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Sandra Annenberg revela ter sido vítima de assédio sexual

A jonalista e apresentadora do Jornal Hoje se privou de detalhes, no entanto, afirmou que já sofreu, sim, a violência que tem acometido milhares de mulheres pelo país

Sandra Annenberg revelou assédio sexual Foto: Reprodução

Sandra Annenberg concedeu uma longa entrevista à revista Contigo! e nela revelou já ter sido vítima de assédio sexual. À publicação, a jonalista e apresentadora do Jornal Hoje se privou de detalhes, no entanto, afirmou que já sofreu, sim, a violência que tem acometido milhares de mulheres pelo país.

— As mulheres sempre tiveram sobrecarga de trabalho porque acumularam a função de mãe, dona de casa e trabalhar fora. Eu fui discriminada, sofri preconceito, sofri assédio sexual, como todas as mulheres, mas eu fui reagindo. Nós mulheres temos de provar muito mais que somos capazes. Todos os dias. É um trabalho de formiguinha conseguir conquistar esse espaço. Fico feliz de entregar a minha filha um mundo um pouquinho mais igualitário e justo.

Em outro trecho da entrevista, Sandra falou sobre feminismo.

— Fui criada por uma feminista, sou uma feminista e ser feminista é ser pela igualdade de direitos entre todos os sexos. Eu me orgulho muito de ter sido a primeira mulher a entrar diariamente no Jornal Nacional, a ter um quadro fixo como menina do tempo. Sou de um tempo em que a mulher dividia a bancada como um refresco para os olhos como se ela não tivesse o que dizer, não tivesse o mesmo peso do homem. Sou de um tempo que o homem abria o telejornal e a mulher vinha na sequência. Eu perguntava: ‘Por que todo dia ele que abre?’ Parece bobagem, mas é muito significativo. Socialmente, a mulher sempre teve um papel menor, profissionalmente menor ainda. Os salários são diferentes, sempre mais baixos, mesmo na mesma função de um homem.

Parceira de bancada de Evaristo Costa, a jornalista ainda contou como é a sua relação com o jornalista.

— A gente tem uma relação profissional ótima, uma química bacana, já são dez anos juntos. É uma relação diária de muito respeito, companheirismo. Ele tem a vida dele, a família dele, os amigos dele e eu tenho os meus. Eu não convivo muito com as pessoas do trabalho. Talvez seja tão envolvente que, quando a gente se encontra no dia seguinte, parece que nem deixamos de nos ver. Acho que, por isso, cada um precisa tocar sua vida, respirar um pouco longe daqui.