A comunidade do samba está em luto nesta quinta-feira (04). O músico e intérprete carioca Melquisedeque Marins Marques, conhecido como “Quinho do Salgueiro”, morreu aos 66 anos.
Ao longo da vida no samba, Quinho teve passagens por diversas agremiações. Considerado um dos maiores intérpretes do país, já entoou o samba-enredo por uma escola do Espírito Santo.
Por dois anos, ele foi o intérprete da Império de Fátima. Em 2018, a escola da Serra levou o título do grupo B em 2018 carnaval. A comunidade compartilhou diversas mensagens de pesar e agradecimento nesta quinta.
“Foi uma honra para a nossa escola, a mais nova do carnaval capixaba, ter o ícone do carnaval carioca, sua alegria, experiência e humildade conosco. Ele aceitou o desafio de sair de uma grande agremiação para disputar o grupo B no Espírito Santo. Foi muito especial“, destacou Hélder Luduvico, fundador e ex-presidente da Império de Fátima.
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Vladimir Sales, que dividiu o microfone com Quinho na azul e o branco serrana, fez uma homenagem nas redes sociais.
“Perdemos o maior de todos os tempos no carnaval, mestre Quinho do Salgueiro. Deixo aqui meu agradecimento a Deus por ter colocado você em minha vida. Grandes momentos juntos, tantos ensinamentos, aula e aulas. Tenha certeza que você deixou seu legado, que será eterno. Descansa e nos guie daí para continuarmos a cantar e arrepiar por aqui“, escreveu.
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A morte de Quinho foi divulgada pelo Salgueiro na quarta-feira (03). Ele estava internado em um hospital na Ilha do Governador, no Rio de Janeiro, e não resistiu as complicações de uma insuficiência respiratória.
Desde 2022, ele lutava contra um câncer de próstata. No último desfile, a escola carioca homenageou o interprete ao batizar o carro de som de “Quinho do Salgueiro”.
“Quinho não foi apenas um intérprete talentoso; ele foi a voz que ecoou em cada conquista, em cada desfile, e que se entrelaçou intimamente com a alma do Salgueiro. não era apenas um cantor, mas um poeta que traduzia em notas a essência da nossa escola“, destacou o Salgueiro em uma rede social.
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Graduado em Jornalismo e mestrando em Comunicação e Territorialidades pela Universidade Federal do Espírito Santo. Atua desde 2020 no jornal online Folha Vitória.
