instagram facebook facebook twitter twitter youtube whatsapp whatsapp telegram telegram whatsapp telegram email email linkedin linkedin Abrir compartilhar like play Loading Tag

Logotipo Folha Vitória

Sabatina: Assumção cita o Mossad, de Israel, e quer Vitória como referência de segurança

O candidato do PL a prefeito falou sobre segurança, escola cívico-militar, papel da Guarda e disse que quer construir duas UPAs na Capital

O candidato do PL à Prefeitura de Vitória, Capitão Assumção, foi o terceiro entrevistado na série de sabatinas promovidas pela Rede Vitória com os principais postulantes a prefeito da cidade.

Por 30 minutos, nesta quarta-feira (02), ele respondeu a perguntas e apresentou suas propostas para o município.

As entrevistas, realizadas pela Rádio Pan News Vitória (90.5 FM), são transmitidas simultaneamente pelo jornal online Folha Vitória e começam sempre às 11h30, de segunda a sexta-feira.

Lucinio Castelo de Assumção tem Mayra Marcarini como candidata a vice. Na sabatina, ele foi questionado sobre a moderação do seu plano de governo, motivo de ter retirado “Capitão” e não usar mais farda da polícia na campanha, além de segurança pública, entre outros temas.

O candidato disse que Israel é uma referência para seu mandato no quesito segurança: ”Israel tem o melhor serviço de inteligência do mundo. Eu quero fazer com que Vitória seja uma referência nacional”.

A ordem das sabatinas com os candidatos foi definida por sorteiosendo elaborada a partir dos cinco candidatos com melhor pontuação no cenário estimulado da pesquisa Futura. Nesta quinta-feira (03) será a vez de João Coser (PT).

Abaixo, confira a transcrição completa da sabatina com Capitão Assumção:

Candidato, de acordo com a última pesquisa Futura, o senhor tem 5,4% das intenções de voto. Jair Bolsonaro, em 2022, teve mais de 54% dos votos válidos aqui na Capital no segundo turno. O senhor se coloca como candidato do ex-presidente. Por que o senhor não conseguiu reverter esses números do Bolsonaro para a sua campanha? Por que não consegue essa confiança dos eleitores do Bolsonaro aqui na Capital? E uma outra pergunta é: o senhor está com um tom mais moderado. Por exemplo, chamou a atenção que o senhor deixou de usar a farda.

Duas pesquisas erraram no primeiro turno da eleição para presidente. Os dois institutos deram vitória esmagadora para o candidato Lula e depois a gente viu o que aconteceu, teve o segundo turno e não foi essa diferença toda. Então, a pesquisa é um negócio complicado. É muito complicado a gente se basear por pesquisa.

Sobre a questão do nosso traje, foi uma determinação da Justiça Eleitoral de que a gente não pudesse usar a farda, somente por isso.

Você também está usando o nome Assumção e não o Capitão Assumção.

É uma comunicação mais rápida. Vocês entendem bem, que são jornalistas. Está ligado também à questão de publicidade, fica mais difícil para o eleitor falar dois nomes. Esse é o único motivo, estratégia, mas está tranquilo.

Quando o senhor foi candidato a prefeito de Vitória em 2020, por exemplo, no seu plano de governo, tinha a implantação de escolas cívico-militares aqui na Capital. Agora já não tem mais. A gente sentiu que até o seu plano de governo está mais moderado de 2020 para cá. O senhor mudou?

Nós tivemos bons especialistas para ajudar a gente a fazer o melhor plano para Vitória. Pegamos colaboradores maravilhosos, pessoas até dentro de universidades, como a Faesa, como a Multivix, algumas pessoas que não podem aparecer, mas que nos ajudaram muito, e também a UVV.

A gente viu que havia um vácuo na questão da educação, que mais tarde eu posso até falar, por que nós demos prioridade a uma questão fundamental na educação. Nós buscamos os melhores técnicos para falar bem assim: “nós precisamos é disso aqui agora”.

Não que a Escola Cívico-Militar não seja importante, mas talvez seja um complemento. Até mesmo porque nós não vamos ter recurso do governo federal e a gente tem que poupar o caixa para agir de forma estratégica, não ter recurso do governo federal por enquanto.

Então o senhor não defende a Escola militar?

