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Sabatina: Pazolini promete UPA e diz que “faixa exclusiva para ônibus trouxe prejuízos”

O candidato à reeleição para prefeito de Vitória respondeu sobre o Mercado da Capixaba, falou sobre educação, segurança, saúde e mobilidade. Confira a entrevista

Finalizando a série de sabatinas com os principais candidatos a prefeito de Cariacica, Serra, Vitória e Vila Velha, o candidato à reeleição à Prefeitura da Capital, Lorenzo Pazolini (Republicanos), foi o quinto e último entrevistado pela Rede Vitória.

Por 30 minutos, nesta sexta-feira (4), ele respondeu a perguntas e apresentou suas propostas para o município. As entrevistas, realizadas pela Rádio Pan News Vitória (90.5 FM), foram transmitidas simultaneamente pelo jornal online Folha Vitória, sempre de 11h30 às 12h.

Lorenzo Pazolini tem Cris Samorini como candidata a vice. Na sabatina, ele foi questionado sobre mobilidade urbana, pó preto, desigualdade nas escolas, entre outros temas.

A ordem das sabatinas com os candidatos foi definida por sorteiosendo elaborada a partir dos cinco candidatos com melhor pontuação no cenário estimulado da pesquisa Futura.

Abaixo, confira a transcrição completa da sabatina com Lorenzo Pazolini:

Candidato, essa semana foi marcada por confronto de traficantes com a Polícia Militar no bairro Bonfim e Bairro da Penha. Um adolescente de 16 anos morreu. Ônibus do Sistema Transcol foram apedrejados durante o protesto da população e a circulação do transporte público chegou a ser suspensa na região. Seus adversários políticos e integrantes do governo do Estado afirmam que a Guarda e a Polícia Militar não trabalham de forma integrada por conta de desavenças do senhor com o governador Renato Casagrande. Vidas não seriam poupadas se essas desavenças fossem colocadas de lado?

Na verdade, a integração existe e é importante ressaltar: a Guarda Municipal de Vitória é a única que tem a presença física do agente dentro dos Ciodes. Então, nós temos diversas guardas pelo Espírito Santo, respeitamos todas, mas a única Guarda que tem um representante, um agente, um representante do poder público no Ciodes, fisicamente, é a Guarda de Vitória.

Isso por si só comprova e confirma a integração. E mais que integração, a cooperação das forças de segurança, as polícias militar, Civil, Rodoviária Federal, Federal, Penal. Os agentes sociais atuam em permanente conjunto e troca de informações com a Guarda de Vitória.

Nós criamos a Gerência de Inteligência da Guarda de Vitória. A Guarda de Vitória foi a primeira a integrar uma força da tarefa com a Polícia Federal e é referência no Brasil. É a primeira Guarda do Brasil a atuar em força-tarefa com a Polícia Federal e com as demais instituições.

Então, na verdade, isso é uma falácia, uma inverdade, não procede. E a prova disso, como eu estou dizendo, é que os agentes da Guarda atuam ao lado dos policiais militares, ao lado dos policiais civis, e isso tem dado resultados extraordinários na cidade.

Esse ano nós já tivemos redução de homicídios em 11%, tivemos redução de 75% em feminicídios, tivemos redução de furtos e roubos de aproximadamente 40% a 46%, dependendo da modalidade. Isso mostra que a integração e a cooperação dão resultados e, além disso, os investimentos que nós fizemos na Guarda são extraordinários.

Nós temos toda a questão dos armamentos novos, das viaturas e a tecnologia de informação. A Guarda de Vitória hoje é uma das poucas no Brasil que conta com inteligência artificial. Nós tínhamos 23, 24 câmeras funcionando na cidade quando nós chegamos, em 2021. Hoje nós temos mais de 1.040 câmeras funcionando 24 horas por dia. Isso permite todas as ações integradas.

Se nós olharmos o noticiário dessa semana, nós tivemos várias ações da Guarda junto com outras instituições policiais. Isso mostra que a integração existe, mas tem um passo além disso.

