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“Quero botar a Guarda com força de polícia em Cariacica”, diz Ivan Bastos em sabatina

Candidato a prefeito de Cariacica pelo PL, ele participou da sabatina da Rede Vitória e falou sobre segurança, saúde, educação e mobilidade

O candidato do PL à Prefeitura de Cariacica, Ivan Bastos, foi entrevistado nesta segunda-feira (16) na série de sabatinas promovidas pela Rede Vitória com os principais candidatos às prefeituras das quatro maiores cidades da Grande Vitória. Por 30 minutos, ele respondeu perguntas e apresentou suas propostas para o município.

As entrevistas, realizadas pela Rádio Pan News Vitória (90.5 FM), são transmitidas simultaneamente pelo jornal online Folha Vitória e começam sempre às 11h30, de segunda a sexta-feira. A ordem dos candidatos foi definida por sorteio.

Ivan Bastos tem Pâmmela Fiorio como candidata a vice-prefeita. Ele respondeu perguntas nas áreas de saúde, educação, segurança, mobilidade, assim como pobreza.

As sabatinas tiveram início na semana passada com os candidatos a prefeito da Serra. Nesta terça-feira (17), continuando a rodada de entrevistas com os concorrentes de Cariacica, será a vez de Euclério Sampaio (MDB), e na quarta-feira (18) a candidata do PT, Célia Tavares.

Abaixo, confira a transcrição completa da sabatina com Ivan Bastos:

Candidato, vários bairros de Cariacica sofrem com alagamentos e deslizamentos de terra nos períodos de chuva forte. No seu plano de governo, não tem nada falando sobre como evitar e o que vai ser feito com relação às enchentes. O senhor não acha que isso deveria constar?

É importante. Todo gestor tem que entender que os alagamentos são um problema que dificulta a vida de muitas pessoas. Agora, quando se fala em alagamento, só se fala no dia de enchente, entendeu? A gestão só pensa em época de enchente, então eu acho que tem que ressuscitar a região metropolitana, dentre as quais têm os municípios de Viana, Vila Velha e Cariacica. Pensar em conjunto.

Hoje, Cariacica pensou muito em fazer a orla, que é importante. Mas você anda alguns metros, vai ver valão a céu aberto. Então eles não se preocupam nesse sentido. Então tem que se pensar, sim, mas pensar em uma época em que não há enchentes, porque todos nós sabemos da previsão do tempo.

No seu plano de governo o senhor também fala que vai desenvolver políticas para negros, juventude e população diversa, respeitando a liberdade e a diversidade em todos os níveis, população diversa e o público LGBTQIA+. Quais políticas serão desenvolvidas para esse grupo?

Eu falo o seguinte: o sol bate para todos. Eu não vou aqui só porque é negro e tal. Não é para todos. Quando você falou isso, é para todos e vamos pensar assim: todas as pessoas têm o direito de ser, de querer ser, mas o que ela precisa hoje é ter um bom asfalto, uma boa saúde, uma boa educação, independente do que ela pensa e o que decide na vida dela.

Mas aí, quando o senhor fala que vai desenvolver políticas específicas para negros, juventudes e população diversa, o que quer dizer com isso?

Porque é o seguinte, eu vou colocar a minha classe negra. Ela é bem discriminada. Eu quero falar da classe negra, bem discriminada. Então eu entendo o seguinte: eu sou contra cotas. Mas existe uma maioria em Cariacica que são negros e essas pessoas são sempre discriminadas.

Por exemplo, os cargos mais burocráticos de grandes empresas em Cariacica não são de Cariacica, são de fora. E nós temos negros, negros advogados. Nós temos negros que têm uma capacitação boa, mas são deixados de lado no registro de candidatura.

No registro de candidatura, o senhor fala que é pardo ou negro?

Sou pardo desde muitos anos, desde 64. Minha minha certidão diz que eu sou pardo.

Mas agora você falou negro, você se qualificou como negro?

Eu falei? Eu sou negro. Mas assim, eu entendo. Eu acho que se confunde entre o pardo e o negro, entendeu? Eu acho que se confunde.

Mas qual medida de governo o senhor pretende tomar se só for eleito para incluir o negro porque a gente sabe que a maioria da população é negra lá em Cariacica. A gente sabe que o negro precisa estar em posições melhores no mercado de trabalho. Mas quais medidas específicas que o governo de Cariacica, numa eventual gestão do senhor, vai tomar para que isso aconteça?

Eu entendo o seguinte, que todo negro precisa ser capaz de ser. E outra coisa, se ele não é capaz de ser, procura capacitá-lo, procura dar treinamento, procura dar oportunidade para ele. Então é por isso que eu vou falar que não existe.

