Entretenimento e Cultura

Fachada do Museu de Arte no Centro de Vitória terá projeção de imagens da Mata Atlântica

O projeto é resultado de seis meses de intenso trabalho envolvendo 15 artistas brasileiros, 15 dias de imersão em meio à Mata Atlântica, muitas pesquisas e debates

Thamiris Guidoni

Redação Folha Vitória
Foto: Pedro Karg
O projeto está sendo executado com recursos da Lei Aldir Blanc

Quem estiver passando pelo Centro de Vitória nesta quinta-feira (12), às 18 horas, poderá conferir uma ação diferenciada no Museu de Artes do Espírito Santo (Maes), que fica na avenida Jerônimo Monteiro. 

A projeção faz parte da programação da Residência das Plantas, realizada pela designer educadora Juliana Colli e um criativo grupo de artistas de várias partes do país e tem como proposta promover um “diálogo sobre o tema arte-natureza com a instituição”. 

Além da projeção na fachada, a programação contará ainda com bate-papos públicos, nesta quinta (12) e sexta-feira (13), a partir das 19 horas, com os idealizadores da Residência e artistas convidados (Uyra e Charlene Bicalho, uma a cada dia), com transmissão virtual, ao vivo, pelo YouTube da Secult-ES).

Projeto inovador

Considerado um projeto-piloto de arte educação e arte natureza, a “Residência das Plantas” está sendo executada com recursos da Lei Aldir Blanc. Foi iniciada em janeiro deste ano e agora está sendo finalizada.

A produção contou com duas imersões. A primeira no início do ano, na Serra do Caparaó. Durante 20 dias, um grupo de 10 artistas de várias partes do país participou de uma residência artística, em meio à mata, com acompanhamento e suporte de cinco artistas-moradores da região. Lá produziram arte tendo a natureza como inspiração.

A segunda imersão, em formato digital e com cada participante em sua casa, contou com debates, amadurecimento e refinamento dos processos criativos.

Foto: Pedro Karg
Foram meses de trabalho para colocar o projeto em prática

A partir de toda essa experiência, o grupo criou quatro produtos que serão apresentados para o público amanhã e sexta-feira: um site, um vídeo, material educativo e um catálogo.

“Nossa proposta tem cunho educativo. Queremos estimular as pessoas a pensarem sobre as questões de sustentabilidade do planeta sob o viés da arte e, ainda, reforçar a construção da coletividade”, explicou Juliana. 

A designer acrescentou que a “Residência das Plantas” vem sendo construída há algum tempo, a partir de pesquisas e interesses convergentes com dois amigos artistas: Camila Torres e Luís Filipe Porto. 

“Os recursos da Aldir Blanc estão nos possibilitando colocar em prática um monte de vontades, além, é claro, de poder sistematizar essa pesquisa”.

Banda Suindara

As integrantes da banda capixaba Suindara, Aline Maria, Laissa Gamarro e Relva Rodrigues, foram anfitriãs e convidadas da residência artística. Um dos produtos gerados por Juliana e seu grupo traz músicas inéditas e autorais da banda.

Moradoras da região da Serra do Caparaó, as artistas da Suindara estão gravando seu primeiro EP. Elas trabalham canções com mensagens de paz e amor universais, e elementos como ancestralidade e xamanismo. 

As músicas relembram o passado, consagram o presente e zelam pelo futuro da humanidade em comunhão com a natureza e toda a sua diversidade.

Programação de apresentação da Residência das Plantas

Dia 12 de agosto (quinta-feira)

>> 18 horas: projeção de imagens feitas na Mata Atlântica (Caparaó) na fachada do Museu, propondo um diálogo sobre o tema arte-natureza com a instituição (evento presencial, sem transmissão ao vivo).

>> 19 horas: bate-papo público entre os idealizadores da Residência e o Museu com a participação da convidada Uyra (transmissão virtual, ao vivo, pelo YouTube da Secult-ES).

Dia 13 de agosto (sexta-feira)

>> 19 horas: bate-papo público entre os idealizadores da Residência e a artista convidada Charlene Bicalho (transmissão virtual, ao vivo, pelo YouTube da Secult-ES).