O candidato do PP à Prefeitura da Serra, Audifax Barcelos, foi o terceiro a participar da série de sabatinas da Rede Vitória com os principais candidatos das quatro maiores cidades da Grande Vitória. Durante 30 minutos, ele respondeu perguntas e apresentou suas propostas para o município.
As entrevistas, realizadas pela Rádio Pan News Vitória (90.5 FM), são transmitidas simultaneamente pelo jornal online Folha Vitória e começam sempre às 11h30, de segunda a sexta-feira. A ordem dos candidatos foi definida por sorteio.
Na terça-feira (10), segundo dia de sabatina, o entrevistado foi o candidato Professor Roberto Carlos (PT). Na segunda (9), estreia das sabatinas, o candidato ouvido foi o candidato Igor Elson (PL).
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Audifax Charles Pimentel Barcelos tem Nilza Cordeiro como candidata a vice. Ele foi prefeito da Serra por três mandatos (2004, 2012 e 2016) e, neste ano, é candidato pelo PP. Ele foi eleito deputado federal pelo Espírito Santo em 2010 e disputou o governo do Estado em 2022 pela Rede.
Na sabatina na Rádio Pan News Vitória, o candidato foi questionado sobre diversos temas, como sua oposição ao atual governador em 2022, seu posicionamento em relação a direita e a esquerda e o novo modelo de educação proposto por ele. Audifax destaca que é o mais preparado para a prefeitura da cidade da Serra.
Abaixo, confira a transcrição completa da sabatina com Audifax Barcelos:
Candidato, o senhor durante a campanha de 2022, quando foi candidato ao governo do Estado, disse: “O governador não é gestor, não tem equipe competente e não tem princípios”. O senhor também o acusou com relação à pandemia mais de uma vez e esses registros estão nas redes sociais do senhor até hoje. O senhor pensa isso ainda hoje do governador Renato Casagrandes? Se for eleito, como vai conseguir ter uma boa relação com o governo sendo que o acusou até de corrupção?
A discussão de dois anos atrás foi muito eleitoral e foi uma discussão de gestão de propósito de governo. Eu tenho falado muito que já fui prefeito com ele sendo governador, já fui prefeito com Dilma presidente, com Michel Temer presidente, com Bolsonaro presidente, com Lula presidente, já passei por essas experiências. Então, tenho colocado isso para o eleitor, da questão da minha experiência, minha experiência de verdade, isso faz toda a diferença.
Não tenho dúvida que, se Deus quiser, no dia seguinte após a eleição vou ligar para o governador, vou buscar parceria, vou apresentar para ele projetos, nossas iniciativas, e vamos estar juntos, vou estar sendo prefeito na maior cidade desse Estado.
Para você que está nos assistindo, que não é da Serra, você que é por exemplo de Vitória, a Capital tem 300 mil, 320 mil habitantes. A cidade da Serra, no ano que vem, vai ultrapassar 600 mil habitantes. É uma grande cidade e, pela sensibilidade do governador, que é governador de todos nós, vamos ter sim uma relação amigável, saudável, para o bem da Serra.
Mas o senhor acha isso tudo dele ainda hoje?
Eu vou repetir: há dois anos a gente estava em discussão eleitoral e a gente questionou muito a questão da gestão. Eu batia muito na tecla da gestão. Isso que eu fiz há dois anos, falava da minha situação como gestor da cidade da Serra e fazia algumas comparações nesse sentido.
Fora isso, eu nunca tive um ataque pessoal, na pessoa dele. Eu nunca fiz isso e posso tranquilizar a população da Serra que tenho experiência para administrar tudo isso e ter essas relações.
Vamos ganhar eleição e a população vai ficar surpresa com o que nós vamos fazer pela cidade. Foi com essas parcerias que, por exemplo, eu consegui o Hospital Materno Infantil. Iniciei, terminei.
Foi com essa parceria que a obra do Mestre Álvaro foi começada o nosso governo. Foi com essa parceria, inclusive com o governo Casagrande, que busquei vários investimentos para a cidade, mesmo sendo até de partidos diferentes do meu, tanto com o governo estadual tanto com o presidente. Não tenho dúvida que irei fazer, se Deus quiser, também na próxima gestão. Estou muito tranquilo e muito preparado para isso.
