Carnaval de vitória 2022

Entretenimento e Cultura

Chegou O Que Faltava "serve" pipoca, canjica, broa e bolo de fubá na avenida

A escola foi a terceira a desfilar na madrugada deste sábado (9) no Sambão do Povo, em Vitória

Foto: Thaiz Blunck

A escola de samba Chegou O Que Faltava literalmente "chegou chegando" no Sambão do Povo, na madrugada deste sábado (9). 

Com o enredo "Chegou a realeza dos campos dourados que alimentam a história. Sustento da Vida", a agremiação teve como destaque David Brazil, que com muita simpatia e carisma, levou o público à loucura. 

Com alas criativas, coloridas e ricas em detalhes, a escola contou a história da presença da lavoura de milho em várias civilizações. Um livro se abriu na avenida, revelando o cereal utilizado de diferentes maneiras na culinária.

A madrinha de bateria, que mostrou muito samba no pé, também agitou os foliões e foi aplaudida por quem acompanhava os desfiles no camarote e nas arquibancadas. 

Com o cronômetro marcando 54 minutos, a Chegou o Que Faltava deixou o passarela e, após os portões serem fechados, os integrantes comemoraram o desempenho da escola no desfile. 

Thaiz Blunck
Thaiz Blunck
Thaiz Blunck
Thaiz Blunck
Thaiz Blunck
Thaiz Blunck
Thaiz Blunck
Dyhego Salazar
Dyhego Salazar
Dyhego Salazar
Dyhego Salazar
Dyhego Salazar
Dyhego Salazar
Dyhego Salazar
Dyhego Salazar
Pedro Permuy / Folha Vitória
Pedro Permuy / Folha Vitória
Pedro Permuy / Folha Vitória
Thaiz Blunck

Conduzido durante as grandes navegações do século XVI durante o início do processo de colonização da América, o milho se expandiu-para outras partes do mundo e chegou as terras tupiniquins onde, já era consumido pelos índios e, posteriormente, pelos escravos.

O consumo foi introduzido aos poucos no Brasil durante a colonização. Cereal utilizado em oferendas aos orixás, nos versos de Cora Coralina na oração do Milho, tornou-se também companhia de quem adora a combinação filme e pipoca. 

A Chegou O que Faltava é uma escola de samba da cidade de Vitória e foi fundada em 06 de junho de 1975. As cores são o azul, rosa e o branco. 

Enredo "Chegou a realeza dos campos dourados que alimentam a história. Sustento da Vida"

Samba-enredo

"Toca sanfoneiro que a festa vai começar!
Pipoca, canjica, broa, serve um bolo de fubá
Que não falte em cada mesa o alimento consagrado
Brilhou o grão dourado

Amanheceu... O galo anuncia um novo dia
Matuto eu sou, cultivo a história feito poesia
Semeio o sustento da vida, nas quintas de um interior
A terra revela a lida do agricultor
Em cada palmo de chão
A magia acontece floresce o grão
Nesse solo sagrado que a mãe natureza há de abençoar
Arar, plantar, colher
Partilhar a fartura à Deus agradecer
Do meu velho roçado
Germina a esperança de sobreviver

E os milharais vão colorindo a lavoura
Em rituais das civilizações
Cruzou o mar alimentando os sonhos de tantas gerações

Nos campos brota o fruto da semente
Saciando tanta gente, é a riqueza de um país
Singelo, o dono da terra protege a sua raiz
Fé... Que move o caipira na batalha!
As mãos do artesão transformam a palha
Evoca a sertaneja oração
Tão belo é ver-te florescer no mundo inteiro
Chegou o que faltava é celeiro
O combustível desse carnaval"

Ficha técnica

Cores: Azul, Rosa e Branco
Presidente: Rafael Cavalieri
Carnavalesco: Marcelo Braga
Intérprete: Marcinho Diola
Mestre de Bateria: Fernando Marins
Comissão de Frente: Murilo Nascimento Alves
Mestre-Sala e Porta-Bandeira: Rodrigo Mattos e Andressa Cadete
Rainha de Bateria: Jamila Alvarenga
Direção de Carnaval: Dimmy de Oliveira
Direção de Harmonia: Leonardo Cavalieri, Alexandre Junior e Fernanda Bulhões
Componentes: 1.100
Carros Alegóricos: 3
Alas: 17

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