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Relembre a carreira de Aracy Balabanian, atriz que emocionou o país por mais de 60 anos

Atriz morreu nesta segunda-feira (07), na clínica em que estava internada no Rio de Janeiro para o tratamento de um câncer no pulmão

Foto: Divulgação

Acomodada e ludibriada com o dinheiro, a Cassandra, de “Sai de Baixo”, pouco tinha relação com a atriz de lhe dava vida. Aracy Balabanian sempre foi e será lembrada com carinho e afeto pelos colegas que contracenaram com ela aos longo de seus mais de 60 anos de carreira.

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Aracy nasceu 22 de fevereiro de 1940. Filha de imigrantes armênios, a pequena se apaixonou ainda criança pela arte. Natural de Campo Grande, no Mato Grosso do Sul, logo se mudou com a família para São Paulo.

Na adolescência, ela entrou para o grupo de Teatro Paulista do Estudante após assistir e se encantar com uma palestra de Augusto Boal, uma das maiores referências do teatro brasileiro.

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Em entrevistas concedidas ao longo da carreira, Aracy conta que chegou a ingressar no curso de Ciências Sociais, na Universidade de São Paulo, para atender um desejo dos pais, mas o amor pela arte falou mais alto.

No Teatro Brasileiro de Comédia, encenou peças marcantes como “Os Ossos do Barão”, de Jorge Andrade, e a primeira montagem brasileira de “Hair”, que estreou em 1969.

Aracy ainda teve passagens pela TV Tupi e pela TV Record, onde atuou em diversas novelas. Em 1972, estreou na TV Globo na novela “O Primeiro Amor”, de Walther Negrão.

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Entre os maiores sucessos estão as atuações nas novelas “Elas por Elas” (1982, de Cassiano Gabus Mendes), “Guerra dos Sexos” (1983, de Silvio de Abreu) e “Ti-Ti-Ti”(1985, de Cassiano Gabus Mendes).

Na década de 1980, teve passagem pela Rede Manchete. No retorno à Globo,  integrou o elenco de “Que Rei Sou Eu?” (1989, de Cassiano Gabus Mendes) e de “Rainha da Sucata” (1990, de Silvio de Abreu.) Na trama, viveu dona Armênia, uma das maiores personagens de sua carreira.

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Ao lado de Luis Gustavo, Miguel Falabella e Marisa Orth estrelou um dos papéis mais marcantes da televisão brasileira na década de 1990, a eterna “Cassandra”.

Obrigado pela honra de ter estado ao seu lado exercendo nosso ofício, obrigado pelo afeto, pelos conselhos, pelas gargalhadas e pela vida que você tão delicadamente me ofereceu“, escreveu Miguel em uma rede social.

Em 2018, quando comemorava 56 anos de carreira, Aracy foi homenageada em “Malhação – Vidas Brasileiras”. Seu último trabalho foi o especial de fim de ano “Juntos a Magia Acontece”, exibido em 2019.

Nesta segunda-feira (07), as luzes do teatro se apagam e as cortinas se fecham pela última vez. A atriz, de 83 anos, morreu e deixa a arte de luto.

Foto: Thiago Soares/ Folha Vitória
Gabriel Barros Produtor web
Produtor web
Graduado em Jornalismo e mestrando em Comunicação e Territorialidades pela Ufes. Atua desde 2020 no jornal online Folha Vitória.