Economia

Vitória está entre as cidades com o metro quadrado residencial mais caro do Brasil

Além da capital capixaba, quem também aparece na lista entre as 50 cidades com o espaço residencial mais caro é Vila Velha

Foto: Jansen Lube

A capital capixaba, Vitória, está no pódio das três cidades brasileiras com o metro quadrado residencial mais caro do Brasil. Uma pesquisa de julho deste ano, elaborada pela FipeZAP+, coloca a Cidade Presépio na 3ª colocação entre as mais caras.

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Ficando atrás apenas de Balneário Camboriú e Itapema, ambas em Santa Catarina, Vitória registra um valor médio por m² de R$ 10.549. Enquanto as duas maiores cidades apontam, respectivamente, R$ 12.335 e R$ 11.717.

Para o Estadão, o diretor institucional do Grupo Lopes, Cyro Naufel, explicou que tal crescimento registrado em algumas cidades no Espírito Santo não possui relação com o turismo.

“Vitória teve um grande empreendimento no ano passado com apartamentos sendo vendidos a R$ 20 mil por metro quadrado. Vitória, assim como Vila Velha, é uma cidade que teve valorização local, não foi em razão de turistas”, afirmou.

Ainda segundo informações do Estadão, na capital capixaba um exemplo de imóvel de alto padrão pode ser encontrado em um apartamento na cobertura do edifício Life Garden que sai por R$ 5 milhões, mesmo valor médio encontrado na cidade catarinense de Itapema, onde uma unidade de frente para o mar no edifício Palazzo del Mare, com 300 m², também sai por R$ 5 milhões. 

Luiz França, presidente da Associação Brasileira de Incorporadoras Imobiliárias (Abrainc), afirma que os municípios com mais desenvolvimento econômico geram uma espiral de demanda e valorização do metro quadrado. 

“Cidades com economias diversificadas e forte atividade empresarial geralmente oferecem mais empregos e oportunidades, o que atrai pessoas que estão dispostas a investir em imóveis na região, impulsionando assim os preços”, apontou França.

Vila Velha aparece na contagem

Quem também aparece na lista de cidades brasileira com um alto valor para o metro quadrado residencial é Vila Velha.

Segundo dados do FipeZAP+, a cidade mais antiga do Espírito Santo ocupa a 13ª posição na lista e registra um valor médio por m² de R$ 7.703.

O índice avalia 50 cidades no País e o resultado apontou que o preço médio dos imóveis residenciais subiu 5,61% nos últimos 12 meses até junho. A alta foi acima do IPCA, que subiu 3,8% no período, e do IGP-M, que caiu 7,72%.

Diante do início da trajetória de queda da taxa de juros no País, os preços dos imóveis ainda devem se manter ou aumentar até atingirem um ponto de estabilização nos próximos meses. 

“Pode haver espaço para aumento de preços, mas não inicialmente. Para manter a liquidez da venda, a renda do comprador precisa melhorar. Não adianta subir o preço e não vender. O aumento agora tende a ser menos íngreme do que foi nos últimos anos”, explicou Naufel.

* Com informações do Estadão.