PEDRO PERMUY

Entretenimento e Cultura

Gucci diz que vai pagar abortos e cuidados a funcionárias nos EUA

Com a possibilidade de uma revogação histórica em decisão na Suprema Corte dos Estados Unidos, a marca de luxo do grupo Kering se posicionou pró-aborto no chamado "Caso Roe v. Wade"

Pedro Permuy

Redação Folha Vitória
Foto: Pixabay/Reprodução
Vitrine de uma loja Gucci (imagem ilustrativa)

A Gucci, marca de luxo do conglomerado francês Kering, se comprometeu a pagar custos ligados à saúde reprodutiva de suas funcionárias nos Estados Unidos. Isso porque documentos que sugerem que a Suprema Corte norte-americana está para revogar a decisão Roe versus Wade (a chamada "Roe v. Wade") acabaram vazando e repercutindo em todo mundo nas últimas semanas. 

"A companhia vai agora prover reembolso de viagens para qualquer funcionária nos Estados Unidos que precise de cuidados médicos não disponíveis em seu estado", diz a declaração, já que a revogação da decisão daria essa liberdade à mulher, também, em alguns dos estados americanos - e não em todo o território nacional. 

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"A Gucci também continua a dar suporte a organizações parceiras que forneçam acesso à saúde reprodutiva e protejam os direitos humanos, especialmente os dos mais vulneráveis", complementa o aviso. 

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A Gucci, fundada em 1921 por Guccio Gucci, de 2013 apoia fortemente iniciativas mais progressistas voltadas à igualdade de gênero, equidade e garantia de direitos civis. No mesmo ano, a grife aportou 19 milhões de dólares (quase R$ 100 milhões) para investir em causas como essas. 

O QUE É "ROE V. WADE"

Em 1973, a Justiça dos Estados Unidos determinou ilegal o aborto em todo o país. Em arquivos vazados nas últimas semanas, rascunhos do juiz conservador Samuel Alito mostram que ele pensa que a decisão é "flagrantemente errada" e que deve ser anulada. 

Caso seja derrubada, a decisão (popularmente conhecida como o caso "Roe versus Wade) fará com que o aborto fique legal imediatamente em 25 estados. Outros 22 ainda manteriam a ilegalidade e 4 sem proibição. 

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O rascunho foi obtido pelo site americano Politico junto a outra série de documentos a favor e contra abortos. 

Caso a decisão de 1973 seja, de fato, revogada, os estados vão decidir individualmente como vão garantir o acesso ao aborto - e se vão.