O Sesc Glória recebe a Orquestra Sinfônica do Espírito Santo (Oses) para dois concertos das séries Terça e Quarta Clássicas, sob regência do maestro João Rocha na próxima semana.
As apresentações acontecem na terça-feira (7) e quarta-feira (8), às 20h, com obras de três compositores brasileiros: Heitor Villa-Lobos, com “Choros 6”; Clarice Assad, com “Suite for Lower Strings”; e o próprio regente convidado, com “Sinfonietta Concertante”.
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Os ingressos já estão à venda na bilheteria do Sesc Glória e também pela internet, e custam R$ 20 (inteira), R$ 15 (conveniado), R$ 12 (cartão empresário) e R$ 10 (meia-entrada para comerciário ou mediante apresentação de 1kg de alimento não perecível).
REPERTÓRIO
“Suite for Lower Strings” (2009), de Clarice Assad, é uma fantasia em cinco movimentos sobre temas conhecidos de Johann Sebastian Bach.
A obra enfatiza as vozes mais graves da seção de cordas, como viola, violoncelo e baixo.
Normalmente, na música barroca, a melodia é dada aos instrumentos mais agudos – mas a suíte, encomendada pela New Century Chamber Orchestra, foi especificamente encarregada de mostrar os instrumentos graves, muitas vezes subutilizados.
Cada um dos movimentos curtos da suíte apresenta melodias populares e reconhecíveis de Bach, muitas vezes variando-as e combinando-as com elementos de estilos do século XX.
Em 2021, o maestro João Rocha (1983) compôs “Sinfonietta Concertante” em homenagem ao Mês da Consciência Negra, para a Orquestra Sinfônica da Universidade de São Paulo (Osusp), celebrando os compositores negros brasileiros. A obra faz referência a importantes nomes da música, como Pixinguinha, Chiquinha Gonzaga, Carlos Gomes e Cartola, entre outros.
Heitor Villa-Lobos (1887-1959) escreveu os “Choros 6” em 1926.
Segundo ele próprio, “o clima, a cor, a temperatura, a luz, os pios dos pássaros, o perfume do capim melado entre as capoeiras e todos os elementos da natureza do sertão serviram de motivos de inspiração para esta obra que, no entanto, não representa nenhum aspecto objetivo nem tem sabor descritivo”.
Villa-Lobos filtra e recria todo esse material, a partir de elementos da música tradicional, da música popular brasileira, de fontes europeias ou até mesmo de composições próprias, para criar uma nova obra.
Nessa composições, percebe-se o seu olhar para o passado, para as raízes folclóricas brasileiras, ao mesmo tempo que dialoga com o presente e acena para o futuro.
SOBRE O REGENTE
João Rocha vem se consolidando como um dos mais versáteis e ativos maestros e compositores da geração.
Em performances, mostra odomínio da partitura, a sofisticação musical e o profundo conhecimento do som da orquestra.
Rocha vem se apresentando à frente de orquestras como a Orquestra de Câmara de Curitiba e a Orquestra Vortz, esta formada por uma seleção dos mais destacados instrumentistas de orquestra do Brasil.
E entre entre os integrantes membros, há da Orquestra Sinfônica do Estado de São Paulo (Osesp), Filarmônica de Minas Gerais, Orquestras Sinfônicas Municipais de São Paulo, de Porto Alegre e da Bahia, entre outras. Em seus concertos, além de reger obras do repertório tradicional, também rege as estreias de suas próprias composições.
SÉRIE TERÇA E QUARTA CLÁSSICAS
Orquestra Sinfônica do Espírito Santo (Oses)
Data: terça-feira (7) e quarta-feira (8)
Hora: às 20h
Local: Sesc Glória, Av. Jerônimo Monteiro, 428, Centro, Vitória
Ingressos: R$ 20 (inteira), R$ 15 (conveniado), R$ 12 (cartão empresário) e R$ 10 (meia-entrada para comerciário ou mediante apresentação de 1kg de alimento não perecível).
A realização é da Cia de Ópera do Espírito Santo (Coes), com a Orquestra Sinfônica do Espírito Santos (Oses), a Secretaria da Cultura (Secult) e o Ministério da Cultura (MinC), por meio da Lei Federal de Incentivo à Cultura, com patrocínio ouro do Instituto Cultural Vale e parceria da Fecomercio/Sesc.