Eu sou contra a questão da cota. Eu entendo o seguinte: a questão é ser capaz. Se ele não tem capacidade, nós vamos levar instrumento nos bairros, instrumentalizar. E não vou especificar só negro.

Existe branco também que está lá com dificuldade de nome, que não tem uma oportunidade de fazer uma capacitação profissional. Incentivar, estudar tudo isso aí para que ele seja uma pessoa bem desenvolvida no futuro.

Mais de 188 mil pessoas em Cariacica vivem na pobreza ou na extrema pobreza, segundo dados do governo do Estado referentes a 2022, que são os últimos divulgados. Essas famílias já recebem benefícios sociais. O que mais pode ser feito para tirar esses moradores dessa situação que eles se encontram, candidato?

No Plano Plurianual, a atual gestão coloca R$ 2 milhões para capacitar e profissionalizar pessoas. Mas isso não foi feito. Hoje eu estava vendo TV no carro e vi um cidadão falando sobre a pesquisa, que Cariacica está bem desenvolvida, que Cariacica está crescendo, mas só pensa nisso quem não conhece Cariacica, vive de fora de Cariacica e passa por Cariacica e vê uma cidade maquiada.

Os dados, os dados que tem hoje, não refletem a realidade. Então eu penso o seguinte: Cariacica é a cidade maquiada. Enquanto você vê isso aí, 180 mil não refletem o desenvolvimento. Então cai por terra essa coisa de que Cariacica está bem desenvolvida. Hoje nós estamos num universo de quase 400 mil pessoas, quase a metade de Cariacica.

Então, cadê as políticas que foram feitas para tirar essas pessoas da miséria? Bolsa Família não resolve o problema. Então é isso que a gente tem que pegar. Pegar um curso, fazer curso de capacitação, profissionalização e até essas pessoas ele sabe onde estão. Cariacica hoje vive uma enganação. Não existe desenvolvimento. E nós vamos falar outra coisa daqui para frente.

Mas para tirar as pessoas da pobreza, se o senhor for eleito prefeito, vai oferecer cursos de qualificação para atender essas pessoas, só isso?

Fala-se que abriu 42 mil empresas em Cariacica. Que tipo de empresa é essa? Microempreendedor, chamado MEI. Essas pessoas foram voluntariamente registrar e fizeram o MEI. Nessa pandemia agora cresceu muito.

Agora, o que é que se faz para essas pessoas se desenvolverem? Você chega em bairros, vê muitos comércios pequenos, que giram, que giram a economia do município. E bota ali duas pessoas, uma ou duas até três pessoas empregadas.

Mas essas pessoas são esquecidas no momento que abre, no momento que a pessoa quer fazer um negócio, uma loja, uma barbearia, ela não tem uma casa, uma capacitação do governo, dessa gestão atual. Então, por isso que a pessoa vai um tempo, fica ali um ano, depois fecha, não tem aquela devida atenção.

Então eu acho o seguinte, tem essas empresas, vamos pegar essas pessoas que estão na ponta, essas pessoas da pobreza, que não vão precisar pagar uma passagem, vão tirar da miséria. Então precisa de uma atenção melhor nesse sentido.

A gente fala de pobreza extrema. São pessoas que recebem menos de R$ 208 por mês. Como é que essa pessoa que está com fome vai sair de casa para fazer um curso de capacitação?

O próprio município, ele não deve cobrar. Por exemplo, vamos fazer uma parceria com igrejas, que têm muito na periferia, vamos sentar com liderança comunitária, vamos detectar quem são.

Por exemplo, a nossa igreja é no bairro São Francisco e capacitou na época do governo 180 pessoas. Nós só fomos ali um instrumento logístico e aí a gente sabia que tinha pessoas e vieram pessoas, capacitamos cabeleireiro, padeiro, porteiro e essas pessoas hoje já estão no mercado de trabalho.

Então, essa questão do governo, da gestão hoje, pegar e oferecer, ele tem que ir lá buscar, porque não basta só ele chegar aqui e dizer só tem aqui o curso profissionalizante, não vai lá na minha casa, senta lá com ele, entender que ele precisa disso.

Mas, candidato, isso custa dinheiro para a prefeitura, como é que se vai levantar dinheiro para oferecer isso? Porque, falando de 180 pessoas, como eu estou falando, é uma coisa. Agora a gente tem 188 mil pessoas em Cariacica que precisam do básico. Elas não têm o básico.