Candidato, o senhor ficou sete anos no Partido Rede e Sustentabilidade, um partido de esquerda, aliado do PT e que fez parte do governo Casagrande, que é do PSB, outro partido de esquerda também. Hoje o senhor está no PP, um partido de direita, mas também muito associado ao centrão, que vai de acordo com a situação, o momento. No plano de governo do senhor, no item educação, o programa traz a frase “As nações marcham para sua grandeza ao mesmo passo que avança a sua educação”. Essa frase é atribuída a Simon Bolívar, um dos maiores ícones cultuados pela esquerda. É ídolo, por exemplo, do presidente Nicolás Maduro, presidente da Venezuela, do ex-presidente da Bolívia, Evo Morales, também é um dos ícones da esquerda da América do Sul. O candidato, que pede votos ao eleitor da Serra, é de direita ou de esquerda?
Se a minha vida, se o meu testemunho, se a minha experiência, se o que eu fiz na cidade da Serra tem menos valor do que se fala, não sei o que vai ser da nossa política nos próximos anos.
A cidade da Serra me conhece, sabe os meus resultados, sabe que durante 12 anos como prefeito, como secretário, como deputado federal, a minha razão central foi servir a cidade, a minha razão central foi buscar resultados para a cidade.
Prefeito da cidade. Esse é o título que vou levar para o resto da minha vida. Tantas coisas que a gente fez nessa cidade, não fiz tudo sozinho. Quem viu a cidade da Serra 20, 30 anos atrás e vê hoje, tem uma total mudança e sou um das pessoas que ajudou tudo isso.
Então, com todo o respeito, essa discussão de direita, de esquerda, acho que tem colocado muito isso. A minha vida, a minha experiência, os meus resultados da gestão, como esse exemplo de ter sido a cidade mais honesta do Brasil. Não é do Estado, é do Brasil. A Controladoria Geral da União do governo Bolsonaro, em 2019/2020, deu a Serra esse título de cidade mais transparente.
Então, eu sei governar tanto para um grupo tanto para o outro grupo porque meu foco sempre é resultado de gestão. O meu foco não é só da boca para fora.
A sociedade, talvez uma parte, sabe que antigamente a discussão não era muito de direita e de esquerda. As escolhas partidárias elas não se davam muito por essa questão de direita e de esquerda. De uns quatro anos para cá, em função do governo do presidente Bolsonaro, aí sim houve essa divisão muito clara para todos nós.
Mas a minha pauta, tanto do ponto de vista partidário quanto de ponto de vista de resultado de gestão, sempre foi pautada em resultado, sempre de buscar o que entendo que é o melhor para a cidade.
A Serra me conhece, me conhece há muito tempo e isso faz toda a diferença. Eu tenho falado muito para a cidade: não troque o certo pelo duvidoso, não troque quem você conhece por quem você não conhece. Essa é a grande diferença, por isso que estou colocando o nosso nome à disposição. Então, você morador da minha cidade, não se preocupe, não se preocupe. Nós vamos focar em resultado para você.
Mas você não acha que com o nível de informação que a gente tem hoje, diferente do que era antigamente, como o senhor falou, não é importante para o eleitor saber para que lado está indo o candidato dele?
Depende de qual posição você quer dizer. Se você discutir a questão da família, o leitor quer saber disso. Acho importante registrar e agradeço essa oportunidade. Sou casado há 33 anos com a mesma esposa e estou muito feliz por isso. Isso faz toda diferença.
Do ponto de vista de ser cristão, estou há 42 anos na mesma igreja. Lá eu aceitei a Jesus, me batizei, casei, tive os meus filhos, meus filhos batizaram, e estou há 42 anos.
Do ponto de vista do amor à pátria, a população da Serra me conhece e sabe o amor que tenho pela cidade, aquilo que a gente fez pela nossa cidade, da nossa dedicação para a cidade. Estou estou aqui lembrando do que aconteceu comigo em 2016, em momento muito ruim da minha vida, quando tive problema de saúde.
