Thamiris Guidoni
“A gastronomia me completa. Meu sonho é ser reconhecido nessa minha nova profissão e viver dela…”
Luciano Faé
Um menino do interior que veio para a cidade grande estudar aos 18 anos. Em meio às dificuldades, sempre houve amor, apoio e força dos que sempre estiveram ao lado dele. Luciano Faé se mudou para Vitória em 1998. Atualmente morando em Vila Velha, é um dos finalistas da 4ª temporada do Chef de Família.
No próximo sábado (20), às 14 horas logo após o Balanço Geral, na tela da TV Vitória/RecordTV com transmissão pelo Jornal On-line Folha Vitória, você vai descobrir quem leva o troféu para casa!
Acompanhe tudo sobre a 4ª temporada do Chef de Família!
Em busca do melhor, Luciano colocou na bagagem os sonhos de crescer profissionalmente, juntou com o todo apoio da família e conseguiu se formar.
“Tenho uma família que me apoia a vida inteira. Meu pai era agricultor, minha mãe dona de casa, e aos 10 anos mudei para a cidade de Castelo. Meus pais sempre foram assalariados e fizeram o impossível para que eu e minha irmã nos formássemos. Quando paro pra pensar na situação financeira que eles tinham acho que foi milagre termos vindo para Vitória conseguir estudar e nos formar”.
Simples e criado na roça, Luciano se enche de orgulho ao falar sobre a base familiar e o exemplo de que o mundo dá muitas voltas, e que um dia, todo sacrifício será recompensado.
“Ao longo do caminho meu pai perdeu o emprego e acabou virando comerciante. A vida deu muitas voltas, consegui me formar em Prótese Dentária e abri duas escolas de próteses”.
“Uma vez fui passear em casa. Meu pai tinha R$ 62 e me deu R$ 50 para voltar para Vitória. Ele ficou com R$ 12 para passar o restante do mês…”
E depois de tantos anos de dedicação, estudos e sacrifícios, a pandemia…
“As escolas de próteses vem sofrendo uma dificuldade financeira imensa por conta da pandemia. Estamos tentando sobreviver em passos curtos para nos recuperarmos. Quando fiz 40 anos comprei uma camiseta que dizia: ‘A vida começa aos 40’. Uma semana depois eu lia uma notícia que falava do primeiro caso registrado da covid no Brasil e acho que essa frase nunca fez tanto sentido”.
E mesmo com as dificuldades financeiras, a descoberta de um novo e grande amor.
“Eu tinha uma vida antes dos 40 e tenho outra agora, depois dos 40 com tudo isso que a gente vem passando. Tive que aprender a me virar com pouco e lidar com muitos problemas, mas isso tudo acabou me levando para a gastronomia, que de um plano B, virou o A”.
Novos desafios e um longo caminho pela frente, mas sempre pensando no lado bom das coisas. Em meio ao caos, a esperança, refúgio e fé de que tudo dará certo no fim das contas.
“Foi por conta da pandemia que surgiu a ideia de abrir um restaurante. Ainda não consegui inaugurar por conta da pandemia, mas ele me salvou. Me tirou de casa porque construí com minhas próprias mãos. Passei cinco meses envolvido e construindo até porque não tinha mais dinheiro para investir, então precisei aprender a parte de marcenaria, de pedreiro, enfim, aprender muitas coisas para construir um lugar que hoje é um refúgio”.
“Quando estou feliz vou pra lá e quando estou triste também porque lá me sinto feliz de novo…”
O participante da 4ª temporada do reality mais gostoso do Espírito Santo tem plena convicção de que o programa, além de ensinamentos e momentos de felicidade, te sido de grande ajuda para alavancar os projetos que tem em mente.
“Meu maior sonho é que tudo isso passe e que eu consiga me destacar na gastronomia…”
“Sei que aos 41 anos já tem muita gente nova entrando para o mercado. Tive que trancar a faculdade por conta das dificuldades financeiras, mas não deixo de acreditar. Meu sonho é ser reconhecido nessa nova profissão e poder viver da gastronomia. Larguei uma profissão de 22 anos, mas deixei minhas marcas positivas. Acho que cumpri meu papel e ainda cumpro, mas hoje quero viver de gastronomia e fazer com que meus projetos comecem a andar e que tudo dê certo!”.
