Fábrica de Vila Velha dobra venda de gel para sexo anal na pandemia
Isolamento aqueceu a indústria sensual no Brasil e a empresa de Elaine Pessini e do marido, ex-coronel da Polícia Militar, fez até exportações em 2020
Que os relacionamentos amorosos foram colocados à prova desde o início da pandemia da covid-19 não é novidade para ninguém. Mas se por um lado acabou o amor em vários casamentos pelo Brasil todo, em outros foi a paixão que começou a pegar fogo.
Prova disso é que a indústria de cosméticos sensuais de Elaine Pessini e do marido, o ex-coronel da Polícia Militar do Espírito Santo (PMES) José Henrique, bombou como nunca durante todo 2020. “Começamos produzindo álcool em gel e fornecemos para concessionárias e fábricas de uma marca de carros no Brasil todo. Já fazíamos álcool para uso interno, só acrescentamos o gel. E depois os cosméticos eróticos voltaram a ser encomendados e comprados como nunca”, confidencia.
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Com exclusividade à Coluna Pedro Permuy, Elaine destalha que durante a pandemia a produção de alguns dos produtos chegou a dobrar, bem como o faturamento da empresa. “Junho, que é o nosso Natal por conta do Dia dos Namorados, nós não demos conta. Faltava embalagem para embalar tudo e até matéria-prima começou a ficar difícil de conseguir com fornecedor. A demanda foi absurda”, lembra.
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Entre os mais consumidos, a empresária e sexóloga pontua que géis e produtos de sexo anal foram os mais comprados. Em segundo lugar, itens para oral. “Sempre foram os mais vendidos, nessa ordem, mas nesse período houve esse boom”, completa.
Nesse meio tempo, a empresa, que já exportava para o Chile, fez parcerias com fornecedores da Colômbia, onde também começará a ter os produtos comercializados. “O mercado erótico, no geral, vem crescendo muito, mas a pandemia deu esse empurrão. Estou nesse mercado há 21 anos, quando abrimos a fábrica, e há muitos anos era muito mais tabu do que é hoje em dia”, desabafa.
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Elaine acredita, inclusive, que o fato de estar vendendo mais se deve a conversas que os casais têm sobre inovar no casamento. “O melhor é combinar com o parceiro ou parceira como será, o que fazer, que hábitos adotar. Começar com um detalhe, depois passar para uma surpresa maior. Mas sempre pensar no que o outro pode ou não aceitar com o diálogo”, aconselha.
E continua: “Sempre falo que para os casais começarem a introduzir esses produtos e os brinquedos é importante conversarem. Como sexóloga, já vi casos em que foi a solução para crises nos casamentos”.
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Toda a mão de obra da fábrica de Elaine e do marido é feita no Espírito Santo. O marido é químico e fez especializações em cosmética íntima na França e em Mônaco para desenvolver as fórmulas que são vendidas pela empresa da família.