Essas regiões, infelizmente, ainda sofrem muito. Vou dar o exemplo aqui de São Benedito porque não tinham acesso a educação. Lá no alto do São Benedito nós estamos fazendo projetos sociais, levamos alimento para as pessoas através do Vix Mais Cidadania, colocamos comida na mesa e estamos garantindo educação de qualidade.

Lá em cima do São Benedito tinha uma escola que era prometida há duas décadas, o Colégio Paulo Roberto, e que hoje nós vamos inaugurar, se Deus quiser nos próximos meses, está quase pronto. O que faltou lá foi educação e oportunidade, e a nossa gestão está levando isso.

Claro, nós temos que ter as ações de acompanhamento, as ações para punir quem pratica crimes. Não tenha dúvida disso. A minha história mostra isso como delegado de polícia, mas temos que garantir educação de qualidade e assistência social para as pessoas. É amor e afeto para quem quer mudar de vida, para quem quer oportunidade de trabalho, de geração de renda, de emprego e, claro, fazer toda a repressão e cumprir a lei para quem, infelizmente, insistir em praticar delitos.

Candidato, o senhor afirma que Vitória não ficou isolada por causa da falta de parceria com o governador Renato Casagrande, mas Serra, Vila Velha, Cariacica, todos esses municípios têm obras grandiosas sendo tocadas com verba estadual. Qual obra estruturante foi feita no seu governo com recursos do Estado?

Olha, nós fizemos todo o reaparelhamento da prefeitura, requalificamos a máquina pública, extinguimos cargos que estavam lá de pessoas que não trabalhavam e não davam bons resultados a cidade. Tiramos 50% dos cargos comissionados e reduzimos a folha em R$ 100 milhões, exatamente para fazer investimentos na vida das pessoas. Nós não podemos ficar esperando a oportunidade. Nós temos que fazer acontecer.

Vitória hoje é a cidade com maior capacidade de investimento entre as capitais, considerando o número de moradores. Ou seja, investimento per capita. É a primeira cidade na avaliação da Secretaria do Tesouro Nacional em gestão fiscal, ou seja, aquela que mais entrega políticas públicas e que menos gasta com a máquina, com custeio e com pessoal. E é isso que nós acreditamos.

Nós estamos dispostos a todas as parcerias e aqui temos diversas faces. Vou dar um exemplo. O principal prédio da Polícia Civil foi cedido à Polícia Civil na nossa gestão, onde funciona a primeira Delegacia Regional de Vitória.

Mas não só isso. Nós vamos construir uma unidade de saúde agora no Bairro República em um terreno que era do Exército, do governo do Estado, e que foi cedido na nossa gestão com diálogo.

Nós não esperamos acontecer, nós corremos atrás e buscamos parceria. Mas muito além disso, nós implantamos um modelo de gestão hoje que é modelo exitoso para o Brasil recuperando a capacidade de investimento da cidade. Vitória investiu mais de R$ 2 bilhões. É o maior investimento da história. A maioria deles é investimento com recursos próprios. Não podemos esperar. Quem sabe faz a hora, não espera acontecer.

Mas o senhor não acha que, com o apoio e uma parceria com o governo do Estado, o cidadão de Vitória não ganharia muito mais? Somado a essas todas as medidas que você falou.

A sua pergunta é muito boa. Nós estamos abertos ao diálogo e apoio de todos. Queremos ajuda de todos, mas nós não podemos esperar isso chegar. Nós temos que fazer hoje o que importa para o cidadão.

Vou dar o exemplo. Estamos construindo a Unidade de Saúde, ampliando a Unidade de Saúde de Jardim Camburi, uma demanda histórica da sociedade. Entregamos escolas, estamos construindo unidade de saúde de Grande Vitória. Estamos construindo a Unidade de Saúde Santo Antônio.

O gestor tem que ter a capacidade de investimento com recursos próprios. Se as parcerias surgirem, nós queremos muito. Estamos abertos para esse diálogo e queremos que venham. Mas, se não vier, vamos fazer com o que tem. E é isso que nós estamos fazendo: garantindo investimentos, os maiores e mais robustos investimentos da história da cidade. Se os investimentos vierem, serão sempre muito bem vindos.