Eu quero fazer o melhor para a minha cidade. Se tiver que procurar benefícios em um determinado campo, eu irei fazer. Não falo isso da boca para fora. Foi assim em toda a minha vida para a cidade da Serra. Ou seja, a questão ideológica eu respeito, acho importante, mas o mais importante é a vida e hoje, infelizmente, a gente vive muito de narrativa.
A gente precisa estar muito atento a isso, mas o mais importante para mim é a vida, o mais importante é o testemunho, são os resultados. Mais importante do que narrativa, para mim, são os princípios, e essas coisas, com muita humildade eu falo, o Audifax já mostrou que tem na prática.
Candidato, vamos falar um pouquinho de educação também, um ponto bem importante. No seu plano de governo, o senhor afirma que a sua meta principal é romper com dois modelos de educação, assistencialista e escolarizante, e que pretende criar um novo modelo de educação. Isso significa que a escola vai abrir mão daquele ensino tradicional para aplicar um novo modelo de educação? E que novo modelo seria esse?
Não, nós não vamos abrir mão do português, da matemática, da geografia. A gente precisa modernizar alguns aspectos, primeiro um aspecto tecnológico. Isso é fundamental porque precisamos melhorar e ampliar isso. Mais sala de laboratório de informática, mais salas de ciências… A gente precisa modernizar isso, mais laptop nas salas, buscar que o professor também tenha essa formação.
Precisamos resgatar uma coisa que eu fiz e que se perdeu na cidade da Serra. O que a gente fez na nossa época, precisamos resgatar isso. Eu fiz alguns convênios na época com duas escolas que tinham essa formação técnica para oferecermos também para os nossos alunos. A gente fez isso na cidade da Serra, e foi impactante.
Um outro projeto fundamental que a gente vai introduzir, que também se perdeu, foi o Programa Adolescente Cidadão. Depois da aula a gente precisa cuidar dos nossos adolescentes e tem um dado que infelizmente a gente recuperou, é que piorou a questão da adolescência da gravidez. A gente precisa ter esse foco de cuidar também do aluno do adolescente fora da escola.
São esses projetos que a gente vai fazer, mas sem abrir mão da matemática, do inglês, do português, da geografia.
Então a ideia não é mudar a educação de hoje. É trazer alguns projetos que já foram, que já são utilizados, e ampliar a tecnologia que já está presente nas escolas e que já vem sendo implantada tanto no setor público quanto no particular?
Eu não estou aqui para atacar ninguém. Não é esse o objetivo da entrevista, nem de vocês, mas a gente não vê isso nos últimos quatro anos. Assim, a gente quer mudar de fato essa questão porque infelizmente alguns projetos que eu coloquei aqui eles se perderam nesses quatro anos.
Então a gente precisa introduzir isso, que é muito bom, que esse é o clamor da rua para as nossas crianças e adolescentes, para os nossos pais. Essa é a questão central que a gente vai estar colocando.
Vamos falar agora sobre segurança pública. De acordo com a Secretaria de Estado da Segurança Pública, a Serra é o município capixaba com maior índice de assaltos a coletivos. São mais de 600 casos este ano. Na nossa pesquisa Futura de intenção de voto no município, 23% dos entrevistados falaram que segurança deve ser a prioridade da próxima gestão. Tem como resolver esse problema? Tem como reduzir os assaltos a coletivos? O que o senhor pretende fazer?
Eu tenho batido muito na tese da minha experiência e eu me sinto o candidato mais preparado para ser prefeito dessa cidade. Me preparei e nesses quatro anos conheci outras cidades, o que foi muito importante e vou tirar proveito disso.
Quando eu falo da questão da experiência, falo que foi na minha gestão, quando a Serra não tinha Guarda Civil Municipal, que eu implantei essa Guarda Municipal. As pessoas falam muito tal Gabinete de Gestão Integrada Municipal (GGIM) e eu de fato fazia ele funcionar.
Eu liderava com toda a cidade… padres, pastores, polícia, governo do Estado, governo federal, Ministério Público. Liderava para mudar a realidade da Serra.
