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Saúde: família de Faustão fala de doação e transplante: "Tempo de vida"

Conta "Faustão do Meu Coração" convidada público e fãs a enviarem histórias sobre doação de órgãos; entenda reviravolta no caso e o que aconteceu na web

Redação Folha Vitória

Redação Folha Vitória
Foto: Reprodução/Instagram

Que empatia!

Luciana Cardoso, esposa de Faustão, havia anunciado durante a manhã desta quarta-feira (23), que criou um perfil no Instagram dedicado à doação de órgãos.

De acordo com a Veja, a página "Faustão do Meu Coração" convidada o público a enviar histórias pessoais sobre a doação de órgãos, ajudando a trazer visibilidade ao tema.

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A primeira história, que foi publicada no perfil, era da pequena Lavínia, de 11 anos, que fez um transplante de coração em maio deste ano após esperar na fila por 42 dias.

“Imagino que foi tão rápido porque fiz uma campanha linda sobre a doação de órgãos. E hoje continuo fazendo essa campanha porque quero que todas as pessoas que estão na fila tenham a mesma chance que eu tive”, contou a garota.

No entanto, nem tudo são flores. 

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A conta foi bloqueada e saiu do ar sem nenhuma explicação da plataforma. Segundo o Notícias da TV, a equipe do apresentador está tentando resolver o problema. Luciana e João Guilherme Silva, filho de Faustão, seguiam a página.

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A Meta, empresa responsável pelo Instagram e pelo Facebook, informa em sua política de segurança que o bloqueio de páginas pode acontecer em decorrência de violações de regras.

Frequentemente, novos perfis passam por análises devido a suspeitas de atividades fraudulentas, como compra de seguidores ou curtidas, e por violações de direitos autorais de terceiros.

Além disso, de acordo com o Notícias da TV, contas podem ser bloqueadas caso o Instagram identifique comprometimento por hackers ou denúncias de conteúdo inadequado.

ESTADO DE SAÚDE

Fausto Silva está, hoje, internado no Hospital Israelita Albert Einstein, localizado em São Paulo. Ele continua hospitalizado desde o início deste mês, quando deu entrada na instituição de saúde. 

O apresentador havia retornado de uma viagem a Miami, nos Estados Unidos, e estava submetendo-se a uma série de exames médicos quando os profissionais de saúde identificaram uma insuficiência cardíaca. 

Segundo o Notícias da TV, devido à gravidade da situação, foi determinada a necessidade de um transplante de coração.

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Neste momento, Fausto Silva está sob tratamento de diálise e foi inserido na lista de espera para transplante, administrada pelo Sistema Único de Saúde (SUS). 

Em uma entrevista concedida ao Notícias da TV, o cardiologista Marcos Tenuta Jr, do Hospital do Coração (HCor), explicou que o período de espera por um coração doador pode variar, por estar condicionado às particularidades de cada paciente.

"São priorizados os pacientes mais graves, aqueles que estão internados e dependentes de medicação endovenosa para manter o funcionamento do coração, assim como os pacientes que estão piorando rapidamente", disse o especialista.

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"A fila de transplante no Brasil é única e gerenciada pelo SUS (Sistema Único de Saúde). Quando o médico especialista identifica um paciente candidato a transplante, o submete a uma série de exames obrigatórios e o inscreve na fila, compartilhando os dados clínicos com a central nacional", indicou o médico.

FILA

De acordo com Roberto Kalil, presidente do InCor e apresentador do CNN Sinais Vitais, a fila por um transplante cardíaco pode variar conforme o estado de saúde do receptor.

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O cardiologista afirmou à CNN que um paciente internado em estado grave pode esperar por meses até que o Sistema Nacional de Transplantes (STN) encontre um coração compatível. No caso de pacientes que estão em casa com tratamento ambulatorial, a fila pode se estender por até dois anos.

A fila única de transplantes do SUS passou de 50 mil pessoas apenas em 2023. Desse total, quase 30 mil pacientes esperam por um transplante de rim.

Uma tabela atualizada em junho deste ano e publicada pela Secretaria de Saúde do Estado da Bahia mostra quais órgãos são mais procurados. Conforme a lista, 55% dos pacientes aguardam um rim, 43,5% esperam por novas córneas, 0,9% precisam de um novo fígado, e menos de 0,6% esperam na fila de um novo coração.

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Os números não necessariamente refletem a realidade de todo o país, mas servem para nos dar uma ideia geral de como funciona. Atualmente, a fila única de transplantes de coração do SUS é de 386 pessoas, segundo a Central Nacional de Transplantes (CNT), ligado ao STN.

De acordo com a CNN, no primeiro semestre de 2023, foram realizados 244 transplantes cardíacos realizados no país, número 16% superior ao do mesmo período do ano passado.

Conforme Kalil, o Brasil tem vários centros capacitados para a realização de transplantes cardíacos. O problema, no entanto, é a falta de doadores, que acaba alongando a fila de espera.

“O Brasil tem muito menos doadores do que o necessário. A fila é controlada pela secretaria da saúde e depende do paciente ter prioridade ou não para o transplante. Os números de brasileiros está muito aquém para diminuir as filas não só do transplante cardíaco, mas dos transplantes de uma maneira geral”, afirmou.

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Segundo o Mega Curioso, são diversos os critérios considerados ao selecionar o próximo paciente a receber um transplante, contudo, todos aguardam em uma única fila. Independentemente do tipo de procedimento esperado, seja para um coração ou um fígado, todos permanecem na mesma fila.

Inicialmente, pode parecer um tanto confuso: por exemplo, se a pessoa na frente da fila espera um rim, mas surge um coração disponível, como fica a situação? A resposta é simples: o paciente à espera do rim continua na fila, enquanto outra pessoa, baseada em diversos critérios de seleção, é escolhida na sequência.

Um critério que sempre é considerado é a idade do paciente: quando há compatibilidade, crianças têm sempre prioridade em relação a adultos.

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