E como nós temos feito com iniciativa privada. Com o ambiente republicano, os investimentos vêm para a cidade. Vitória hoje é a cidade que mais gera emprego do Espírito Santo: 164 mil empregos com carteira assinada. Porque nós temos um ambiente ético, democrático, que o empreendedor sabe que vai encontrar amparo da prefeitura, vai ter liberdade econômica de empreender em um ambiente republicano e, principalmente, com muita integridade.

Mas vamos falar de educação agora. Segundo dados da Fundação Maria Cecília Souto, de São Paulo, 46% das crianças de até três anos estão fora de creche em Vitória por falta de vagas. A educação infantil é uma responsabilidade do município. Por que Vitória se encontra nesta realidade?

Esses dados não correspondem à realidade que nós encontramos. Hoje nós temos vagas suficientes nas creches e pode haver talvez uma dificuldade de localização, em que a família deseja uma creche mais próxima de casa. Mas nós temos vagas.

Ao contrário: nós zeramos o déficit de vagas. Vou dar o exemplo aqui: Jardim Camburi tinha uma demanda histórica de vagas para a educação infantil. Nós iniciamos uma obra do CMEI Rubens Vervloet, inauguramos. É um CMEI de tempo integral, referência hoje para o Brasil, que funciona de maneira extraordinária.

A educação de Vitória, saiu nos números recentes do Ideb, é a quarta melhor educação pública de todo o país entre as capitais. E, no Sudeste, é o primeiro lugar. Nós estamos à frente de Rio, São Paulo, Belo Horizonte, brigando com os gigantes nacionais.

Isso quer dizer que não temos desafios? Claro que temos. Nós investimos R$ 200 milhões. Saímos de quatro para 30 escolas em tempo integral e o nosso compromisso no ano que vem, se Deus quiser, e da vontade popular, respeitando a democracia, é expandir ainda mais a educação em tempo integral de Vitória para chegarmos a um número considerável de pessoas, garantindo àquela mãe solo que ela tenha a oportunidade de trabalhar, de se qualificar, de estudar. Ou seja, ações de políticas públicas integradas.

Nós temos vagas, talvez há uma dificuldade de remanejamento territorial, de localização. Mas existem vagas disponíveis para inscrição e para a escolarização e para as crianças.

Inclusive, no meio do ano, a educação infantil tem uma peculiaridade própria. Então às vezes uma família se muda, viaja ou nós temos casos, por exemplo, de refugiados, diversos estrangeiros que estão em Vitória e que são matriculados imediatamente na educação infantil.

Hoje qualquer criança até os 3 anos que procurar uma creche vai achar vaga?

Morador de Vitória, sim. Às vezes não na creche que a família quer, mas vai ter uma opção próxima e certamente essa vaga vai estar disponível.

Vou falar sobre meio ambiente agora. Dados da ONG juntos S.O.S. Ambiental mostram que de novembro de 2022 a novembro de 2023, algumas estações da rede de monitoramento da Grande Vitória registraram aumento significativo do pó preto. Outras medições apontam no sentido contrário, mas o fato é que o pó preto ainda é uma realidade aqui na Capital. O seu plano de governo tem diversas ações para melhorar o meio ambiente, mas nenhuma fala sobre esse combate ao pó preto.
Por que que ele não está no seu programa?

Essa pergunta é muito importante. Explico: 40% do território da nossa cidade é composto por área protegida, ou seja, quase a metade do território de Vitória, que já é extremamente reduzido, é composto por áreas de preservação em suas diversas modalidades, parques ou área de preservação ambiental. Isso traz um meio ambiente equilibrado.

Nós temos hoje 53 estações de monitoramento funcionando na cidade em conjunto com a iniciativa privada, e mais 12 estações de monitoramento na Grande Vitória em conjunto com o poder público.

Isso garante que esses dados sejam efetivamente acompanhados, mas não só pela prefeitura, por todos os órgãos de controle e pelas associações, pelas ONGs. Isso garante transparência e segurança.

