Renato Grijó: quem é o empresário dos bastidores das superproduções e mega shows no ES
Empresário tem quase 30 anos de mercado e começou rodando o Brasil com Skank. Hoje, é um dos figurões do entretenimento capixaba e um dos líderes do mercado nacional
Para quem já o conhece, o apelido é “Carioca”. Entre os que estão por dentro do movimento do entretenimento no Espírito Santo, trata-se de um dos figurões dos bastidores de superproduções e mega shows no Estado. E quando vai se apresentar, ele é “Renato Grijó, muito prazer”.
Em outras palavras, a Coluna Pedro Permuy, que não é boba nem nada, está se referindo a ninguém menos do que o empresário que, só nos últimos meses, é o responsável por produzir Jão, Marisa Monte, Jota Quest, Skank e outros grandes nomes da cena cutural nacional que têm passado, principalmente, por Vitória. “A Capital nem sempre esteve na rota desses artistas. E agora, cada vez mais, se consolida como destino certo para os cantores, que também já pedem para realizar as apresentações aqui”, confidencia.
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E segue: “Fiz os shows de David Guetta aqui, todas as turnês grandes do Skank, Jão, Marisa… A Marisa, o primeiro dia, esgotou em 25 minutos depois que foram abertas as vendas”, confidencia, indicando a turnê Portas, anunciada em primeira mão por este colunista no Folha Vitória. “Também estou com o show de 25 anos do Jota Quest e vou fazer Nando Reis e Pitty ainda”, adianta.
Como o apelido diz, Renato, de fato, é do Rio de Janeiro. Mas já vive no Espírito Santo desde seus 17 anos de idade (hoje tem 57 - sendo 28 deles de mercado). Do início da vida profissional para cá, se dedicou às superproduções e conquistou um espaço de que, atualmente, é praticamente líder no Estado.
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“Lá atrás o mercado não era fechado como é hoje. As pessoas buscavam parceiros. E como eu ganhei reconhecimento nacional, comecei a fazer shows pelo Brasil todo indo por essa linha. Reservava, tipo, 10 datas de shows grandes e saía pelo País distribuindo a turnê”, lembra.
Quando fala do início, Renato está querendo falar dos primeiros passos que deu para hoje ser essa personalidade do entretenimento capixaba. Ele começou rodando o Brasil com o Skank. “À época do Garota Nacional eu fazia muito (show do Skank)… Muito show do Timbalada também, Olodum nesse mesmo período… Isso há 28 anos”, recorda.
Só para se ter ideia, é Renato, por exemplo, o criador do Zico Park, a exposição que está rodando o Brasil e que conta a história do craque do futebol. Atualmente a montagem está em Brasília. “É um projeto bem legal, a gente conta a história do Zico por interatividade. E foi criado durante a pandemia, é um projeto meu e do meu sócio. O parque é nosso, a gente o construiu”, reforça.
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Com nome forte e consolidado, a única vez que abandonou os trabalhos no Brasil foi no início da pandemia. Na ocasião, quis tirar um ano sabático nos Estados Unidos - e foi.
“Quando entrou a pandemia, tinha acabado de voltar para lá. E quando morei lá, todo mundo falava para investir por lá, fazer… Mas estava tranquilo, não queria trabalho. Queria me estruturar mais para abrir um braço da minha empresa lá”, conta, indicando que o sonho virou realidade.
Tanto que, agora, a ideia é expandir os negócios para colocar os americanos no bolso. “Quero, sim, trabalhar lá. Esse feedback das pessoas querendo o meu trabalho lá, de quando morei nos Estados Unidos, me ajudou muito para hoje enxergar a oportunidade. E agora o trabalho em que me empenho é esse”, detalha.
A experiência morando fora também é reflexo de um “período perdido” para o entretenimento no mundo todo, já que a pandemia da Covid-19 forçou as atividades culturais a serem paralisadas. “Fomos os primeiros a parar e os últimos a voltar. E acho que o tempo perdido, em si, é difícil de recuperar. Se perdeu. Foram dois anos de trabalho que não teve, então não vai recuperar”, começa.
Mas segue: “Mas não vou negar que o mercado está muito aquecido. Com certeza voltou com força total e até existia uma apreensão desse retorno, mas, até agora, os resultados estão superando as expectativas.
EM ALTA!
Na mesma onda dos artistas, está o público. A sorte é que, para o empresário, os dois anos de isolamento fizeram os frequentadores de show terem, mais do que nunca, vontade de ir a esse tipo de evento. “A crise existe, todo mundo está ‘sem dinheiro’. Mas ninguém está deixando de fazer nada. A gente vê tudo encarecer, mas as pessoas estão se divertindo e fazem as coisas. Todos os shows que temos feito é com casa lotada, tem que abrir sessão extra, uma, duas, três apresentações…”, comemora.
E conclui: “Turnês que, como falei, antes, nem passavam por Vitória e agora estão na rota do Espírito Santo tendo esse sucesso todo. Como Marisa, em que Vitória não estava prevista. Mas consegui mobilizar para trazer por todos esses anos de mercado e pelos produtores e escritórios confiarem no meu nome e no meu trabalho. Sabem que se eu estou, é porque será feito o melhor trabalho possível”.