Moinho Vitória: obra rara de 60 anos, de artista top da América Latina, é restaurada
Mural do mosaicista Raphael Samú, o mesmo que fez letreiro da Ufes e super prestigiado no Brasil e América Latina, foi feito especialmente para a Buaiz Alimentos em 1963
Em 1963, o Moinho Vitória, primeiro do Espírito Santo e histórico para o desenvolvimento industrial do Estado, da Buaiz Alimentos, ganhou um mural de mosaico para chamar de seu.
A obra de arte assinada por Raphael Samú, considerado mosaicista dos mais famosos do Brasil e América Latina, será restaurada e reinstalada neste 2023 - aos 60 anos de idade -, quando a empresa também comemora 82 anos desde a fundação (a data é celebrada nesta sexta-feira, dia 26).
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Depois de revitalizado, o painel quadrado de mais ou menos quatro metros vai enfeitar uma das paredes da recepção do edifício que hoje abriga parte dos escritórios, diretoria e presidência da gigante alimentícia, no Centro da Capital.
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O resgate da obra, listada como rara por pesquisadores e redescoberta após catalogação de monumentos capixabas tombados, cumpre o papel de perpetuar a participação da companhia na evolução que começou, na época do início dos trabalhos com o trigo no Estado, no Espírito Santo.
"Além de ser, materializadamente, um registro da memória da empresa e da história do moinho", também destaca a vice-presidente da Buaiz Alimentos, Eduarda Buaiz.
"Hoje, depois de outra ação de resgate de memória, nós temos, numerados, ladrilhos portugueses, que foram os usados na construção daqui, do moinho, na obra original. Eles estão expostos também. O painel encomendado pelo meu avô (Americo Buaiz) é muito representativo e ganhará esse espaço significativo no sentido estético e memorial", complementa.
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Só para se ter ideia, no Estado, Samú (que morreu em 2022, aos 92 anos de idade, no Espírito Santo) é autor de outro painel icônico em Vitória: o da parede que retrata o nome da Ufes, na própria universidade, no campus de Goiabeiras.
O NOVO "MOINHO VITÓRIA"
Os trabalhos no painel "Moinho Vitória" contemplam: remoção, restauração e reinstalação, incluindo manutenção do suporte original da obra. O responsável pelo serviço é o artista plástico Celso Adolfo Salles e equipe.
Previamente, o orçamento prevê investimento de pouco mais de R$ 122 mil e o trabalho tem previsão de início em breve.
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A obra de arte fica no mesmo lugar em que foi instalada originalmente. Na ocasião, o espaço abrigava, justamente, a recepção da empresa. Hoje, o ambiente é parte de área de carga e descarga geral da alimentícia.