O nosso compromisso é continuar investindo muito no meio ambiente sustentável. E aqui vou te dar alguns exemplos claros para o ouvinte internauta que nos acompanha.

Nós iniciamos o projeto de plantio de uma muda nativa, uma árvore para cada morador da cidade. Absolutamente inovador no Brasil. Fizemos um inventário da arborização inteira da cidade. Então, hoje você está em casa, se você for ao Google agora ou foi em um buscador aí do seu smartphone ou qualquer equipamento que você tenha acesso a internet e digitar Vix Flora, você vai saber a árvore que tem na sua rua.

Nós estamos plantando uma espécie nativa para cada habitante. Não só através da ação humana, mas também com a utilização de drones.

Então, às vezes, no período noturno ou no período vespertino ou no período matutino, nós temos drones sobrevoando a cidade que fazem a aspersão. Eles soltam as sementes em locais previamente selecionados pela equipe técnica e essas sementes vão germinar e em um futuro breve serão novas árvores na cidade. Isso contribui muito para o meio ambiente sustentável.

Além disso, nós temos o programa de nascentes da cidade, absolutamente inovador. Nós mapeamos todas as nascentes da cidade. Aqui vou dar um exemplo: o Rio Camburi, que já foi um rio poluído e que de fato passou por uma degradação ambiental muito grande, hoje ele já está quase 100% protegido e 100% recuperado.

Recuperamos 15 nascentes na cidade e olha a importância disso para a crise hídrica que está aí. Essa água, inclusive, pode ser utilizada para consumo humano e para dessedentação de animais.

Esse é o nosso compromisso com o meio ambiente, com ações concretas e efetivas que trazem o desenvolvimento sustentável. Nós temos muita tranquilidade para avaliar isso e de boa-fé, sendo fidedignos aos dados.

Por outro lado, nós temos a geração de emprego e renda, e oportunidade. A cidade já tem um território limitado, então nós temos que equilibrar isso: meio ambiente com desenvolvimento da cidade.

Vou dar um exemplo: são 164 mil pessoas com emprego, com carteira assinada, fora a economia formal e economia criativa. Esses empregos também precisam ser preservados, precisam ser estimulados, é a nova geração de empregos.

E o segredo aí é ter bom-senso e equilíbrio de ouvir as partes e chegar a um consenso, sempre com a presença dos órgãos de controle que aí todos sentam à mesa, dialogam e chegam a melhor conclusão. Mas o controle é feito, e efetivo. Repito aqui: são 53 estações em conjunto com a iniciativa privada e 12 estações da Grande Vitória, em conjunto com o setor público. Isso garante a eficiência, eficácia desse controle, e a transparência.

O controle é feito, mas a medição mostra que a gente continua ainda com esse problema.

Na verdade, ela oscila. Em alguns meses ela está dentro dos parâmetros e em alguns outros períodos ela eventualmente pode estar um pouco acima. E aí as medidas são tomadas com diálogo, com reuniões, com atas e, às vezes, até com punição. Isso é fundamental. Então, o mais importante é ser transparente no controle. E isso nós garantimos na nossa gestão.

Essas ações são conjuntas e é fundamental lembrar aqui da educação ambiental. Eu participo pessoalmente nas escolas na educação ambiental. Nós temos 43 mil estudantes em 104 escolas. Nós apostamos nas futuras gerações. Aquela criança que vai para casa e replica, aquela criança que leva o conceito da coleta seletiva para dentro de casa e os pais, mães, avós e tios adotam, aquela criança que aprende que preservar o meio ambiente é correto e nos ajuda

Eu participo pessoalmente. Levo esse exemplo para que ele chegue às famílias e possa replicar e tocar outras pessoas que aderem à campanha conosco, trazendo meio ambiente equilibrado, sustentável e uma cidade melhor para todos.

Candidato, o Mercado da Capixaba foi inaugurado pelo senhor, mas não está funcionando, não é efetivo, o comércio não está instalado lá. Por que fazer uma inauguração sem poder entregar o espaço de fato para os moradores?