Não, eu sou oriundo da Escola Militar. Os nossos cérebros, digamos assim, são um espetáculo pelo Brasil afora. O Ideb, o último Ideb, qualificou também as melhores escolas que tiraram 10, se você olhar lá no site do Ideb, no portal do MEC, nós vamos ver que as melhores escolas que saíram do fundamental 1 e 2 são ligadas a escolas militares. Elas são referências.

Candidato, uma das suas músicas de campanha é uma versão de um funk que as pessoas chamam de proibidão e que tem um monte de palavrão, um monte de insinuações. E a música do senhor diz que “a Capital vai virar baile”. O senhor é de um partido conservador, o senhor é evangélico. Por que o candidato escolheu um funk? Não é meio contrário à ideologia que o senhor pensa?

Primeiro, eu agradeço ao autor. Eu acredito que, por aí afora, os candidatos que usaram esse jingle aí vão ser processados porque tem direitos autorais. Ele nos cedeu e também a voz é dele, faz parte de uma das maiores torcidas do Vasco da Gama, e a gente viu que aquilo ali poderia ter uma comunicação mais rápida, onde a gente tinha mais dificuldade de entrar.

Não é só a comunicação através do jingle, mas a gente tinha um plano voltado para quem hoje tem dificuldade de ser alcançado por alguns programas. Porque programas sociais são fáceis de serem elaborados, mas fazer com que você resgate aquele grupo vulnerável não tem. Então a gente tinha que ter uma comunicação rápida para chegar lá e dizer: “A nossa proposta é essa, e ela é para valer”.

Mas a música fala: “A Capital vai virar baile”. A gente tem um problema aqui em Vitória, que são os bailes do Mandela. O leitor vai pensar: “A Capital vai vir a baile? Assumção vai permitir os bailes do Mandela?“.

Não estou falando sobre bailes do Mandela. A gente está falando sobre uma comunicação rápida, sabe? E agora tudo que você tiver sobre o controle do Estado, acredito que tudo pode ser dimensionado. A gente vai barrar algo que está sendo usado como uma cultura? Vamos trazer para o nosso lado! Vamos deixar o Estado controlar diversas ações.

Hoje o Mandela é ruim? Com certeza! E não estou falando só do baile, estou falando do funk. Mas se você disciplinar as coisas, para que o Estado tenha o controle… O que está faltando, na verdade, é falta de controle. Está ao “deus-dará” e aí sobra a responsabilidade para os policiais militares na ponta controlar isso tudo. Eu não sou a favor de Mandela, não.

Os deputados estaduais recebem R$ 33 mil de salário. O senhor votou a favor e recebe um auxílio-alimentação de R$ 1.800. Já os servidores de Vitória recebem R$ 660 de auxílio. Se o senhor for eleito, qual será o valor do auxílio-alimentação dos servidores de Vitória?

Os servidores da Prefeitura de Vitória foram abandonados. Eu sou oriundo da carreira de servidor público estadual, eu sei o que eles passam. Eu fiz recentemente uma audiência pública com eles lá na associação. Vimos todas as reivindicações, vimos a forma que a atual gestão tratou até desumana os funcionários, principalmente os aposentados. E nós estaremos, sim, dando dignidade para eles, estudando qual é o melhor valor.

Eu não tenho problema quanto a isso. Não estamos falando de um orçamento de R$ 3 bilhões. Só que ele é mal-administrado. E por que não valorizar aqueles que fazem com que a máquina pública vá adiante? Não são os comissionados, são aqueles que prestam concurso público.

Eu sou oriundo do concurso público. Isso está acabando, sim, está acabando. Mas nós temos que privilegiar aqueles que fazem a máquina pública andar. O resto é gestão e fazer com que aqueles que estão parados sejam motivados.

Talvez a motivação seja reconhecer essa parte que está faltando neles. Comigo, os servidores não vão ser maltratados. Hoje nós temos um tirano que maltrata os funcionários públicos.

Candidato, mas R$ 1.800 de auxílio-alimentação para quem já ganha R$ 30 mil, o senhor não acha que é demais, não?

Demais é o que está acontecendo com a juventude que não tem nenhum espaço, que não tem uma oportunidade de trabalho nem de estudo, está à beira do crime.

Nós temos hoje algo terrível que não está sendo resolvido e, infelizmente, durante décadas, as gestões governamentais não atinaram para isso, que é a questão da inteligência para fazer com que o crime seja monitorado.

