De Di Cavalcante a relógio raríssimo francês: veja valor de obras de arte destruídas e roubadas
Só para se ter ideia, relógio destruído foi presente da Corte Francesa ao Brasil por volta de 1808 e só existiam dois no mundo - o outro está em Versailles, na França
Os atos terroristas ao Congresso Nacional, em Brasília, neste domingo (8) provocam danos irreparáveis, dentre os quais está a depredação e roubo de patrimônio material que contava um pouco da história do Brasil por meio de obras de arte. De quadros expostos no Palácio do Planalto até acervo da Câmara e Senado, inúmeros objetos de valor imensurável foram perdidos pelo vandalismo praticado por golpistas.
Segundo informações do próprio governo federal, ainda não é possível dizer quantas obras foram destruídas e roubadas ou listar a quantidade de itens que sumiram do local. No entanto, alguns ícones que eram verdadeiros tesouros já foram contabilizados.
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O primeiro deles - e talvez mais famoso - é o quadro As Mulatas, de Di Cavalcanti. A obra era a principal do Salão Nobre do Palácio do Planalto e levou seis facadas, além de outros rasgos. A pintura é uma das mais renomadas do artista e seu valor é estimado em R$ 20 milhões.
O Flautista, obra de Bruno Giorgi, também foi depredado. A peça de bronze puro foi encontrada em pedaços completamente destruída e espalhada pelo Salão Nobre. O item era avaliado em R$ 250 mil.
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A escultura de parede em madeira de Frans Krajcberg foi outra obra que sofreu danos. A peça, que possui vários alto relevos em formato de "galhos" foi destruída e era avaliada em R$ 300 mil.
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Em outro espaço, a mesa de trabalho de Juscelino Kubitscheck, mantida em exposição permanente, também foi destruída. Ela era um dos itens da alta decoração do Salão Nobre do palácio e foi usada como barricada pelos terroristas. O governo avaliará se a peça - que não tem valor estimado, por ser algo totalmente fora de mercado - poderá ser restaurada.
Agora, uma das peças mais valiosas que estavam no local, apesar de pouco conhecida, é o relógio de Balthazar Martinot. De pêndulo, do século XVII, o item foi um presente da Corte Francesa para Dom João VI. Martinot era o relojoeiro de Luis XIV, só para se ter uma ideia, e deste relógio só haviam dois no mundo - um no Brasil e outro no Palácio de Versailles, na França.
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O valor deste relógio é considerado "fora do padrão", como especialistas pontuam.