Chegou O Que Faltava "serve" pipoca, canjica, broa e bolo de fubá na avenida
A escola foi a terceira a desfilar na madrugada deste sábado (9) no Sambão do Povo, em Vitória
A escola de samba Chegou O Que Faltava literalmente "chegou chegando" no Sambão do Povo, na madrugada deste sábado (9).
Com o enredo "Chegou a realeza dos campos dourados que alimentam a história. Sustento da Vida", a agremiação teve como destaque David Brazil, que com muita simpatia e carisma, levou o público à loucura.
Com alas criativas, coloridas e ricas em detalhes, a escola contou a história da presença da lavoura de milho em várias civilizações. Um livro se abriu na avenida, revelando o cereal utilizado de diferentes maneiras na culinária.
A madrinha de bateria, que mostrou muito samba no pé, também agitou os foliões e foi aplaudida por quem acompanhava os desfiles no camarote e nas arquibancadas.
Com o cronômetro marcando 54 minutos, a Chegou o Que Faltava deixou o passarela e, após os portões serem fechados, os integrantes comemoraram o desempenho da escola no desfile.
Conduzido durante as grandes navegações do século XVI durante o início do processo de colonização da América, o milho se expandiu-para outras partes do mundo e chegou as terras tupiniquins onde, já era consumido pelos índios e, posteriormente, pelos escravos.
O consumo foi introduzido aos poucos no Brasil durante a colonização. Cereal utilizado em oferendas aos orixás, nos versos de Cora Coralina na oração do Milho, tornou-se também companhia de quem adora a combinação filme e pipoca.
A Chegou O que Faltava é uma escola de samba da cidade de Vitória e foi fundada em 06 de junho de 1975. As cores são o azul, rosa e o branco.
Enredo "Chegou a realeza dos campos dourados que alimentam a história. Sustento da Vida"
Samba-enredo
"Toca sanfoneiro que a festa vai começar!
Pipoca, canjica, broa, serve um bolo de fubá
Que não falte em cada mesa o alimento consagrado
Brilhou o grão dourado
Amanheceu... O galo anuncia um novo dia
Matuto eu sou, cultivo a história feito poesia
Semeio o sustento da vida, nas quintas de um interior
A terra revela a lida do agricultor
Em cada palmo de chão
A magia acontece floresce o grão
Nesse solo sagrado que a mãe natureza há de abençoar
Arar, plantar, colher
Partilhar a fartura à Deus agradecer
Do meu velho roçado
Germina a esperança de sobreviver
E os milharais vão colorindo a lavoura
Em rituais das civilizações
Cruzou o mar alimentando os sonhos de tantas gerações
Nos campos brota o fruto da semente
Saciando tanta gente, é a riqueza de um país
Singelo, o dono da terra protege a sua raiz
Fé... Que move o caipira na batalha!
As mãos do artesão transformam a palha
Evoca a sertaneja oração
Tão belo é ver-te florescer no mundo inteiro
Chegou o que faltava é celeiro
O combustível desse carnaval"
Ficha técnica
Cores: Azul, Rosa e Branco
Presidente: Rafael Cavalieri
Carnavalesco: Marcelo Braga
Intérprete: Marcinho Diola
Mestre de Bateria: Fernando Marins
Comissão de Frente: Murilo Nascimento Alves
Mestre-Sala e Porta-Bandeira: Rodrigo Mattos e Andressa Cadete
Rainha de Bateria: Jamila Alvarenga
Direção de Carnaval: Dimmy de Oliveira
Direção de Harmonia: Leonardo Cavalieri, Alexandre Junior e Fernanda Bulhões
Componentes: 1.100
Carros Alegóricos: 3
Alas: 17
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