. Nessa comparação com o mês anterior o Espírito Santo ficou em 9º lugar, registrando variação positiva de 0,7%. Já na comparação com o mesmo mês do ano passado (julho 2016) o crescimento do Espírito Santo ficou em 17º lugar entre os 27 estados, registrando avanço de 2,5%, ranking no qual Santa Catarina ficou em primeiro com crescimento de 14,2%. O último colocado nessa comparação foi o estado de Goiás, com recuo de 9,5%.