Vitória tem quatro facções criminosas que estão tocando o terror. Ontem nós vimos aqui como é que ficou Vitória e quem fica a mercê?

Pelo menos em Vitória, de acordo com o Dieese e o IBGE, 20 mil jovens que não trabalham nem estudam. Nós vamos resgatar o seu filho para que ele, em princípio, seja capacitado. Vamos ver qual é o potencial dele para dar uma profissão para ele.

E a prefeitura, juntamente com outros organismos, como o sistema S, a gente vai arranjar uma ocupação para o seu filho. O projeto se chama Emprega Vitória, e durante dois anos, ele vai receber um valor. Não é um salário-mínimo, mas é um valor de R$ 300 para que ele seja motivado a ser capacitado e depois ser empregado.

Durante dois anos, ele termina o período de capacitação. A prefeitura vai arranjar uma ocupação para ele, uma profissão. Ele vai continuar recebendo para que seja estimulado, para que os jovens que estão próximos do crime não sejam aliciados pelo crime.

Nós temos a obrigação moral de resgatar 20 mil jovens para que depois eles não entrem para o crime, para que depois o jovem não fique matando o jovem para roubar, para depois vender drogas ou até mesmo pior, que é fazendo com que a sua filha caia naquele lado ruim que é da prostituição. Isso para mim é importante.

Serão R$ 300 durante dois anos. Entrou no Emprega Vitória ele vai começar a capacitação. Terminou de ser capacitado, a prefeitura, mais a parceria público-privado e o sistema S, vamos atrás da ocupação dele. Recebeu o emprego, ele vai continuar a receber até completar dois anos.

Isso é um compromisso para uma Vitória que tem R$ 3 milhões (de orçamento), mas não investe na prevenção da criminalidade. Nós vamos resolver esse problema.

Em 2019, lá na Assembleia, o senhor ofereceu uma recompensa de R$ 10 mil para quem matasse o assassino de uma jovem morta em Cariacica. Essa vai ser uma política pública de segurança aqui em Vitória, caso seja eleito?

Aquele dia foi um dos dias mais tristes da minha vida. A minha filha, a mais nova, ainda era pequenininha, hoje ela já tem 15 anos de idade e eu senti como pai o que aconteceu com aquela jovem.

Tudo do contexto que eu estou falando agora sobre o Emprega Vitória, porque não tem uma política que abraça o jovem, o jovem que não trabalha nem estuda. A jovem, de 26 anos, trabalhava como atendente de telemarketing, perdeu a vida na presença da filha de 4 anos.

Duas pessoas, provavelmente dois jovens, tiraram a vida daquela jovem. Até hoje ninguém sabe desses dois. O Estado não dá notícia. Eu já fiz muitos requerimentos querendo saber o que aconteceu com aqueles dois.

Falei no calor da emoção. Eu estava em deslocamento para Assembleia quando ouvi no rádio a notícia, e eu, como pai, fiquei desesperado com aquilo. Vou até esquecer a condição de deputado, que eu tenho imunidade material, conforme está no artigo 53 da Constituição Federal, mas eu ali agi como pai.

Agi como se fosse você perdendo sua filha e depois vendo a sua neta sem destino. Um jornal local, seis meses depois, noticiou que a filha da Mayara chorava dia e noite. Seis meses… imagina hoje. Ela vive ali agora em um problema familiar que também é gigantesco. Às vezes fica com o pai que não criou a filha e às vezes fica com a avó, que tenta tomar esse lado na Justiça para criar essa criança.

Ninguém sabe mais o que aconteceu. Até hoje eu acompanho tudo que está acontecendo, mas infelizmente foi a forma de dizer assim: o Estado nos abandonou.

Mas, candidato, é revoltante. Todos os dias pessoas infelizmente são assassinadas. Eu sou mãe, o senhor é pai, dá uma revolta na gente, mas o senhor é um deputado. O senhor estava no plenário de uma Assembleia e falou que daria R$ 10 mil para quem matasse, ou seja, é um incentivo à violência. A mulher foi assassinada e quem assassinou vai morrer também. Como vai ser no seu governo, o que o senhor pensa na segurança?