O Mercado, na verdade, não foi inaugurado. Se você olhar o convite, foi a entrega das chaves para a concessionária. O que nós fizemos? Foi a entrega das chaves para a concessionária. Essa concessionária agora está finalizando o processo de seleção. É uma concessão pública. Ela tem o prazo legal estipulado já nos regulamentos e ela finaliza o processo de seleção para que o setor produtivo, setor privado, possa agora administrar.

Não é a prefeitura que vai fazer a gestão. Quem faz gestão é o setor produtivo, assim como nós fizemos na Curva da Jurema. Todos aqui sabem do que estou falando. Vocês se lembram do que era a Curva da Jurema antes da nossa gestão?

O local era absolutamente abandonado, utilizado para práticas ilícitas, para tráfico de drogas, para consumo de drogas, para tudo o que nós não desejamos para nossa cidade. Hoje é o maior cartão-postal ou está entre o segundo e terceiro maior cartão-postal do Espírito Santo, disputando com a orla de São Pedro.

E é exatamente isso que estamos fazendo Mercado da Capixaba. Esse processo de seleção agora está transcorrendo no prazo legal, está chegando ao fim.

Mas é importante destacar: o Mercado da Capixaba já tem atividades culturais. Inclusive já foi divulgado aqui: diversas atividades culturais são realizadas lá. As pessoas estão frequentando o Mercado nas tardes de sábado. Você tem apresentação musical, você tem chorinho, você tem atrações artísticas, você tem a família, a sociedade capixaba que voltou a frequentar o local.

As lojas do Mercado da Capixaba ainda não estão funcionando, os 18 espaços estão no processo final de seleção, e aí a iniciativa privada toma conta e nos ajuda a gerir.

Mas o fato é: depois de 24 anos de negligência, de abandono, de descaso com o Centro de Vitória, nós restauramos completamente o Mercado da Capixaba. Investimos R$ 10 milhões, fruto de economia, com recursos próprios da prefeitura, para entregar uma obra pública extraordinária. Mas só para esclarecer: ele não foi inaugurado. Nós fizemos a entrega da chave à concessionária, como a lei prevê.

Candidato, Vitória tem mais de R$ 75 milhões em caixa de verba federal para ser utilizada na Saúde. A Capital não tem nenhuma UPA. Por que esse dinheiro está ali parado? O senhor não vai construir UPAs?

Precisa corrigir um pouco esses dados, com todo respeito. O saldo hoje, eu vi antes de vir para cá, é de R$ 45.390.119,23. Então, essa informação ela é inverídica, está desatualizada. Esse saldo era lá atrás. A conta do Investe SUS tem hoje R$ 45.390.119,23 e esse dinheiro está reservado exatamente para nós pagarmos as unidades de saúde e a UPA que nós estamos construindo. A UPA já foi licitada, a UPA de Vitória, UPA porte três, é a maior UPA possível de ser construída em nosso país.

Esse dinheiro já está na conta e nós utilizaremos exatamente para isso. Mas não só para UPA. Estamos construindo a unidade de saúde do bairro Grande Vitória, junto com CRAS, a Unidade de Saúde de Santo Antônio, junto com o CRAS, estamos duplicando a Unidade de Saúde de Jardim Camburi, vamos construir a Unidade de Saúde de Bairro República, e o dinheiro é para isso.

Agora, dentro da Lei da Licitações, Lei 14.133, você tem uma série de procedimentos, ou seja, o gestor tem que respeitar a lei. Não é simplesmente utilizar o dinheiro de maneira irresponsável. Você lança o edital, licita, planeja, há a disputa. Tudo isso já foi feito e nós vamos em breve assinar a ordem de serviço para a construção da primeira UPA de Vitória.

Em toda a sua história, Vitória nunca teve uma UPA. A nossa gestão vai iniciar a construção da UPA. O terreno já está lá, ao lado do Colégio Salesiano, na Avenida Vitória, e vai ser um imóvel extraordinário. Um equipamento público extremamente relevante. Todos os gestores da história tiveram opção e oportunidade de fazer e não fizeram. Nós vamos iniciar a construção e o dinheiro está em caixa.

