Onda de calor

Estudantes reclamam de salas sem ar-condicionado em escola de Jardim Camburi

Aparelhos foram instalados no ano passado, mas ainda não funcionam. Em meio à onda de calor, estudantes reclamam

EEEMF Renato Pacheco

Thiago Soares/Folha Vitória
EEEMF Renato Pacheco Thiago Soares/Folha Vitória

O Espírito Santo vive uma intensa onda de calor e ficar em locais refrigerados ou bem ventilados é essencial para não passar mal. Para os estudantes, que passam horas dentro das salas de aula, estar em ambiente bem climatizado deveria ser regra.

No entanto, estudantes e pais de alunos da Escola Estadual de Ensino Médio Professor Renato Pacheco, em Jardim Camburi, Vitória, se queixam de que os aparelhos de ar-condicionado do colégio, instalados no final de 2024, não estão funcionando.

Com a temperatura a quase 40º C, eles dizem que está impossível ficam em sala de aula. Além disso, segundo os alunos, alguns dos ventiladores instalados nas salas de aula também não funcionam, o que deixa a situação ainda mais difícil.

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De acordo com uma aluna, os aparelhos de ar-condicionado nunca foram ligados após a instalação.

Eles já estão instalados desde o final do ano passado, mas não funcionam. E está fazendo muito calor. Alguns ventiladores, inclusive, não estão funcionando, só tem quatro ventiladores para 40 alunos. É um calor insuportável. O ano passado foi todo assim. Voltamos às aulas neste ano com a expectativa de estarem funcionando, mas não estão”, reclamou.

A mãe de um dos estudantes da unidade de ensino alega que apenas na sala do diretor há equipamentos de refrigeração funcionando, além de auditórios e laboratórios, mas não nas salas de aula onde ficam os alunos. Há alunas levando leques para dentro das salas.

Isso causa um desgaste emocional e físico muito grande nos adolescentes porque o calor está demais, a onda de calor está muito intensa. É inadmissível que esse problema não tenha sido sanado ainda, disse.

Sedu afirma que instalação depende visita técnica da EDP

Por nota, a Secretaria de Estado da Educação (Sedu) afirmou que a equipe de engenharia já tomou medidas para normalizar a situação.

Thiago Soares/Folha Vitória

De acordo com a secretaria, a ativação dos aparelhos de ar-condicionado depende apenas da visita técnica da EDP, concessionária de energia, para realizar a ligação da nova subestação da escola.

“As aulas seguem normalmente. Ventiladores de teto auxiliam na ventilação, até a conclusão dos serviços. Vale reforçar que a equipe técnica da Sedu acompanha de perto o processo, para que a situação seja resolvida o mais rápido possível”, afirmou a Sedu por nota.

O que diz a EDP

Para começarem a funcionar na Escola Renato Pacheco, os aparelhos precisam ser ligados pela EDP.

No entanto, de acordo com a empresa, após a realização de estudos técnicos, foi verificada a necessidade de obras de adequação da rede elétrica da escola.

Thiago Soares/Folha Vitória

Segundo a EDP, os serviços estão programados para serem realizados em breve, mas uma data específica não foi informada.

A EDP esclarece que o aumento de carga à revelia pode ocasionar sobrecarga no sistema elétrico, comprometendo o fornecimento de energia. A concessionária reitera que pedidos de aumento de carga seguem regras estabelecidas pela Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL), informou a EDP por nota.