PEDRO PERMUY

Entretenimento e Cultura

Polêmica de racismo e apologia ao nazismo: quem é Monark, do Flow Podcast

Youtuber que tem milhões de visualizações na internet se envolveu em nova polêmica com Kim Kataguiri em falas sobre nazismo que viralizaram na web

Pedro Permuy

Redação Folha Vitória
Foto: Reprodução/Instagram @monarkoficial

Bruno Aiub viralizou com o nome de Monark há algum tempo, principalmente quando começou a aparecer no Flow Podcast - um canal de entrevistas que está no ar no YouTube. A dinâmica das gravações é um formato comum na internet: ele e mais entrevistadores levam convidados para bate-papos ao vivo na plataforma de vídeos. 

Só que o comunicador, especificamente, tem ganhado a mídia em meio a um mar de polêmicas nos últimos meses, que só piorou nesta semana com uma fala considerada nazista que ele teve no ar. Em outras ocasiões, o apresentador já perdeu até patrocinadores de primeira linha, como o iFood. Quando deixou de ser parceiro do podcast, o aplicativo de delivery se incomodou com uma tuíte que Monark fez. Na publicação, ele questionava: "Ter opinião racista é crime". 

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"Tanto para o iFood, quanto para o Flow, atos preconceituosos são inaceitáveis. Racismo é crime. A liberdade de expressão jamais deverá ultrapassar os limites da lei", foi o posicionamento divulgado à imprensa na ocasião. 

O QUE É FLOW PODCAST? 

O Flow foi criado por Monark e Igor Coelho, conhecido como Igor 3K. O podcast alcança números bastante expressivos na internet e já passou a marca de 3,5 milhões de inscritos no YouTube. É considerado um dos mais assistidos do site. 

Os assuntos que a dupla trata são diversos, bem como os convidados. Já participaram das entrevistas personalidades que vão de Sergio Moro a Priscilla Alcântara. 

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APOLOGIA AO NAZISMO

Nesta semana, a polêmica da vez foi apologia ao nazismo em conversa que Monark mantinha com Kim Kataguiri. No podcast em questão, o comunicador defendeu o direito de alguém querer ser contra os judeus, bem como à existência de um partido nazista no Brasil. 

Kataguiri, por sua vez, entrou na onda e disse que considera a criminalização do nazismo na Alemanha um erro. 

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Entidades judaicas se manifestaram sobre o episódio. 

"Nós, da Federação Israelita do Estado de São Paulo, repudiamos de forma veemente esse discurso e reiteramos nosso compromisso em combater ideias que coloquem em risco qualquer minoria. Manifestações como essa evidenciam o grau de descomprometimento do youtuber com a democracia e os direitos humanos", informou a entidade, em nota enviada ao Uol. 

A Confederação Israelita do Brasil (Conib) também se manifestou ao portal e declarou: "O nazismo prega a supremacia racial e o extermínio de grupos que considera 'inferiores'. Sob a liderança de Hitler, o nazismo comandou uma máquina de extermínio no coração da Europa que matou seis milhões de judeus inocentes e também homossexuais, ciganos e outras minorias. O discurso de ódio e a defesa do discurso de ódio trazem consequências terríveis para a humanidade, e o nazismo é sua maior evidência histórica".

Após a repercussão, o youtuber foi às redes sociais e, em vídeo, pediu desculpas pela declaração afirmando que estava "muito bêbado" durante o bate-papo.