Quando fui prefeito pela primeira vez, nunca vou esquecer essa cena: fui chamado em um órgão de televisão aqui no Estado porque a Serra ganhou o título de cidade mais violenta do Brasil. Eu nunca vou esquecer isso. Terminei a gestão e nem entre as 100 a cidade da Serra estava.
Eu sei trabalhar isso. Repito: não sei tudo, não sei sozinho. Vou formar, como formei uma equipe maravilhosa nessa área.
A gente precisa fazer as comparações com a Serra, mas de forma proporcional. Na cidade da Serra cabem cinco Vitórias. Vitória tem 80 quilômetros, a Serra são mais de 500 quilômetros. A cidade da Serra é o dobro da população de Vitória. Então, quando a gente apresentar alguns índices, temos que trabalhar de forma mais proporcional porque se a Serra é a maior cidade, então os números sempre serão maiores para a Serra.
Mas o que pode ser feito para reduzir os assaltos a ônibus?
A proposta que eu tenho eu até agora recentemente vi o governo do Estado ampliando essa questão com a preocupação de mais policiais nos terminais.
Vou buscar essa ajuda com o governo do Estado. Vou buscar essa parceria, mas entendo também que a minha Guarda, se Deus quiser, vai atuar também dentro da questão do transporte. Lógico a gente vai ter que pedir autorização ao governo do Estado porque os terminais são órgãos estaduais. A gente tem que ter uma autorização para que possa entrar dentro dos terminais.
Mas o nosso objetivo é ampliar essa Guarda. O concurso ainda não está finalizado e espero que se finalizasse. Se não finalizar, eu vou finalizar. A atual gestão está contratando 150 e eu entendo que precisa ter mais 150 até o final da nossa gestão. A gente precisa aumentar, duplicar ou triplicar esse número porque a cidade cresceu.
Aí vai aquela falha inicial que eu falei sobre o tamanho da cidade. A Serra cresceu e gente implantou, mas precisamos colocar mais guardas não só dentro do transporte coletivo, não só dentro dos terminais, mas também dentro das escolas.
Também temos que criar um canal direto da cidade, que já tem com a Polícia Militar, mas precisa ter também com a nossa Guarda. Precisamos criar esse canal.
Tenho uma proposta de criar tipo um botão do pânico dentro do comércio para acionar diretamente a nossa Guarda, mas para isso a gente precisa melhorar a estrutura física da Guarda, melhorar os equipamentos da Guarda para que a gente possa de fato ter esses esses resultados.
Mas precisamos também ampliar a questão do videomonitoramento. Eu reconheço até que ampliou, precisamos ampliar muito mais em função do crescimento da cidade.
Um dado que eu tenho colocado muito para vocês é que a Serra é a cidade que mais cresce também entre as 10 do Brasil. Para vocês terem uma ideia, incluindo o Rio de Janeiro, São Paulo e Minas Gerais, a Serra é uma das 10 cidades que mais cresce nesse país. São 10 mil habitantes por ano, então isso tudo tem que ser ampliado.
Candidato, os seus adversários dizem que o senhor entregou a Guarda sucateada, com menos de 50 câmeras de videomonitoramento operando e com cerca de 100 guardas na ativa. O senhor não investiu na Guarda quando estava lá na prefeitura. O senhor sente que tem que ser ampliada mais pela segurança pública da Serra, já que tem esses destaques de violência?
Eu que criei a Guarda, foi da minha gestão. Não vi um aumento, nenhum nesses anos. Eu respeito essa coisa, essa fala dos adversários, acho que democracia é isso, mas elas não são verdadeiras. Ao contrário, essa gente fez muito em relação a isso e eu reconheci no início da minha fala que houve ampliação do número de câmeras da cidade. Isso foi fruto não da prefeitura, infelizmente, foi fruto da parceria do governo do Estado. Agradeço e vamos continuar essa parceria, vamos até aumentar essa parceria para que tenha mais videomonitoramento em toda a cidade da Serra.
