Atriz Giselle Itié revela ter sofrido estupro na adolescência
"Eu perdi a minha virgindade em um estupro"
*Alerta: a reportagem abaixo trata de temas como suicídio e transtornos mentais. Se você está passando por problemas, veja ao final do texto onde buscar ajuda.
A atriz Giselle Itié fez um relato forte nesta quinta-feira, 26, durante a estreia do podcast Exaustas, que apresenta ao lado de Carolinie Figueiredo e Samara Felippo. Ela revelou ter sofrido um estupro durante a adolescência, quando tinha apenas 17 anos.
"Eu perdi a minha virgindade em um estupro", leu Giselle em um trecho de um texto preparado previamente para o podcast.
"Foi nesse momento que eu me perdi de vez e compreendi o quanto eu era oca. [...] Foi no silêncio que o meu corpo gritava e pedia socorro."
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Segundo ela, o abuso fez com que desenvolvesse depressão, transtornos alimentares e que tentasse tirar a própria vida. Giselle também relatou que começou a sofrer com abusos sexuais quando tinha 12 anos. "A forma como os meninos e homens me tratavam era nojenta", disse.
A atriz afirmou que foi quando percebeu que "meu corpo era espaço público, invadido por olhares lascivos, gemidos, toques". Ela também relatou que, à época, começou a ter pesadelos recorrentes de que era perseguida por homens da família. "Tudo o que eu queria era desaparecer de vez", finalizou Giselle no texto.
Onde buscar ajuda
Se você está passando por sofrimento psíquico ou conhece alguém nessa situação, veja abaixo onde encontrar ajuda:
Centro de Valorização da Vida (CVV)
Se estiver precisando de ajuda imediata, entre em contato com o Centro de Valorização da Vida (CVV), serviço gratuito de apoio emocional que disponibiliza atendimento 24 horas por dia. O contato pode ser feito por e-mail, pelo chat no site ou pelo telefone 188.
Canal Pode Falar
Iniciativa criada pelo Unicef para oferecer escuta para adolescentes e jovens de 13 a 24 anos. O contato pode ser feito pelo WhatsApp, de segunda a sexta-feira, das 8h às 22h.
SUS
Os Centros de Atenção Psicossocial (Caps) são unidades do Sistema Único de Saúde (SUS) voltadas para o atendimento de pacientes com transtornos mentais. Há unidades específicas para crianças e adolescentes. Na cidade de São Paulo, são 33 Caps Infantojuventis.
Mapa da Saúde Mental
O site traz mapas com unidades de saúde e iniciativas gratuitas de atendimento psicológico presencial e online. Disponibiliza ainda materiais de orientação sobre transtornos mentais.
NOTA DA REDAÇÃO: suicídios são um problema de saúde pública. Antes, o "Estadão", assim como boa parte da mídia profissional, evitava publicar reportagens sobre o tema pelo receio de que isso servisse de incentivo. Mas, diante da alta de mortes e tentativas de suicídio nos últimos anos, inclusive de crianças e adolescentes, o "Estadão" passa a discutir mais o assunto.
Segundo especialistas, é preciso colocar a pauta em debate, mas de modo cuidadoso, para auxiliar na prevenção. O trabalho jornalístico sobre suicídios pode oferecer esperança a pessoas em risco, assim como para suas famílias, além de reduzir estigmas e inspirar diálogos abertos e positivos. O "Estadão" segue as recomendações de manuais e especialistas ao relatar os casos e as explicações para o fenômeno.