Um dispositivo criado por estudantes do Espírito Santo pode ajudar a evitar acidentes causados por sonolência ao volante. Os “óculos antissono” detectam quando o motorista está sonolento enquanto dirige.
A tecnologia é uma alternativa acessível para reduzir os acidentes deste tipo. A sonolência ao volante é um dos principais fatores de risco nas rodovias.
Alguns veículos modernos já possuem mecanismos para reduzir esse risco, mas os óculos podem ser uma opção de baixo custo para motoristas de caminhões e veículos antigos.
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Caleb Gomes Menguete Fabris, Henrique Velten da Silva e Natalia Dantas Sá foram os responsáveis pela criação da ferramenta.
Os três são estudantes do Instituto Federal do Espírito Santo (Ifes) de Guarapari e foram os desenvolvedores do dispositivo, batizado de Óculos Antissono em Rodovias (ASR).
O ASR utiliza sensores infravermelhos para monitorar os movimentos oculares do motorista. Se os olhos permanecerem fechados por mais de dois segundos, os óculos emitem um alerta sonoro e vibram, despertando o condutor antes que um acidente ocorra.
A sonolência ao volante é uma das principais causas de acidentes com caminhões nas rodovias brasileiras. Embora algumas montadoras já integrem sistemas similares em seus veículos, muitos motoristas dirigem modelos antigos, sem essas tecnologias.
Custo de produção dos óculos antissono é baixo
Os óculos antissono tem preço acessível: o custo estimado de produção do protótipo é de R$ 122. Durante os testes, o protótipo do ASR atingiu alta precisão na detecção de sonolência, segundo os estudantes.
O projeto foi selecionado como finalista da 23ª Feira Brasileira de Ciências e Engenharia (Febrace), que vai acontecer de 25 a 28 de março, na Universidade de São Paulo (USP). O evento reúne 300 projetos inovadores desenvolvidos por estudantes do ensino básico e técnico de todo o país.
Os finalistas concorrem a prêmios e à oportunidade de representar o Brasil na Regeneron ISEF 2025, maior feira internacional do gênero, que será nos Estados Unidos em maio.