Vamos buscar isso e vamos pedir ao governo para ampliar ainda mais, em função da parte territorial da cidade que é muito grande. Se passaram quatro anos para dar o concurso e deu agora, mas não chamou ninguém. Provavelmente faltando quatro meses não vai chamar, infelizmente. Mas se Deus quiser em janeiro, assumindo a prefeitura, nós vamos chamar esses 150 guardas.
O senhor falou em 150 guardas e disse em contratar mais 150. A gente sabe que o salário bruto de um agente da Guarda Municipal na Serra chega a quase R$ 10 mil, é o maior inclusive da Grande Vitória. Há dinheiro, recursos, para tudo isso? Quanto o senhor calcula que gastaria para esses 300 novos guardas?
Vamos ampliar essa questão dentro das nossas limitações, para valorizar ainda mais. A cidade da Serra está fechando com mais de R$ 2 bilhões de orçamento. É lógico que a gente tem algumas preocupações sérias para o futuro da cidade e eu, como gestor, como economista, como administrador que eu sou, vamos fazer com muita responsabilidade, não abrindo mão de alguns princípios.
Uma delas é a responsabilidade com a cidade. Essa é uma marca minha, sempre deixando a cidade com muito recurso, como deixei quase R$ 500 milhões em caixa na última gestão minha para fazer obras. Isso é responsabilidade, é uma marca muito forte do Audifax como gestor. E dentro de minhas responsabilidades está garantido.
Aí eu volto na tecla da experiência, do preparo. A cidade me conhece e sabe que a gente vai fazer as coisas com muita seriedade, não abrindo mão desse princípio da responsabilidade fiscal.
Agora, candidato, o que garante que o senhor, se eleito, não vai deixar o comando da prefeitura daqui a dois anos para disputar novamente o governo do Estado, já que seu maior adversário, o governador Renato Casagrande, não vai poder concorrer à reeleição.
Eu nunca na minha vida, nunca fiz isso como prefeito. Fui três vezes prefeito e eu nunca larguei o mandato na metade para fazer outra disputa. Se Deus quiser, sendo da vontade de Deus e da população, será o quarto mandato.
O senhor não deixaria a prefeitura, caso eleito, para disputar o governo?
Não, não fiz isso nos três mandatos anteriores e agora, o quarto, não farei. Eu estava lembrando aqui que o terceiro mandato foi impactante para a cidade com hospital, UPA, obras do Rio Jacaraípe. Foi um mandato exitoso demais para a cidade e a questão não é o novo contra o velho, o velho contra o novo. Acho que essa é uma discussão até muito rasa, pequena.
A discussão é quem está mais preparado, quem está mais disposto, quem está mais determinado, quem está com mais vontade de fazer, quem está querendo fazer e quem sabe fazer. Eu acho que essa é a grande diferença para a cidade.
Vamos falar sobre saúde. A Serra tem três UPAs e eu queria que o senhor identificasse qual é o maior desafio nessa área na cidade e o que pretende fazer para melhorar?
Me perguntaram ontem na rua qual é o maior desafio: a saúde. Estou aqui, repito, não é falando mal de ninguém, não estou aqui para isso. Não citei nome de ninguém, nem farei, não é esse o meu propósito. Mas a saúde da Serra piorou muito nesses últimos quatro anos, muito. Talvez até não foi mal intencionado, como por exemplo essa questão da consulta online. Isso não deu certo na cidade e a população está sofrendo muito com isso.
Você vai acabar com a consulta online?
Nós vamos voltar com presencial, não tenha dúvida disso. Até porque tem uma população da terceira idade muito grande na Serra. Eu chamo da “feliz idade”, que não consegue, não tem acesso. Nem todo mundo tem internet na cidade. Nós temos alguns bairros que ainda não possuem internet, então a gente precisa voltar ao presencial. Vamos manter online, não da forma que está, porque tem uns que preferem, mas o presencial vai voltar. Esse é o grande desafio hoje, de forma urgente, porque o clamor está muito grande, acumulou tudo na cidade.
Mas hoje é sempre presencial e online?