Mas é por aí. Vou te falar o que eu ouvi, que Cariacica está bem desenvolvida. Se 180 mil pessoas estão na extrema pobreza, ela certamente é desenvolvida, ela tem recursos para isso. Ela tem recursos para chegar a essas pessoas e fazer cursos profissionalizantes, entendeu?

Se não quer gastar com outras estruturas, use os templos religiosos, base de comunidade de presidente de bairro que tem só a sede comunitária, usa essas estruturas que são de graça.

Volto a dizer que a cidade não está desenvolvida. Aí está o dado de 180 mil pessoas, é quase metade da população. É de extrema pobreza. E que desenvolvimento é esse? Esse desenvolvimento tem dinheiro sim para capacitar essas pessoas.

Vamos falar agora sobre saúde no plano de governo. O senhor fala que vai distribuir gratuitamente medicamentos para pessoas com doenças como pressão alta, diabetes e colesterol. Mas esses medicamentos já são ofertados nas unidades de saúde. Está prometendo algo que já existe?

Não, não é que eu estou prometendo algo que existe. O que está faltando é um bom gerenciamento para se distribuir isso. Hoje, os idosos não conseguem sair da cama para ir lá buscar um remédio. Por quê? Porque às vezes ele fica sozinho em casa. Aí a pessoa da família está trabalhando.

No meu governo, na minha gestão, nós vamos fazer que o remédio chegue até essa pessoa, vai chegar até essa pessoa. Não têm as farmácias que entregam nas portas? Chegará até as pessoas. E outra coisa não está dentro do assunto, mas é saúde.

Eu quero que o médico, através da telemedicina, chegue na casa do idoso. Com esse pacote vai remédio, vai consulta, vai tirar ele dali para fazer exame. Ele não vai se mover para nada e o poder público tem que fazer isso. Ele vai chegar ali com a ambulância, o outro carro levar essa pessoa para fazer os exames.

Existe o agente de saúde que está esquecido dentro de Cariacica. Se eu detecto que tem ali uma pessoa que é um idoso que não consegue andar, mas a família dele precisa trabalhar, faz o agendamento, vai a telemedicina, vai uma agente de saúde medir a pressão, glicose e o médico está em outro lugar. E ali com o tablet, que é barato, não é caro, com a boa internet, vai fazer isso aí.

E o senhor acha que dá para chegar para todos? A gente falou de 188 mil pessoas na pobreza ou extrema pobreza em Cariacica. Como é que vai ser o acesso dessas pessoas a instrumentos tecnológicos como esse?

Primeiro eu tenho que fazer um levantamento de como está Cariacica dentro desses 180 mil porque às vezes os 180 mil têm condições de chegar até lá, em um posto de saúde para ser atendido, mas uma boa parte não. Então tem que detectar quem é essa outra parte que não tem condições de sair.

Candidato, o senhor faz parte de um dos maiores partidos do país, que é o PL. É uma sigla rica. Bolsonaro teve uma votação expressiva em 2022, e o que explica a sua candidatura de um partido tão grande, de uma sigla tão rica, ter menos de 3% das intenções de voto em Cariacica?

Eu falo o seguinte: pesquisa é coisa de momento. Vamos lá. Pesquisa 500 pessoas no universo de 272 mil eleitores. Eu não desacredito em pesquisa, mas quando eu falo que é de momento vamos a alguns exemplos.

Eu lembro que Fernando Henrique, com a pesquisa lá em cima, sentou e chegou a sentar na cadeira de prefeito antes da eleição. Perdeu a eleição.

Então eu levo com muita tranquilidade, levo com muita paz essa eleição minha, porque a sensação que eu tenho é diferente do que as pessoas, do que as pesquisas dizem. Não desmerecendo o instituto de pesquisa.

Bem, vamos falar um pouquinho de mobilidade, candidato. Avenida Mário Gurgel sofre com constantes congestionamentos nos horários de pico. Qual a sua proposta para resolver esse gargalo do trânsito?

Vou voltar a dizer sobre o trânsito em Cariacica, falando da Mário Gurgel. Ela interliga Viana, Vila Velha e Vitória. Aí precisa ressuscitar a região metropolitana para que os quatro municípios conversem sobre isso.

Já está fazendo lá um viaduto, mas em época de eleição, para mostrar que está fazendo, está acelerando aquilo ali. Não sei se é de boa qualidade, mas hoje se faz pensando nessa mobilidade na Mário Gurgel, precisa pensar com os quatro municípios juntos e isso em curta distância.