Eu não vejo como incentivo à violência, porque eu tenho que tomar partido daquela pessoa mais indefesa e eu tenho um posicionamento forte. Nunca vou deixar de ter posicionamento forte. Minha vida inteira foi isso. Não tem problema nenhum quanto a isso.

Uma coisa é você estar na Assembleia Legislativa como deputado e ter a posição de quem te levou lá. Eu tive 6% dos votos capixabas e represento aquela voz, alguém que não pode falar por força processual. O deputado vai falar.

Agora, eu assumo as minhas consequências. Tudo que eu fiz, houve um processo em cima disso. Não devo nada sobre isso. Essa situação está resolvida. Agora eu vou cuidar a cidade, a minha preocupação é com essa turma de 20 mil jovens que estão sendo abandonados à beira do crime. Então, isso aí é preocupante para mim.

O que foi feito, o que está sendo feito com eles? Essa é a minha preocupação para que depois eles não sejam aliciados pelo crime. Preventivamente vamos resgatá-lo. É fácil culpar o pai e a mãe quando a prefeitura simplesmente se preocupa com coisas eleitoreiras para trazer o gestor para o segundo mandato.

Falando de política de segurança pública, candidato, qual é a orientação que o senhor vai dar para a Guarda Municipal, que está mais próxima do prefeito, que é de responsabilidade do prefeito. Quais são as atribuições que pretende dar para a Guarda, se for eleito?

Não estou menosprezando o trabalho, mas no nosso plano de governo, a Guarda é uma das últimas ações que tem lá, mas tudo que tem que ser feito com a Guarda tem que ser feito de forma planejada.

Como é que eu vou colocar tantas pessoas se eu não sei como é que vai ser daqui a 25 anos, quando estiverem a ponto de se aposenta.

Nós estamos tendo um crescimento da folha muito alto. Não é que é porque eu deixei lá atrás que eu não quero valorizar. Agora, primeiro a gente tem que entender qual a complexidade da legislação hoje envolvendo guardas. A Guarda não tem o papel de polícia ainda. Então, isso aí a gente pode estar trazendo um problema jurídico até mesmo para o gestor, que é o prefeito.

Quem tem o poder de polícia hoje? Está descriminado no artigo 144 da Constituição Federal, que são as polícias Civis e Militares. Existe uma PEC em andamento e eu estou vibrando para que rapidamente ela venha a se transformar numa emenda. Essa PEC dá poder de polícia local para as guardas, mas por enquanto ainda não. Então tem que agir dentro da legalidade.

O que nós temos que fazer é realmente fazer com que a carreira deles progrida de forma planejada. Está em uma das minhas últimas ações (no plano de governo), mas nós temos que entrar com a inteligência em Vitória.

O que vocês estão vendo aí de notícia internacional envolvendo Israel? Israel tem o melhor serviço de inteligência do mundo, que é o Mossad. Eu quero fazer com que Vitória seja uma referência nacional em termos de agência de inteligência. Ela detecta, ela previne e ela entregue na mão das autoridades competentes para que o crime seja debelado precocemente. Entregando na mão da Polícia Civil, entregando na mão da Polícia Militar, colaborando com eles.

A Guarda vai tratar de cuidar do patrimônio, estar próximo da comunidade. Eu quero pegar todo esse efetivo da Guarda, colocar nas nove regiões e em tempo integral, dividir esse pessoal. Eles vão ter a responsabilidade territorial de trazer segurança e ser um alicerce, ser um apoio para as nossas forças de segurança que estão descritos no artigo 144.

Há um erro nisso. Como é que essa Guarda foi concebida? O termo que diz lá é proteção do patrimônio, é para cuidar dos nossos parques. Temos 12 parques que estão sendo abandonados.

Então tem coisa mais importante para fazer com a Guarda do que deixá-los refém a um crime, sem saber quem é que está dando tiro neles. Nós tivemos um péssimo exemplo aqui de guarda atirando no meio da rua sem saber o que fazer. Eles estavam perdidos. Por quê? A prefeitura colocou os agentes em uma situação de refém. Eles não têm por obrigação constitucional de fazer aquilo, mas infelizmente aconteceu.

Candidato, o Ministério Público de Contas afirma que há indícios de que as empresas instaladas em Vitória não estão cumprindo compromissos ambientais firmados para reduzir a emissão do pó preto, que é um problema antigo na Capital. O que a prefeitura pode fazer para ajudar nessa fiscalização? O que fará numa eventual gestão do senhor?

