Outubro Rosa: prótese não afeta diagnóstico precoce, diz Josué Montedonio
Para o cirurgião plástico, o procedimento para quem já passou pela doença significa retomada de autoestima e identificação com o próprio corpo, além de fazer bem à saúde mental da mulher
À beira de rompermos a chegada de mais um mês deste 2022, o alerta para uma causa importante: o Outubro Rosa. Trata-se do momento em que os olhares se voltam para campanhas de conscientização sobre a importância do diagnóstico precoce do câncer de mama, seus tratamentos e alta taxa de cura.
Quando é o caso, existe ainda um “lado B” dessa história toda: a cirurgia plástica reparadora.
“A prótese de silicone está indicada nos caso de reconstrução mamária nas mulheres que tiveram parte ou toda mama amputada e quando há pouco volume. Mesmo as pacientes que já tiveram as mamas restabelecidas com implante mamário após o tratamento do câncer devem manter os exames de rastreamento de rotina para eventual recidiva do câncer de mama. O cuidado com esse público é essencial, bem como é importante entendermos que aquele é um momento de resgate da autoestima e da imagem que aquela pessoa tem do próprio corpo”, destaca o cirurgião plástico Josué Montedonio.
Pelo seu perfil do Instagram, os mais de 20 mil seguidores do doutor acompanham posts em forma de animação em que o médico fala sobre os procedimentos estéticos que realiza. Neles, também conscientiza sobre o uso do implante e a aplicação da tecnologia do silicone em pacientes pós-terapia.
“Atualmente, com o avanço da confecção das próteses, das técnicas cirúrgicas e dos aparelhos de exames e mamografia, as pessoas também não precisam mais ter receio de se o implante vai atrapalhar um eventual diagnóstico. Prótese de silicone, hoje, não interfere no diagnóstico nem no seguimento de rotina”, esclarece.
Só para se ter ideia, dados do Instituto Nacional do Câncer (Inca) dão conta de que para cada ano do triênio 2020-2022 o Brasil soma mais 66.280 novos casos de câncer de mama. O risco estimado pela instituição é de 61 casos por cada 100 mil mulheres. O tipo mais recorrente, de acordo com o levantamento, é o carcinoma de células epiteliais.