Aí você saindo da Mário Gurgel, Cariacica cresceu desordenadamente. Para fazer isso, eu preciso pensar a cidade, diagnosticar todos. É lógico que tem que indenizar e fazer muita coisa, mas já com os bairros novos e já tem que vir com a política de plano de PDU, ou seja, de um plano diretor urbano definido.

Para os bairros que já estão com dificuldade, calçada, nós temos que pensar isso numa boa administração, bom gerenciamento gera gerenciamento disso.

O senhor falou de pensar de forma conjunta com os municípios da região metropolitana, mas o senhor, se for eleito, não tem poder de agir no trânsito de Vitória para Cariacica. O que pode ser feito?

Eu falei: quando se fala na Mário Gurgel, porque ela interliga os municípios, vamos pensar na região metropolitana, entendeu? Agora dentro é só Cariacica?

O que pode ser feito para minimizar o congestionamento?

Minimizar. Eu tenho que fazer o seguinte: eu tenho que fazer um mapeamento principalmente daqueles bairros que são bem desenvolvidos e com uma grande população. Por exemplo, em Porto de Santana você sai da pracinha, sobe para quem vai para Porto Novo, você tem calçadas que impedem o cidadão de andar. São muito curtinhas. Não dá para duas pessoas andarem e aí a pessoa é obrigada a descer, sair daquela calçada e ir lá para dentro da rua. Então é preciso um trabalho muito sério.

E por que as pessoas, os gestores, têm medo de chegar e conversar com as pessoas, com o morador, e ali oferecer a ele uma indenização para melhorar, pelo menos amenizar alguma coisa? Ele tem medo disso, tem medo.

Vou voltar na saúde, porque no seu plano de governo para a saúde o senhor fala que vai aderir ao programa Mais Médicos do governo federal. O senhor é de partido de direita, e o programa Mais Médicos foi criado pelo governo do PT. Por querer aderir a esse programa, o senhor reconhece que o PT teve um programa, criou um programa de relevância para a área da saúde?

Essa coisa de Mais Médicos ficou impregnado. Parece que tudo a gente está copiando dele ou aceitando. Não. Quando eu falei botar mais médicos não significa que eu vou aderir.

Aderir ao programa Mais Médicos do governo federal.

Eu não vou. Essa questão de aderir do governo federal, eu falei que eu vou ampliar a minha resposta e ampliar ainda mais o quantitativo de médicos. Aí você me pergunta com que dinheiro? Dinheiro já tem.

Recurso já tem que eu já sei que vocês vão me perguntar. Recursos já tem para isso. O que falta é colocar o dinheiro no lugar certo, entendeu? Preste bem atenção. Orla, que é importante para o município, foram gastos R$ 14 milhões do recurso próprio e mais R$ 20 milhões do governo do Estado. Então, R$ 34 milhões.

O que precisa hoje? O gestor tem tripés: saúde, educação e segurança. Se ele não pensar nessas coisas primeiro para depois fazer orla, então esse recurso de R$ 14 milhões eu deveria estar jogando dentro da saúde para melhorar, dar um bom salário para essa pessoa, para o médico, para a saúde seguir avante.

Mas aí é desestimulado, desestímulo para uma pessoa chegar lá e querer ser médico em Cariacica. Por isso que hoje a saúde em Cariacica está sendo caso de polícia. Gasta-se R$ 64 milhões só lá no PA de Alto Laje. E aí colocaram ali uma empresa privada para atender mal a população, não atende bem.

Cidadão chega de manhã, sai à noite ou quando chega à noite sai de manhã. Então ele não tem essa boa gestão nesse sentido, joga fora dinheiro. Isso não são dados meus, são dados do Ministério de Saúde.

No seu plano de governo, você afirma que vai fornecer transporte para os servidores e técnicos que assessoram as escolas municipais. Quais servidores vão ter acesso a esse transporte? Como é que isso vai funcionar?

Eu deixei mais na área de educação porque o aluno, ele precisa ser bem tratado, se locomover mais. Então essa situação vai ser mais na área de educação.

Mas como vai funcionar? O senhor vai hoje fornecer seu transporte, vai ter um ônibus? Vai pegar o funcionário em casa? Como é que vai ser isso?

Hoje a educação tem dinheiro para isso. Empregam mal. Além de o professor ter o menor salário da Grande Vitória, da Região Metropolitana, é impossível você ter um professor que tem um salário menor do que Viana. Não desmerecendo Viana, que trabalharam bem para isso, entendeu? Mas esse tipo de transporte vai ser sim, entendeu?

