Polêmica de racismo e apologia ao nazismo: quem é Monark, do Flow Podcast
Youtuber que tem milhões de visualizações na internet se envolveu em nova polêmica com Kim Kataguiri em falas sobre nazismo que viralizaram na web
Bruno Aiub viralizou com o nome de Monark há algum tempo, principalmente quando começou a aparecer no Flow Podcast - um canal de entrevistas que está no ar no YouTube. A dinâmica das gravações é um formato comum na internet: ele e mais entrevistadores levam convidados para bate-papos ao vivo na plataforma de vídeos.
Só que o comunicador, especificamente, tem ganhado a mídia em meio a um mar de polêmicas nos últimos meses, que só piorou nesta semana com uma fala considerada nazista que ele teve no ar. Em outras ocasiões, o apresentador já perdeu até patrocinadores de primeira linha, como o iFood. Quando deixou de ser parceiro do podcast, o aplicativo de delivery se incomodou com uma tuíte que Monark fez. Na publicação, ele questionava: "Ter opinião racista é crime".
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"Tanto para o iFood, quanto para o Flow, atos preconceituosos são inaceitáveis. Racismo é crime. A liberdade de expressão jamais deverá ultrapassar os limites da lei", foi o posicionamento divulgado à imprensa na ocasião.
O QUE É FLOW PODCAST?
O Flow foi criado por Monark e Igor Coelho, conhecido como Igor 3K. O podcast alcança números bastante expressivos na internet e já passou a marca de 3,5 milhões de inscritos no YouTube. É considerado um dos mais assistidos do site.
Os assuntos que a dupla trata são diversos, bem como os convidados. Já participaram das entrevistas personalidades que vão de Sergio Moro a Priscilla Alcântara.
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APOLOGIA AO NAZISMO
Nesta semana, a polêmica da vez foi apologia ao nazismo em conversa que Monark mantinha com Kim Kataguiri. No podcast em questão, o comunicador defendeu o direito de alguém querer ser contra os judeus, bem como à existência de um partido nazista no Brasil.
Kataguiri, por sua vez, entrou na onda e disse que considera a criminalização do nazismo na Alemanha um erro.
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Entidades judaicas se manifestaram sobre o episódio.
"Nós, da Federação Israelita do Estado de São Paulo, repudiamos de forma veemente esse discurso e reiteramos nosso compromisso em combater ideias que coloquem em risco qualquer minoria. Manifestações como essa evidenciam o grau de descomprometimento do youtuber com a democracia e os direitos humanos", informou a entidade, em nota enviada ao Uol.
A Confederação Israelita do Brasil (Conib) também se manifestou ao portal e declarou: "O nazismo prega a supremacia racial e o extermínio de grupos que considera 'inferiores'. Sob a liderança de Hitler, o nazismo comandou uma máquina de extermínio no coração da Europa que matou seis milhões de judeus inocentes e também homossexuais, ciganos e outras minorias. O discurso de ódio e a defesa do discurso de ódio trazem consequências terríveis para a humanidade, e o nazismo é sua maior evidência histórica".
Após a repercussão, o youtuber foi às redes sociais e, em vídeo, pediu desculpas pela declaração afirmando que estava "muito bêbado" durante o bate-papo.