Gusttavo Lima volta para os EUA após ser indiciado por lavagem de dinheiro
O sertanejo cancelou os shows que faria no Brasil e "optou por passar um tempo com sua família em meio à situação delicada"
O cantor sertanejo Gusttavo Lima foi indiciado por lavagem de dinheiro e organização criminosa, no âmbito da operação Integration, que investiga mais de 50 pessoas em seis estados do Brasil.
Após o indiciamento, o sertanejo deixou o Brasil e está atualmente em Miami, nos Estados Unidos. A assessoria de imprensa do artista confirmou que o cantor "optou por passar um tempo com sua família em meio à situação delicada".
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A defesa do cantor já se pronunciou, apontando supostas irregularidades nas acusações e afirmando que irá contestá-las nos tribunais.
Por conta do afastamento do cantor, os próximos shows dele no Brasil foram cancelados, incluindo um evento em Petrolândia, Pernambuco. A balada onde o show aconteceria informou que o cancelamento foi realizado em comum acordo com a prefeitura local.
Justiça revogou prisão e medidas cautelares contra Gusttavo Lima
O desembargador Eduardo Guilliod determinou a revogação da prisão preventiva e das medidas cautelares impostas ao cantor Gusttavo Lima, que incluíam a suspensão do passaporte e do certificado de registro de arma de fogo.
Segundo a colunista Mônica Bergamo, da Folha de S. Paulo, a decisão anula todas as restrições impostas ao artista.
Segundo o magistrado, os indícios de que Gusttavo Lima teria protegido empresários acusados de crimes eram inconsistentes.
Ao analisar o caso, o desembargador concluiu que as justificativas apresentadas para a prisão preventiva e as medidas cautelares eram "considerações genéricas" e "impróprias".
Com isso, todas as restrições impostas ao cantor foram anuladas, permitindo que ele retome suas atividades sem as limitações que haviam sido impostas pela Justiça.
Cantor quase foi parar na lista da Interpol
Antes da prisão do cantor ser revogada, a Polícia Federal (PF) havia solicitado à Interpol a inclusão do cantor sertanejo Gusttavo Lima na lista de difusão vermelha, o que poderia levar à sua prisão em qualquer país membro da organização.
O pedido foi feito após o artista ter sido inserido no Sistema de Tráfego Internacional, um mecanismo que permite sua detenção ao passar por pontos de migração no Brasil. A ação é consequência de investigações conduzidas pela PF, segundo informações do jornal Folha de S.Paulo.
A difusão vermelha da Interpol é um recurso usado para divulgar ordens de prisão de indivíduos que estão fora do país de origem, permitindo que os países integrantes cumpram o mandado quando esses alvos viajam internacionalmente.
Deolane Bezerra foi presa na mesma operação
Deolane Bezerra, presa em 4 de setembro pela operação, é acusada de envolvimento em um esquema que movimentou cerca de R$ 3 bilhões em lavagem de dinheiro, especialmente por meio de sua empresa de apostas Zeroumbet.
Em depoimento, ela confirmou a compra de um Lamborghini Urus S, no valor de R$ 3,85 milhões, de Darwin Henrique da Silva Filho, proprietário da Esportes da Sorte, que também foi preso na operação.
A prisão de Deolane gerou grande repercussão. Após sua detenção, ela afirmou em carta publicada no Instagram estar sendo vítima de uma "grande injustiça" e alegou que sua família sofre preconceito.
Na delegacia, a influenciadora afirmou que sua renda mensal gira em torno de R$ 1,5 milhão.
*Com informações da Folha de S. Paulo e R7.com