Então, só para ficar claro, não existe saldo de R$ 75 milhões. O saldo é de R$ 45.390.119,23. Eu digo até o centavos. Esse dinheiro é exatamente para a construção dessas unidades de saúde e para a construção da UPA. Já está licitada. Vamos assinar a ordem de serviço em breve. Agora é o procedimento legal de empenho desse dinheiro.

E aí, qual é o prazo, para ela ser entregue para a população?

Eu não me lembro de todos os termos do edital, são muitos editais, mas aproximadamente dois a três anos, por aí. Depois eu posso passar direitinho, mas em média uma obra demora 24 meses para ficar pronta após assinatura da ordem de serviço.

Este ano, Vitória perdeu o prazo determinado pelo governo federal para apresentar o Plano Municipal de Mobilidade. Com isso, a Capital vai deixar de receber recursos da União para obras de mobilidade. Por que a prefeitura não conseguiu cumprir esse prazo, que venceu em abril?

Na verdade, o Plano Municipal de Mobilidade está em fase final. Nós tivemos algumas dificuldades em questões burocráticas, algumas questões que infelizmente transcendem a nossa vontade. Mas o plano de mobilidade já está sendo elaborado e já está em fase final. Já foi feita toda a consulta da origem e destino, que é o mais importante: saber da onde as pessoas saem e para onde elas vão.

Mas o mais relevante de tudo isso é que as obras já tiveram início. Você, por exemplo, que passa pela Região 5, Enseada, Enseadinha, Praia do Canto, que eram as obras de maior gargalo. Nós estamos superando esses gargalos com ações efetivas que resultam na mobilidade. Além disso, fizemos a troca de toda a central semafórica da cidade.

A Central Semafórica de Vitória era de 1980. Ela não interagiam, eram organismos independentes. Hoje nós temos uma central que controla tudo através de inteligência artificial. Por isso a fluidez aumentou.

Todos que acompanham noticiário nas manhãs e no fim da tarde sabe que ainda existem alguns lugares, desafios e existem alguns gargalos. Mas o trânsito da cidade hoje tem uma fluidez muito superior ao trânsito de 2021 e, principalmente, ao trânsito pré-pandemia.

E é esse o nosso compromisso: continuar investindo e continuar realizando essas obras que têm impactado positivamente a cidade e têm gerado principalmente maior fluidez no trânsito. Ou seja, você gasta menos tempo para se deslocar nos pontos da cidade.

Você prevê instalar faixas exclusivas para ônibus?

Esse é um estudo que pode ser feito, mas a experiência mostrou que a faixa exclusiva não deu certo. Foi uma experiência que não foi exitosa, que trouxe prejuízos à cidade. O engarrafamento chegava às vezes até o Shopping Vitória. Você ia da Beira-mar ao Shopping Vitória, e com a faixa exclusiva para ônibus liberada.

Essa é uma experiência que não foi boa para a cidade. Trouxe prejuízos a mobilidade urbana. E a cidade aplaudiu e agradeceu muito quando essa faixa exclusiva foi extinta, foi eliminada.

Em alguns outros locais nós podemos avaliar e aí é uma análise técnica e não política. Quem diz o que se faz são os engenheiros de tráfego e os técnicos de mobilidade.

Eles nos ajudam e auxiliam na tomada de decisões. E o nosso compromisso é esse: continuar a condução técnica e ouvindo as pessoas que realmente entendem desse assunto, que são os técnicos e os engenheiros de tráfego.

Candidato, as notas do Ideb são diferentes em bairros nobres e de periferia em Vitória. Qual é a fórmula ou o que fazer para que o ensino fique igual e de boa qualidade para todos?

Historicamente, a cidade viu uma desigualdade territorial da educação e, em alguns pontos, geralmente nas áreas nobres, você tinha educação de qualidade. Já em outros pontos, como eu já citei aqui e volto a repetir o caso emblemático da Escola Paulo Roberto, lá no São Benedito, não tinha sequer escola para as crianças estudarem.

Nós estamos construindo as escolas, estamos acabando com as escolas de madeira. Em Vitória, tinha escola com parede de madeira, madeirite, algo inaceitável para uma capital do porte de Vitória, era vergonha no Brasil.