Por falta de entendimento ou não querer estar próximo do governo nós sabemos que a prefeitura deixou muito a desejar nesse campo. O principal papel pertence a ir ao Iema, que é um órgão estadual, mas a prefeitura pode colaborar, e muito.

Isso é muito ruim. Eu sou de um bairro onde crianças e idosos sofrem muito com problemas respiratórios. Já denunciei anteriormente, inclusive na presença do atual gestor e ele não teve o que responder, porque parece que tem um apadrinhamento dentro da principal responsável pela poluição que é a Vale. Denunciei ao vivo para ele e ele ficou sem ação.

Isso é muito ruim para nós, porque o prefeito está aqui para cuidar das pessoas e a gente respeita os postos de emprego que a Vale traz para Vitória, traz receita, mas não pode trazer com isso morte e internações principalmente das nossas crianças, dos nossos idosos, que são aqueles que mais sofrem com a poluição.

Investiremos forte em fiscalização, mas sempre em apoio com quem tem mais competência sobre isso, que é o Iema. A gente não pode achar também que o governo vai ficar isolado, A gente não pode fazer isso. Então está no nosso programa de governo fazer o monitoramento.

Aproveito para agradecer aqui o Edson, que fez todo o projeto ligado ao meio-ambiente, e isso para nós é fundamental. Não tem choro com a gente, nós não vamos trocar a doença das crianças e dos idosos por um parquinho que agora está sendo tomado pelos drogados. Isso jamais! Isso é inconcebível! Não vai existir isso na minha prefeitura.

Mas já existe uma medição feita pelo Iema. Nós temos aqui pontos de medição. O que a prefeitura consegue fazer a mais?

Nós temos algo muito legal que é mais dinâmico do que o que existe hoje em aferição de poluição. Algo ligado à Internet das Coisas. Está no nosso projeto e existem em outros países. Não é caro, já tem muitos lugares fazendo isso.

Então essa ferramenta, dotada de Internet das Coisas, ela consegue detectar com mais precisão a poluição sem o que acontece hoje. Porque determinados ecopontos onde são colocadas essas ferramentas pelo Iema detectam poeira vindo do trânsito dos carros passando ali.

Então a gente tem que ter a certeza de que aquele pó que está contaminando aquela região vem realmente das empresas que poluem. Essa ferramenta consegue detectar mesmo que você coloque esse aparelho em um local onde circulam muitos carros. Ele diferencia como se fosse um depurador.

O atual sistema que está no governo do Estado hoje ele carece de um aperfeiçoamento. Ele não consegue diferenciar o que é poluição de carros e o que é poluição de empresas, como a Vale.

Candidato no seu plano de governo, o senhor fala em ampliar programas de incentivo, como o Bolsa Atleta, criado pelo governo Lula, o governo do PT. Se eleito, o senhor vai investir em programas sociais?

Nós temos como aperfeiçoar porque tem uma questão de você valorizar quem está sendo premiado. Ontem eu fui visitar um atleta na Praia do Canto e tudo que ele fez até hoje, ele conseguiu sozinho. O atleta é um sucesso.

Só que ele precisa de ter a garantia e a tranquilidade de alguém que está patrocinando. Por que a prefeitura não pode fazer isso? Nós temos ótimos talentos. Uma das pessoas que tem me ajudado muito é o Yamaguchi, um cara que tem levado o esporte para próximo das crianças.

A pessoa que mexe com arte marcial, dificilmente você vê ela em conflitos porque ela entende a questão da serenidade e da disciplina, que é muito importante. Não é porque você ganhou uma nova faixa para lutar que você vai sair brigando com todo mundo. Não é esse o contexto das artes marciais. Então esse é um dos exemplos que tem que fazer para poder aperfeiçoar.

Esse plano eu pedi para aperfeiçoar porque a gente pode melhorar mais. A gente vai ver quais são aqueles que podem ser alcançados para que a gente, a prefeitura, seja reconhecida também. Para incentivar novos atletas.

Nós temos muitos bons atletas que estão adormecidos, não sendo alcançados por essas políticas públicas. A gente tem que acompanhar e aperfeiçoar cada um desses atletas para que eles sejam primeiro reconhecidos e depois, a prefeitura sendo reconhecida, vai trazer mais pessoas para esse projeto.