Para atender melhor a nossa área de educação. Vamos dizer que nós temos criança, nós temos criança que tem necessidades especiais. Essa criança é um problema lá dentro da escola, o professor, o diretor tem que pegar o carro por aplicativo. Talvez esse professor nem carro tem para chegar em um posto de saúde. Ele fica lá com a criança, com o aluno esperando uma consulta que não é ágil.

Ele liga para mim e já tem que sair. Tem que ser ágil essa consulta, ser atendimento médico. Cadê o meio de locomoção? Então ele vai ter que pegar um ônibus para chegar lá.

Mas estar à disposição da escola para quando for preciso é diferente do senhor falar que vai fornecer transporte para os trabalhadores da educação.

Sim, mas esse plano foi colocado já pensando em um futuro mais tranquilo para o professor. A gente tem que pensar muito, repensar em relação a isso.

Vamos falar um pouquinho agora sobre segurança. Candidato, segundo o Atlas da Violência, Cariacica é o município da Grande Vitória com maior taxa de homicídios. Se eleito, como o senhor pretende apoiar o governo do Estado para reduzir esse número?

Volto a apertar na tecla: cadê o desenvolvimento de Cariacica? Cadê a boa gestão de Cariacica? Quem é um bom gestor dá uma boa educação, uma boa saúde, uma boa segurança. Eu quero aparelhar bem a Guarda Municipal, cooperando com as polícias estaduais e federal.

Mas eu quero dar para a Guarda Municipal o status de polícia. Agora eu sei que para amenizar a violência em Cariacica precisa de políticas públicas, de políticas sociais conversando com as pessoas. Precisa isso. Não é só tiro de bala que resolve.

A Guarda Municipal precisa ser bem aparelhada. Volto a dizer para vocês: cadê o desenvolvimento? Não sei se vocês sabem que em 2020 para 2021 foi feito um concurso para Guarda Municipal. Bom, o prefeito fala assim: eu não quero vocês. As pessoas passaram no concurso que só ele fez? Em 2022 fez um outro concurso. Pegaram essas pessoas que passaram nesse concurso mais recente e esqueceram dos outros.

E outro detalhe mais importante, não vou dizer que é o mais: eles colocaram que o guarda municipal tem que ter uma idade máxima de 35 anos. Na minha gestão eu vou quebrar isso.

Eu acho que tem guarda municipal que tem seus 40 anos, entendeu? Até seus 50 anos tem um vigor físico bom.

E outro detalhe: como amenizar também a situação de segurança? A Guarda Municipal está passeando em Cariacica, gastando combustível nos locais mais nobres, como Campo Grande, Porto Santana. Vai ali e volta, mas a periferia está sendo esquecida.

Por que eles não vão? E o próprio, até a própria gestão até reconhece que não tem condições de ir porque não tem um bom aparelhamento, não tem um bom treinamento. Então quero botar a Guarda Municipal, botar com força de polícia, força de polícia. Não dar competência de polícia.

O que é força de polícia?

Força de polícia. Eu quero dizer bem armada, com força tática, botar exemplo.

Seu tempo acabou, candidato, já passaram os 28 minutos. Mas então agora a gente zera o cronômetro e o senhor vai ter dois minutos para as considerações finais. O cronômetro vai começar a contar agora.

Bom, eu vou falar uma coisa para você, eleitor. Eu sou um conservador. Fui convidado pelo presidente Jair Messias Bolsonaro, pelo senador Magno Malta, para disputar essa eleição. Mas eu não venho disputando só por conta de ideologia. Eu tenho meus princípios. O partido carrega suas ideologias.

Nós temos um projeto para Cariacica. Quero falar para você, da saúde. A maioria das mulheres, ou seja, a maioria da população em Cariacica, são mulheres, mais de 200 mil mulheres. Veja bem, só quatro ginecologistas para atender essas mulheres. Quatro. Que gestão é essa? Que boa gestão maquia a cidade? Coloca praça ali, orla aqui e ali para ter a sensação de crescimento.

Nascem ao ano aproximadamente 5 mil crianças, 70% das gestantes não têm pré-natal. Faltam remédios, falta uma boa consulta, exames. As pessoas ficam chorando. Nesse momento eu estou falando aqui, tem gente chorando lá. Educação, professores mal-remunerados, não têm estímulo para trabalhar.

Então eu gostaria de você, eleitor, quero olhar dentro dos seus olhos e dizer para você que eu sou um conservador da direita com o número 22. Você vai ter um gestor de verdade que vai conversar com você e vai entrar dentro do posto de saúde, vai falar com você. Eu não vou esperar dados chegarem a mim. Eu vou chegar a você com dados.

VEJA VÍDEO COMPLETO DA ENTREVISTA:

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