Não, não é. Eu estou dentro da cidade, o que a população mais reclama é em relação a essa coisa que lá não está funcionando. Então a gente vai voltar ao presencial e online, não tenha dúvida disso.
Nós temos algumas propostas. Nós vamos, sim, transformar, ter mais uma UPA para a cidade. Eu fiz a UPA de Castelândia, entreguei a UPA da Serra-Sede. A cidade da Serra é muito grande. Eu sempre brinco: se você sair de Bairro de Fátima e for para Nova Almeida, de carro, no domingo, você leva uma hora. Se sair de Bairro de Fátima e for a Domingos Martins, você leva uma hora.
Então, Nova Almeida precisa ter um olhar diferenciado. Nova Almeida cresceu muito nesses quatro, cinco anos, mas muito mesmo. A população de lá quase dobrou nesses cinco anos. Na Grande Nova Almeida são mais de 60 mil habitantes e a Unidade de Saúde não está funcionando. A nossa ideia é fazer ali uma policlínica e ampliar o atendimento da saúde.
Precisamos zerar, mas zerar de fato a questão das especialidades e isso é outra questão urgente. Está faltando remédio? Está. Todo dia eu recebo a lista de remédio, todo dia eu recebo a lista de algumas pessoas que estão clamando por remédio nas minhas caminhadas ou pelo meu celular. A gente precisa ter um olhar urgente para a saúde. Vai ser a minha prioridade, mas vai ser também o meu grande desafio, eu tenho clareza disso.
Candidato, o senhor cita no programa de governo uma série de medidas de certa forma genéricas para atender as famílias em situação de vulnerabilidade social. Cita casos de procedimentos para cuidar de pessoas com doenças mentais, fala de justiça social, mas não há nenhuma referência ao público LGBTQIA+. Que espaço esse público vai ter em uma eventual gestão sua e como o seu governo pretende atender as demandas específicas desse público?
Eu vou tratar, como sempre tratei em todos os mandatos, com equidade, buscando qualquer tipo de assistência necessária. Quando eu coloco para vocês a questão da minha experiência, nós vamos só ampliar ainda mais, de forma muito tranquila. A gente tem experiência nisso.
Sempre cuidei muito dessa questão, sempre cuidei muito da questão da mulher. Eu lembro que na minha gestão, não estou falando da boca para fora, eu tinha uma secretaria específica para cuidar da questão da mulher, em todos os aspectos da mulher, da adolescência até a terceira idade. Isso acabou na cidade. Mais da metade do meu secretariado era de mulheres, quase um terço do secretariado de jovens.
Candidato, a gente caminha para terminar a nossa sabatina, mas antes o senhor tem dois minutos para fazer as considerações finais para os nossos ouvintes, para os eleitores da Serra.
Muito obrigado a você que está com a gente, que está nos assistindo durante esses minutos. Eu venho aqui pedir o seu voto no 11, no Audifax, o Audifax que você conhece, o Audifax que é o candidato de verdade e o mais importante, o Audifax que é sim um candidato mais preparado.
Por que eu estou sendo candidato? Dois são os motivos: primeiro a gente não perdeu o que conquistou durante esses 10, 15, 20, 30 anos. Ou seja, é uma outra cidade, não fiz tudo, não fiz sozinho, mas contribuímos muito para que essa cidade chegasse onde chegou. Então a gente não pode perder isso, não podemos ter risco nenhum de perder isso. Eu sou essa garantia para você não perder o que a gente conquistou. E hoje você tem orgulho da cidade da Serra.
O outro motivo é usar a minha experiência e fazer muito mais para você. A saúde da cidade piorou, a educação piorou, nesses quatro anos nenhuma escola, nenhuma creche, foi iniciada e terminada nessa gestão. A segurança também piorou.
Então esses são os dois motivos: manter o que a gente conquistou e avançar ainda mais através da minha experiência de ser o candidato mais preparado para fazer por você. Deus abençoe você e a sua família. Eu peço seu carinho, agradeço todo mundo que tem me recebido com muito carinho, com muito amor, muito respeito. Eu estou muito feliz nessa caminhada. Muito obrigado e que Deus abençoe agora mais uma vez.
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