O que é marmita de casal? Solteiros curtem festas adultas e "namoram" casados
Para quem está acostumado com práticas como ménage à trois ou swing, a expressão se refere a uma ou mais pessoas que participam de atividades sexuais com um casal
Você conhece provavelmente a palavra “marmita”, mas talvez não saiba que, no universo dos relacionamentos liberais, o termo ganhou um novo significado.
Para quem está acostumado com práticas como ménage à trois ou swing, a expressão “marmita de casal” se refere a uma ou mais pessoas que participam de atividades sexuais com um casal.
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Com milhões de usuários, Ysos é um desses aplicativos de relacionamentos que permite os amantes do sexo liberal a encontrar o terceiro elemento para um sexo a três ou troca de casais.
De acordo com Mayumi Sato, CMO (Diretora de Marketing) da empresa, a gíria informal já foi usada de forma pejorativa, para descrever uma relação a três em que a terceira pessoa era vista como alguém só para satisfazer o prazer do casal.
No entanto, atualmente, as pessoas começaram a usar a expressão de maneira positiva e até mesmo pessoas solteiras passaram a se identificar assim. “Quando falamos de marmita de casal, falamos de compartilhar experiências, emoções e a intimidade de forma mais casual e descompromissada”, diz.
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Natália e Bruno são um casal marmiteiro. Eles explicam que a prática do ménage à trois é constante no relacionamento deles e que frequentemente repetem as pessoas que participam. “A gente repete muito a marmita, até matar a fome”, conta Natália.
Ela afirma que, quando há marmita, ninguém é o prato principal. “Para nós, a pessoa precisa entender que existe um casal ali e ela vem complementar, ela não vai ter mais ou menos atenção. A ideia é que todos se divirtam e se satisfaçam juntos. Não gostamos de gente que é invasiva ou que trata um ou outro como solteiro. Somos um casal e gostamos de ser vistos como tal”, comenta.
Sr. Black, que utiliza o Ysos há mais de três anos para encontrar e ser encontrado, relata que já foi marmiteiro enquanto era casado, mas que, nos últimos meses, tem atuado como marmita, se relacionando com mulheres casadas enquanto é observado pelos maridos cuckolds delas.
“Quando escolho os casais, procuro aqueles que me atraem fisicamente, mas também busco uma conexão que gere um bom papo, um flerte gostoso. Muitos acreditam que apenas ser gostosa me agradaria, porém, o que me agrada é mais que isso: um bom beijo na boca, aquele lance olho no olho”, conta.
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Segundo o Instituto Brasileiro de Terapias Holísticas (Ibrath), o termo “cuckold” é uma palavra em inglês que se refere a um homem cuja parceira está em um relacionamento sexual com outro homem.
O homem cuckold pode ser chamado de “corno” em português. Ele pode assistir à relação sexual entre sua parceira e outro homem, ou ser apenas informado sobre o ocorrido.
Geralmente ele não tem controle sobre a situação e vivência uma mistura de emoções como excitação, humilhação e submissão. O cuckold pode variar desde fantasias e jogos de dominação e submissão até relacionamentos abertos e poliamorosos.
MARMITA DE CASAL NÃO É BAGUNÇA!
De acordo com Mayumi, no Ysos, 42% dos homens solteiros desejam ser a marmita de um casal, enquanto 33% das mulheres solteiras compartilham essa mesma vontade. Entre os casais, 60% preferem incluir uma mulher na relação, enquanto os restantes 40% optam por um homem.
A prática da “marmitaria”, como é chamada, está geralmente associada à realização de fantasias e ao sexo. Muitas vezes, não tem relação com o conceito de trisal ou poliamor e a dinâmica envolvendo o terceiro participante na relação sexual não está necessariamente ligada ao afeto, embora isso possa ocorrer em algumas situações.
Sr. Black conta que existem casais com quem ele cria relações de amizade e que, por conta disso, se tornam parceiros recorrentes. “O oposto também é verdade. Se tem um casal que não tenho afinidade, é uma vez para nunca mais”, afirma.
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Ele também diz que entre as coisas que mais o desagradam são aqueles casais que o tratam como se ele tivesse que ficar ali à disposição a qualquer momento. “É uma troca mútua, enquanto eu saio com uma mulher casada (hotwife), o casal realiza sua fantasia de estar com sua marmita”, diz.
A B C DA MARMITA
Começar a ser ou consumir marmita de casal pode ser mais simples se você seguir os conselhos de quem já trilhou esse caminho antes.
Mayumi explica que procurar por aplicativos de encontros focados em ménage ou troca de casal podem facilitar muito a vida de quem se interessa pelos temas.
“Quem entra no app Ysos, por exemplo, geralmente já sabe o que quer, então, não tem constrangimento ao sugerir uma fantasia como essa. Procurar no lugar certo é essencial também para evitar julgamentos e se conectar de um jeito mais livre e respeitoso”, diz.
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Entre os conselhos do Sr. Black para quem está começando, ele destaca a importância de se manter com a mente aberta, o respeito e o sigilo.
“Além disso, frequente os ambientes e eventos onde os casais estão. Respeite o casal! O grande erro dos singles é lidar apenas com a esposa e esquecer que o casal é formado por duas pessoas. Converse também com o marido, saiba qual é a fantasia dele. Dê a liberdade para que ambos possam falar abertamente o que esperam do encontro. Por fim, nunca saia contando para os outros sobre os seus encontros e sobre os casais com quem saiu”, conclui.
MARMITA TEM LAR SIM!
Depois de longos meses sendo marmita, um jovem de Brasília, no Distrito Federal, compartilhou nas redes sociais que entro para o relacionamento de forma oficial com aliança e tudo!
Ele publicou várias fotos com seus parceiros de vida, veja:
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