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Polêmica! "Ozempic de Elon Musk" vira nova droga para emagrecer. Entenda

Medicação promete tirar fome e fazer perda de peso rápida, mas há riscos. Veja novo caso polêmico da web que envolve Paulo Muzy e o dono do antigo Twitter

Redação Folha Vitória

Redação Folha Vitória
Foto: Reprodução/YouTube/Plugado PodCast

Estão banalizando o Ozempic?

Paulo Muzy, especialista em medicina esportiva e traumatologia, participou de um bate-papo sobre o uso da injeção "caneta" que emagrece no Plugado PodCast, no YouTube. Ele também é fisiculturista e influenciador e deu detalhes sobre o que realmente é o Ozempic.

Primeiramente, o que faz um análogo de GLP-1 (semaglutida, liraglutida, dulaglutida, entre outros semelhantes)?

De acordo com Muzy, ele tem um efeito incretínico. "Significa que ele diminui a velocidade de degradação da insulina. Isso ajuda você a ter saciedade, porque a insulina no sistema nervoso central aumenta a sensação de saciedade".

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Outra habilidade é diminuir a velocidade do esvaziamento gástrico. "Você tem um aumento do tempo de sensação mecânica de estômago cheio". 

Por último, segundo o especialista, o análogo de GLP-1 faz uma resposta via trato solitário, te proporcionando a sensação da falta de fome.

"Isso acontece no paciente que tem resistência periférica insulina, sendo diabetes ou obesidade, por exemplo, que tem a síndrome metabólica", comenta.

ROSTO DE OZEMPIC

Para quem está emagrecendo, Paulo Muzy afirma que o análogo de GLP-1 diminui a capacidade de retenção de glicogênio. "Uma das coisas que, do ponto de vista de efeito estético, ele faz, a gente chama de Ozempic Face: sua cara derrete".

Segundo o influenciador, só de olhar para o rosto do paciente dá para saber se está ou não utilizando o Ozempic. Ele comenta que somente atende pessoas com complicações durante o processo de treino muscular e emagrecimento.

O especialista elenca que uma das primeiras complicações que o Ozempic traz é a detonação do glicogênio. "Quando você faz o Ozempic Face, sua capacidade de treino despenca. Você não consegue treinar".

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A segunda não tem nada a ver com ter nojo, mas com não conseguir comer comida. De acordo com o médico, é o hiperpalatável. "Ao invés de comer, sabe o que você começa a comer? Bombom, batata frita, chocolate, salgadinho".

Imagina tirar a vontade de comer esses alimentos? É com esse pensamento que as pessoas entram em desespero e suspendem o uso do Ozempic. O que acontece? Uma hiper-regulação da fome, ou seja, a perda da capacidade de anorexismo. 

“Você perde a capacidade de ficar sem comer. Você perde a sua saciedade, ou seja, a capacidade de parar de comer quando você está satisfeito. Vai mudar o que é o seu comportamento alimentar”, explica Muzy.

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Segundo o especialista, essa perda não dura para sempre. Porém, acontece em um período suficiente para piorar o metabolismo e voltar a resistência à insulina. Dessa forma, você não sente a mudança metabólica shift.

“Você vai trocar o que é o comportamento pela doença metabólica. Você vai ter fome porque tem o aumento da resistência insulínica. Você vai ter a ausência de saciedade, porque precisa sentir o estômago cheio para parar de comer. Tudo o que você conquistou, vai perder”, comenta o fisiculturista.

Paulo Muzy ainda expõe que entre tudo o que é necessário fazer para ter um físico mais trabalhado, nunca deve atrapalhar a capacidade de treinar ou perturbar o equilíbrio metabólico que se causa com a dieta.

"Nessa situação, você vai perturbar isso com o uso da semaglutida e vai ter uma perturbação maior ainda quando você retirá-la. Então, é justamente ao contrário. Se você tivesse em uma situação de sobrepeso, obesidade, não conseguindo fazer nada, aí é aceitável reaprender a saciedade, porque ele (Ozempic) te ensina", afirma.

PARA QUE SERVE?

O especialista considera que o uso do Ozempic é uma questão de necessidade.

Segundo ele, o que existe atualmente é um frenesi sobre a indicação do medicamento. “As pessoas querem um jeito para passar fome sem sofrer. E elas querem ver mudança”.

“Uma coisa é emagrecer, outra coisa é você tirar gordura esteticamente. A gente fala que você emagrece quando é obeso ou sobrepeso. Quando você entra numa situação de eutrofia, não quer dizer que vai ter esteticamente do jeito que você gosta”, explica Muzy.

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De acordo com o médico, ninguém pode julgar suas conquistas durante o emagrecimento. Por exemplo, as pessoas que falam de gordofobia, precisam entender o que é a doença.

"Gordofobia é quando você julga o que é a capacidade ou o caráter de uma pessoa pela aparência dela. Tem um monte de gente que tudo é gordofobia, e não é. Essas pessoas querem julgar os motivos dos outros, ninguém tem esse direito".

Paulo Muzy também comenta que quando ele lida com estética é, na verdade, identidade. "Eu acredito, inclusive, no contrário. As pessoas têm direito de parecer com aquilo que elas quiserem".

"O que eu falo é método. O organismo, em relação à alimentação, tudo que é repetido é bem-vindo. Porque energia é uma coisa crítica. Nosso organismo não faz estoques muito grandes. É difícil fazer gordura, assim como é difícil recuperá-la".

Emagrecer tem suas dificuldades. Segundo Muzy, os detalhes do emagrecimento são pequenos. "Você precisa ter a motivação ou criar disciplina para gostar de fazer isso e se sentir orgulhoso".

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