A Justiça eleitoral negou uma ação do candidato à prefeitura de Guaraparie deputado estadual Zé Preto (PP), em que pedia que uma rede de comunicação tirasse do ar um vídeo em que expressa uma fala sobre autismo.
No vídeo, publicado na última quarta-feira (21), o político usou o termo “fatalidade” ao se referir ao Transtorno do Espectro Autista (TEA) e ainda disse que o cuidado com autistas estaria adoecendo os professores da rede municipal.
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Na decisão, o juiz Gil Velloso Taddei, explica que não há conteúdo ofensivo, mas apenas o exercício legal da liberdade de expressão do veículo de comunicação.
“Para esclarecimento, foi apresentada pelo representante uma carta explicativa. Não obstante, o representado (ES em Foco), por meio de sua empresa, teria feito o seguinte comentário: “Após fala desastrosa, Zé Preto se cala e divulga apenas uma carta contendo preconceito ao dizer que tem dois funcionários com filhos autistas, ou seja, diferencia-os dos demais”. Em uma análise sumária, entendo que a publicação realizada reflete, em essência, uma opinião particular do representado, sem conteúdo ofensivo, e no exercício legítimo de sua liberdade de expressão.”, diz trecho da ação.
Na entrevista, Zé Preto continuou: “A palavra foi utilizada no momento em que defendia melhores condições de trabalho para nossos profissionais da educação”.
O candidato ainda defendeu que professores, cuidadores, auxiliares, vêm sendo maltratados por falta de estrutura de trabalho nos últimos anos.
“Foi no momento em que defendi capacitação, melhor remuneração e aumento da equipe pedagógica especializada no atendimento aos alunos atípicos que mencionei proteção e respeito”, completou.
Ele ainda destacou que o Transtorno do Espectro do Autismo (TEA) “merece atenção multidisciplinar, não apenas das escolas, mas por políticas públicas sociais que ofereçam ampla rede de apoio ao desenvolvimento das crianças e suporte às famílias”.