Organizadores dos blocos de rua temem eventos clandestinos no Carnaval de Vitória
A prefeitura da Capital garante que haverá fiscalização durante os dias de folia
A pouco mais de um mês para o Carnaval, as escolas de samba correm contra o tempo para finalizar as fantasias, adereços e carros alegóricos. Enquanto isso, os organizadores dos blocos de rua, que foram cancelados em Vitória, temem a realização de eventos clandestinos.
Os desfiles das escolas de samba neste ano, em Vitoria, foram confirmados pela prefeitura da Capital nesta quinta-feira (06). Para participar e assistir, os foliões terão que apresentar o comprovante de vacinação e teste RT-PCR negativo realizado em até 72 horas antes do evento no Sambão do Povo.
Fora da passarela do samba, no entanto, não deve ter serpentina ou confetes. Isso porque os blocos de rua foram cancelados na Capital pela dificuldade de controle e fiscalização das regras sanitárias.
A prefeitura de Vitória analisa a possibilidade dos organizadores realizarem eventos em ambientes restritos, de modo que ações de fiscalização e controle de público sejam feitas, mas por enquanto nada foi definido.
Enquanto não há regras definidas para os eventos do carnaval de rua, os organizadores dos blocos carnavalescos estão preocupados. A coordenadora do bloco Afro Kizomba, Sandra Oliveira, por exemplo, acredita que a proibição pode gerar eventos clandestinos.
"A presença dos carros de som nas ruas pode gerar aglomerações. Pode se ter muita gente e não vai se conseguir fazer a proteção sanitária necessária. A gente fica muito preocupado com a questão da segurança, como esses foliões que estarão na rua serão tratados pelo poder público", disse.
O secretário de Cultura de Vitória, Luciano Gagno, garante que haverá fiscalização contra os eventos clandestinos.
"O planejamento e a fiscalização que serão realizados são as mesmas que tiveram no ano anterior. Tudo ocorreu muito bem em Vitória. A fiscalização foi realizada de maneira correta. Ela vai ser repetida neste ano", garantiu.
Só no Centro de Vitória, são 15 blocos que chegam a reunir cerca de 100 mil pessoas em um único dia.
Sem o tradicional carnaval pelo segundo ano consecutivo, os cuidados com a saúde não podem ficar de lado. Atualmente o Espírito Santo enfrenta uma epidemia de gripe e o aumento na média diária de novos casos de covid-19, o que tem gerado preocupação entre os médicos e autoridades.
*Com informações do repórter Lucas Pisa, da TV Vitória/Record TV.