Por isso essa desigualdade territorial. Se você não garante infraestrutura para o profissional na educação, se você não valoriza o profissional da educação… E nós demos mais de 33%, reajustamos o tíquete em mais de 108%. Valorizamos o magistério e todos profissionais da educação para que eles possam dar os melhores resultados.

E, de fato, eu reconheço, a desigualdade territorial ainda existe, mas ela já foi mitigada, já foi diminuída sensivelmente. E aqui eu vou te dar um exemplo concreto. Pela primeira vez na história da Capital você teve aprovação dos alunos de Vitória no Ifes em todos os territórios da cidade, todos os territórios, nas nove regiões da cidade. Nós tivemos a aprovação de alunos da rede municipal de Vitória, 43 mil estudantes, no Ifes.

Isso mostra que a educação de qualidade chegou para todos nós. Investimos R$ 220 milhões na recuperação das nossas escolas, recuperação física. Climatizamos, saímos de oito para 42 escolas climatizadas, de 4 para 30 escolas em tempo integral. E o nosso compromisso é continuar investindo na educação pública.

Esse déficit histórico vai acabar. Mas ele não nasceu na nossa gestão. Ele foi herdado das gestões anteriores, que não tiveram responsabilidade, carinho e afeto com as pessoas mais humildes e com filho das pessoas mais humildes.

Hoje essa realidade está completamente diferente da cidade. A mesma infraestrutura que você tem nos bairros nobres, você tem nas áreas maior vulnerabilidade social. E o nosso compromisso é isso.

Nós temos ainda desafios em relação à violência urbana. Não por coincidência isso acontece quando você não tem educação de qualidade. Infelizmente, o resultado a gente já sabe o que é: a criminalidade. Nós estamos revertendo esse ciclo e levando escola de tempo integral.

Repito aqui. Esse é o caminho para as mães solo poderem trabalhar, estudar. É o caminho para gerar uma cidade de prosperidade e oportunidade para todos.

O nosso compromisso é que no ano que vem teremos mais escolas de tempo integral na cidade para que os alunos possam estudar, para que tenham atividades pedagógicas, para que tenham experiências sensoriais e para que possam de fato mudar de vida.

Vamos falar um pouquinho mais de segurança. O número de homicídios em Vitória subiu 21,42% de 2022 para 2023, segundo o Anuário de Segurança Pública que foi divulgado agora no finalzinho de setembro. A Capital não é a cidade com maior número de assassinatos, mas foi a única da Grande Vitória que registrou o aumento de casos. Todas as outras tiveram redução nos índices.
No que o senhor credita esse aumento da taxa de homicídios em um ano na Capital?

Esses dados dizem respeito ao ano passado. Esse ano nós já tivemos a redução de 11% no número de homicídios na cidade e redução de 75% no feminicídio.

O que acontece na prática: a integração da Guarda Municipal com todas as forças de segurança, a força tarefa da Guarda Municipal com a Polícia Federal e com as agências estaduais, Polícia Militar e Civil, nós estamos efetuando a prisão de todos os líderes de facções, de todos os líderes do crime organizado que atuam no Espírito Santo. Isso é uma ação conjunta.

Quando você prende um líder do crime organizado, isso gera uma disputa e um conflito territorial. E, infelizmente, em alguns casos, você tem nessa disputa algumas ações que geram morte de pessoas.

Isso faz com que o número de homicídios lamentavelmente tenha uma oscilação. Esse ano essa curva já está decrescendo. Os números estão caindo. Nós já tivemos 11% de redução, mas a prisão desses elementos, a prisão desses criminosos, é extremamente importante para desmantelar toda essa estratégia criminosa, toda essa teia criminosa que envolve as organizações das facções criminosas no Brasil, no Espírito Santo.

Então, são prisões importantes, mas que geram alguns efeitos colaterais de disputa territorial. E infelizmente, aí nós temos mortes.

A boa notícia é que esse ano a curva já caiu. Nós já tivemos redução de 11% e com essa integração das forças de segurança com a Guarda Municipal produzindo relatório de inteligência e com as ações coordenadas que nós participamos, vamos reduzir ainda mais esses números.

