REPORTAGEM ESPECIAL

30 anos do Vital: conheça história de amor pelo axé passado de pai para filha

Neste Dia dos Pais, reportagem especial do Folha Vitória traz história de família no Vital que marcou jovem capixaba

Gabriel Barros

Redação Folha Vitória
Foto: Reprodução/Arquivo Pessoal

Apaixonada pela magia do axé, Nathila Steves recorda com carinho dos momentos da infância quando o pai, que trabalhava nas cordas nos trios elétricos do Vital, a levava para ver a festa. Neste ano, o evento, considerado o maior carnaval fora de época do Sudeste, completa 30 anos.

Entre 1994 e 2006, nomes consagrados, como Ivete Sangalo, Chiclete com Banana, É o Tchan, Asa de Águia e Araketu, transformaram Vitória na "capital do axé". A folia acontecia na Avenida Dante Michelini. Por anos, o espaço foi tomado por multidões que acompanhavam a passagem dos trios elétricos.

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Antes do início da travessia dos trios, o pai de Nathila, Antônio Estevão, a levava para ver de perto a magia do evento. "Meu amor pelo Vital começa na infância, quando meu pai trabalhava como cordeiro. Ele era um daqueles que ficavam nas cordas em volta do trio elétrico, garantindo a segurança de todos os foliões. Trabalhava a noite toda até o final do evento. Antes do Vital começar, ele me levava de bicicleta para ver os trios", contou.

Os momentos compartilhados entre pai e filha a marcaram de maneira inesquecível. "Uma vez, estávamos assistindo a uma passagem de som do Bell Marques. Eu era muito pequena, mas ver aqueles trios enormes e a música começando a ecoar era mágico. Foi a partir daí que me apaixonei pela magia do axé."

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O evento foi crescendo, até que a Dante Michelini e ruas adjacentes de Camburi já não eram mais suficientes para compartar a mutidão. O Vital precisava de um novo lugar. A Praça do Papa recebeu, em 2006, a última edição da micareta antes da interrupção na realização do evento, que só seria retomado em 2022.

Nathila não chegou a participar da "pipoca" ou mesmo dos blocos do Vital depois de adulta, mas o pouco que acompanhou na infância foi o suficiente para se apaixonar pelo axé.

"O axé sempre significou felicidade para mim. Todos os momentos que vivi ao som do axé foram felizes, muitos deles ao lado do meu pai. Falar dele é falar de força, família e muita superação. Passamos por muitos obstáculos na vida, mas sempre juntos, e todo esse aprendizado ao lado dele levo hoje para minha própria família", destacou.

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Para retribuir as boas lembranças, neste domingo (11), Dia dos Pais, ela deixa um recado para ele. "Pai, obrigado por todo o seu amor e dedicação a todos nós. Tenho muito orgulho de ser sua filha."

Foto: Reprodução/Arquivo Pessoal


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