Filme "A Arca de Noé" gera polêmica entre os cristãos no Brasil
A produção diverge da narrativa tradicional da Arca de Noé, o que gerou debates sobre o conteúdo e a proposta do filme
A animação brasileira "Arca de Noé", lançada recentemente, tem sido alvo de críticas de parte do público cristão no Brasil.
A produção, realizada pela Globo Filmes e dirigida por Sérgio Machado e Alois di Leo, se baseia nas músicas de Vinícius de Moraes, apresentando um enredo que diverge da narrativa tradicional da Arca de Noé, o que gerou debates sobre o conteúdo e a proposta do filme.
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Nas redes sociais, principalmente no TiK Tok, foi levantado a hashtag "Não Leve Seus Filhos Para Verem A Arca De Noé O Filme", e alguns pais estão expressando insatisfação com a abordagem da obra, alegando que ela se distancia do relato bíblico e inclui elementos que consideram inadequados para crianças.
A escritora e influenciadora Cristã, Thais Reis, utilizou as redes sociais para alertar os pais cristãos. Na publicação ela cita cinco motivos para não assistir ao filme e diz:
"Pais cristãos, cuidado com a nova animação infantil A Arca de Noé! Esse filme, que parece ser cristão, na verdade traz mensagens que vão contra os nossos valores."
1. Deus é mostrado de forma desrespeitosa, respondendo com palavras inapropriadas.
2. Tem um animal que questiona Deus sobre famílias LGBT quando é chamado para entrar na arca.
3. Noé é retratado como alguém meio fora de si, parecendo um bobo.
4. Um animal chega a incentivar o envio de nudes.
5. Além disso, alguns animais roubam comida e criam confusão dentro da arca.
Veja o vídeo:
Um dos pontos levantados foi uma cena em que a neta de Noé questiona a Deus, e a retratação do personagem Noé como uma figura cômica e não convencional, o que teria causado desconforto em parte do público religioso.
Em avaliações online, espectadores relataram preocupações com diálogos e referências consideradas impróprias para o público infantil. Um pai mencionou a presença de "palavreado impróprio" e "duplos sentidos", enquanto outra espectadora descreveu o filme como uma "distorção de valores".
A controvérsia também inclui críticas sobre a liberdade criativa usada na animação, que adapta elementos da história bíblica para um contexto fictício e lúdico.
Vale ressaltar que é comum em adaptações artísticas haver interpretações diferentes, mas a recepção do público pode variar dependendo das expectativas e sensibilidades culturais.
O filme, que se apresenta como uma obra de entretenimento familiar, continua gerando debates sobre os limites entre liberdade artística e respeito a visões religiosas.
A discussão levanta questões sobre a importância de os pais pesquisarem previamente o conteúdo das produções destinadas ao público infantil.