Vai ser mulher e não precisa ser de esquerda, eis o que sabemos até agora sobre a vice de João Coser (PT), que teve sua candidatura a prefeito homologada em convenção realizada na manhã deste sábado (03), no Centro de Vitória.
A convenção reuniu os partidos PT, PV e PCdoB (que fazem parte da Federação Brasil da Esperança) e o PDT. O PT ainda conversa com outros partidos, como o Podemos, que até ontem (02) tinha candidata a prefeita, a vice-prefeita Capitã Estéfane, e agora declarou que não irá apoiar nenhum candidato majoritário.
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Entre as estrelas do PT presentes na convenção, estavam duas das mais importantes da constelação: a presidente nacional do partido, Gleisi Hoffman, e a secretária de finanças da sigla, Gleide Andrade. Também compareceu o líder do PT na Bancada Federal, Odair Cunha.
Pela Legislação eleitoral, é a executiva nacional do partido quem determina para onde vão os recursos do Fundo Partidário, principal fonte de financiamento das campanhas. Gleisi e Gleide foram enfáticas sobre a prioridade da campanha em Vitória.
Gleisi disse ainda que o presidente Lula estará presente na campanha, mas não necessariamente em Vitória. A deputada federal Jackeline Rocha (PT) também confirmou que estão buscando trazer muitas estrelas do PT para Vitória.
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A militância do partido compareceu em peso, e havia tambores e gritos de “Volta João!”. Entre as 13 capitais em que o PT tem candidato, a capixaba parece bem vista aos olhos do partido. “O evento tem uma energia muito boa aqui, é uma energia da Vitória. Vitória da capital e vitória da vitória eleitoral”, brincou Gleisi.
A ideia do partido é direcionar a Coser os votos de Lula na eleição de presidente em 2022. Isso garantiria a presença do ex-prefeito no segundo turno.
Acerca da escolha de vice, não anunciada no evento, Coser disse que a escolha está sendo analisada. “Vamos ter com certeza uma mulher de luta e corajosa para nos ajudar nesse empreitada”, avisou.
O perfil buscado, segundo o candidato, é o de uma mulher “mediana de idade, que tem consciência política, que possa contribuir no debate, tanto do ponto de vista do desenvolvimento social, econômico e ambiental”.
Indagado se precisa ser de esquerda, Coser limitou-se a responder que “tem que ser de um partido que seja na nossa aliança”. Segundo a deputada Iriny Lopes, que está trabalhando na campanha, a decisão será anunciada até o dia 14.