No seu plano de governo o senhor também fala de um programa de aulas de natação nas escolas municipais para zerar o número de afogamentos da população nos próximos anos. Vitória tem 107 escolas, mas nenhuma tem piscina e algumas não têm nem espaço para construir piscina. Como é que o senhor vai operacionalizar esse plano?

Centros esportivos. A gente tem que dotar a cidade de centros esportivos, construir com parcerias público-privadas. Primeiro, vamos acabar aquilo que nunca terminou, que é o Tancredão. O Tancredão ficou para trás e era para ser um grande centro esportivo.

Vamos fazer com que as empresas também possam estar colaborando. Isso aí é fruto de diálogo, fruto de mostrar para os empresários que vale a pena investir no esporte. E a gente alcança esse povo.

Vamos olhar os dados. Muita gente morre em decorrência de não saber nadar. Nós estamos cercados por água e muitos capixabas que moram em Vitória não sabem nadar.

Candidato, em 2019, o senhor publicou em suas redes sociais uma foto da sua filha, que estava com 10 anos na época, de uniforme escolar e segurando uma arma. Na legenda, o senhor colocou assim: “O verdadeiro empoderamento nunca será feminazi”. Como o senhor pretende conduzir políticas públicas de assistência à mulher e às crianças? Não acha que essa é uma mensagem perigosa que você pode passar?

Não, eu sou prefeito e o prefeito administra para todo mundo. Nossa administração é uma administração que alcança principalmente as mulheres. Quem está tratando exclusivamente desse tema é a minha vice, Mayra, uma pessoa que teve muita dificuldade para vencer na vida. Começou no Morro do Quadro, depois foi para Santo Antônio, lutando arduamente, ela e a mãe dela, para ter uma família honesta.

É essa referência que eu estou trazendo para Vitória. Mayra caminha comigo em tudo. Esteve presente em todos os debates, vai estar presente também até quando terminar o último debate. E vai participar da minha administração porque ela é responsável por isso.

Tudo ligado à mulher vai ser direcionado para que ela tenha essa resplandecência. O prefeito não é o dono da verdade, mas ele precisa compartilhar o poder, para isso que existe a vice. A mulher não vai ser humilhada como foi na gestão atual. Pode contar comigo.

E quero falar para a mãe e o pai dos jovens: lembra do projeto Emprega Vitória. São R$ 300 por dois anos para que a gente possa resgatar o seu filho, para ele ter uma oportunidade na vida e não ser refém dos bandidos.

Candidato, fala uma proposta que o senhor tem para a área da saúde?

Saúde é o pior exemplo que nós temos hoje de gestão. Durante 24 anos nós fomos reféns de dois PAs. Vamos transformar esses PAs em UPAS com minilaboratórios, como já existe em São Paulo, e criar mais dois como referência, um para idosos e outro para crianças, todos dotados de minilaboratórios e fazendo 30 exames cada um.

O senhor tem dois minutos para as suas considerações finais.

Nossa proposta é uma proposta inovadora, feita com pessoas que querem fazer com que Vitória seja um exemplo nacional, mas também que seja um exemplo de bom atendimento.

É inadmissível que uma Capital fique por 24 anos dependendo de dois únicos PAs, com pessoas sendo mal-atendidas. A gente vai fazer com que esses dois PAs sejam resgatados para que as regiões tenham UPAs com pelo menos 450 atendimentos diários, com minilaboratórios e, principalmente, cuidar das crianças através de uma UPA e cuidar dos idosos através de uma UPA.

E aos jovens eu digo: nós vamos tirar o jovem, aqueles que não estudam nem trabalham, nós vamos resgatar para que eles tenham uma oportunidade na vida. É obrigação da prefeitura. Colocaram na sua cabeça que a responsabilidade era sua, mas quem quem o “dimdim”, quem tem um caixa de R$ 3 bilhões é a prefeitura. Eu vou fazer isso para você.

Eu sou Assumção, peço seu voto. O meu número é 22, são dias decisivos. Eu preciso muito que você analise todas as minhas propostas, é uma coisa seríssima. Nós estamos planejando a cidade para que seja realmente, morando em Vitória, seja um vitorioso.

VEJA A ENTREVISTA COMPLETA COM ASSUMÇÃO:

Veja Também