Lembrando: o número de crimes patrimoniais reduziu sensivelmente. Nós tivemos uma redução na média de 40%. E esse é o nosso compromisso: continuar em conjunto, dialogando, ouvindo, e que essas ações vão ser usadas diuturnamente.

Destacando: a Guarda Municipal prendeu o segundo homem mais perigoso, o segundo homem mais procurado na escala criminal do Espírito Santo, líder de uma facção sem disparar um único disparo, sem disparar um único tiro. Prisão efetuada pela Guarda Municipal de Vitória em cooperação com todas as linhas de segurança.

Eu queria que você falasse um pouquinho sobre a questão das cracolândias. Por exemplo, aqui na Vila Rubim as pessoas ficam com medo de passar pela calçada. Qual a proposta do senhor para esse problema?

Essas ações são diárias, são sistemáticas. A Assistência Social tem feito um trabalho extraordinário e nós inauguramos o primeiro Abrigo 24 horas da história da cidade de Vitória. Vitória não tinha abrigo 24 horas, ou seja, as pessoas não tinham onde ficar.

Hoje você tem o abrigo com médico, com psicólogo, assistente social e com professor. E, desses abrigos nós temos diversas pessoas que passaram por ali e que hoje estão, por exemplo, no Ifes, foram aprovados no Ifes ou estão no mercado de trabalho.

Vamos continuar investindo em assistência social, continuar fazendo a abordagem, sempre perseverar, jamais desistir porque são vidas e, para nós, todas as vidas importam. Então, esse é o nosso compromisso, continuar gerando oportunidade na vida dessas pessoas e, claro, organizando a cidade.

A gente chegou ao tempo final das perguntas, mas a gente vai zerar o cronômetro e o senhor tem dois minutos para as considerações finais.

Quero aqui agradecer à Rede Vitória por essa oportunidade. Agradecer a todos vocês que estão aqui conosco. Agradecer a você, internauta, ouvinte. Eu tenho certeza que esse momento é um momento mágico, um momento significativo e é o momento de decisão de voto. No próximo domingo nós estaremos juntos nas urnas decidindo o futuro da cidade que nós queremos.

Reorganizamos a cidade, retomamos a capacidade de investimento com recursos próprios, cortamos privilégios, mordomias, entregamos uma máquina pública enxuta e que se preocupa de fato com o cidadão, com a sua vida, gerando escolas novas, produzindo políticas públicas para as mulheres, para as crianças, para os idosos e todas elas voltadas ao cuidado e à transformação social.

Eu quero aqui, com muita humildade, olhar nos seus olhos, pedir o voto do 10, no dia 6, próximo domingo. Daqui a pouquinho nós vamos estar juntos nas urnas para que, junto com a Cris, nós possamos continuar fazendo essa cidade extraordinária, forte, pujante, trazendo ações culturais, ações sociais e fazendo, principalmente, com todo o zelo e amor que você merece, que o seu filho merece.

Você conhece a qualidade de ensino da nossa rede. Você conhece a qualidade de ensino dos nossos técnicos profissionais da saúde. Nós vamos expandir.

Arrumamos a casa e agora é o momento de traçar voos ainda os maiores, mais extraordinários, para que Vitória se destaque nacionalmente. Sempre com foco em cuidar das pessoas. Por isso, no próximo domingo você já tem o seu candidato: Pazolini e Cris Samorini, 10.

Eu quero agradecer a todos vocês que estiveram conosco caminhando lado a lado, participaram dos nossos debates e nos acompanharam nas redes sociais e estiveram nas caminhadas do dia a dia. E principalmente a você que acredita no nosso trabalho. Pode ter certeza que nós faremos ainda muito mais.

Repito: a casa está arrumada. O desafio maior era retomar a capacidade de investimento próprio para cuidar das pessoas. E agora é a hora de sermos ainda mais inovadores, transformadores, disruptivos. Domingo, 10, Pazolini, Cris Amorim.

VEJA A ENTREVISTA COMPLETA COM LORENZO PAZOLINI:

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